Quando as portas do elevador se abriram, Mai ainda estava com as mãos e pernas trêmulas, estava nervosa mas o sentimento que prevalecia entre vários em seu peito era a raiva.
Ela caminhou marchando até o homem que esperava ansiosamente o seu retorno, mas agora ela não tinha medo dele, e se tinha, a raiva estava ofuscando. Ela soltou a garrafinha de água que segurava e ele confuso perguntou.
-E então? Como ela....
O som da voz asquerosa daquele ser fora interrompida pelo delicioso barulho de ossos se quebrando quando ele recebeu de Maite, um belo de um soco em seu nariz.
-VOCÊ É UM NOJENTO!. -Ela gritara quando ele caiu no chão com o semblante confuso, ele nem ao menos a reconhecia.
Christian viera correndo na intenção de segurar Maite para tentar entender o que acontecia mas os policiais a alcançaram primeiro. Tiveram que tirar ela de cima daquele homem enquanto ele gemia de dor com o seu nariz agora torto.
Um dos policiais ajudava o homem a se levantar enquanto o outro que segurava Mai, perguntava o que estava acontecendo.
-Ela quebrou o meu nariz!. -Dissera o homem revoltado sentindo o gosto do próprio sangue que escorria do seu nariz como água de uma cachoeira.
-Ele é um abusador! Ele abusou da menina la em cima e me assediou meses atrás em uma boate!. -Dissera Mai raivosa enquanto tentava se desvencilhar.
-Ah, eu mato!. -Dissera Chris que até então estava ajudando a segurar Mai, mas ele a soltara logo depois da explicação dela e também partiu para cima do homem distribuindo socos. Mas ele também logo fora contido por um segurança do hsopital que viera atender a confusão.
-Vamos todos à delegacia e assim explicam tudo o que aconteceu aqui!. -Avisou um dos policias.
-E quanto a acusada que estamos aguardando?. -O outro policial que parecia novato perguntou. Ele estava se referindo a Anahi.
-Vou chamar reforço. -Avisou o outro o fazendo logo em seguida.
Uma multidão logo se formou para ver o que estava acontecendo e os cochichos começaram em volta deles.
O médico novato do andar de cima também se aproximou.
-Desculpa! Não pude deixar de ouvir o que ela disse e eu preciso dizer uma coisa. -Dissera o médico. -Mas tem que ser em particular por se tratar de uma paciente.
-Tudo bem. Vou levar esses aqui e depois volto ou mando alguém vir conversar com você. Pode ser?. -Sugeriu o polícia chefe.
-Sim. Obrigado. -Dissera o médico por fim. -Vou estar aguardando.
O advogado de Anahi também entrou na confusão. Ele bem que tentou, mas não tinha alcance para defender Christian e Maite que foram levados à delegacia aparentemente para prestar esclarecimentos e explicar o motivo da confusão. Ele também fora avisado pelos policiais que Anahi não teria mais tempo, e que teria que ser levada logo. Ele pouco pôde dialogar, sabia que os policias tinham feito muito e não podia pedir mais nada, apenas aceitar.
Então o reforço logo chegou. Alguns policias caminharam para o segundo andar junto com o médico novato enquanto um outro andava em direção ao quarto de Alfonso.
O advogado de Anahi que estava sentado em uma cadeira ao lado da porta, pediu que pudesse trocar uma palavra com ela antes.
-Tudo bem, mas seja breve e não tente nenhuma gracinha, você sabe que isso pioraria o caso dela. -Avisou o policial que se posicionou para fazer guarda na porta do quarto.
-Certo. Obrigada. -Dissera o advogado que deu duas batidas na porta antes de entrar. -Com licença. Como se sente, Alfonso?. -Ele perguntou.
-Me sinto melhor. Você seria....? Desculpe mas eu deveria me lembrar de você?. -Perguntou Alfonso confuso.
-Ele é meu advogado. Quando ele chegou você estava sendo operado. -Explicou Anahi já com o semblante entristecendo, ela sabia que a hora de se entregar havia chegado e ela teria que se despedir de Alfonso.
-Por que precisa de um advogado? -Alfonso questionou mas logo a resposta viera em sua cabeça. Ela havia matado o ex marido. -Não, não, não... foi... foi legítima defesa!. -Ele começou a se apavorar e segurou nas mãos dela como se assim, pudesse impedir sua partida.
-Sabemos e vamos tentar provar isso, pode ficar tranquilo!. -Dissera o advogado. -Mas agora a Annie precisa ir.
A essa altura, as lágrimas já corriam pelas bochechas dela e Alfonso com o semblante triste, faziam com que ainda mais lágrimas rolaressem.
-Eu vou ficar bem, vai dar tudo certo!. -Ela dissera na intenção de acalmar tanto ele quanto ela mesma. -Não me arrependo de nada do que fiz, faria tudo de novo. Mas agora eu tenho que arcar com as consequências dos meus atos.
-Eu vou te esperar o tempo que for necessário. Saiba que eu te amo e tenho muito orgulho de você!. -Ele dissera e ela se aproximou para um selinho demorado.
-Eu te amo, Alfonso!.
-Temos que ir, Annie. -O advogado reforçou.
-Eu não tive coragem de me despedir dos meninos. -Ela dissera em um suspiro. -Cuida deles pra mim?.
-Cuido, com certeza. Vamos estar esperando quando tudo isso se resolver, ok?. -Ele alisou o rosto dela com as costas de uma das mãos para então lhe dar mais um selinho.
-Tenho que ir agora. Não esqueça que eu te amo!.
-Eu não vou. -Ele garantiu. -Casa comigo quando tudo isso acabar?.
-O quê?. -Ela perguntou. -Não é hora de me pedir em casamento!
-Mas vou pedir mesmo assim, assim, além dos seus filhos, isso pode ser mais um lembrete de que estamos te esperando. -Ele dissera.
-Está falando sério?. -Ela sorriu por um momento.
-Sim, casa comigo?. -Ele reforçou o pedido. -Eu ajoelharia agora mas acabei de ser operado!.
-Odeio ter que fazer isso, mas precisamos mesmo ir, Annie!. -Dissera o advogado mais uma vez.
-Certo. Então eu caso!. -Ela respondeu por fim, agora distribuindo vários selinhos em Alfonso. -Eu te amo! Tchau!
-Te amo. Se cuida, pequena!. -Ele dissera soltando a mão dela.
Fora difícil para Anahi ter que deixa-lo mas ela precisava. Fora estranha a sensação de ser algemada na frente daquelas pessoas no hospital, varias tiravam fotos, filmavam e cochichavam. Mas ela ainda não estava arrependida, fez o que foi preciso para defender a si mesma e a sua família.
O advogado a acompanhou o tempo todo, ele tentava agilizar a ida dela para o carro da polícia a todo custo, mas as fotos logo com toda certeza estaria estampando revistas de fofocas.
...
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Reencontro De Seis Almas - RBD
FanfictionSeis amigos, seis almas que já foram unidas no passado voltando a se reencontrar. Era véspera da véspera de Natal, quando Alfonso abrira a porta de sua casa e teve uma surpresa. As cinco pessoas que teve extrema importância em sua vida estavam ali...