Capítulo 81

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Quinze dias haviam se passado desde o nascimento de Maria Paula, e treze dias desde que Dul e a menina tivera alta hospitalar.

Dul não poderia estar mais feliz com a filha, estava vivendo os dias mais felizes de sua vida, sendo mãe. Tudo o que a menina fazia, a deixava boba. Qualquer som que ela emitia, qualquer cereta, qualquer esboço de um mínimo sorriso, mesmo que ainda fosse cedo, Dulce acreditava fielmente que a filha estava tentando sorrir. E obviamente, a memória de seu celular estava abarrotada de fotos da menina.

Tudo só não estava melhor ainda, porque Ucker havia ficado estranho de uns dias para cá. Como se estivesse escondendo alguma coisa da namorada. Dul suspeitava até que ele poderia estar a enganando com outra. Com a fase do pós parto, Dul não se sentia tão bonita quanto antes, não se sentia bem com o seu peso, mesmo que não tivesse tido uma grande mudança. Também não tinha tempo para mais nada, não conseguia cuidar das unhas, dos cabelos, ... todo o seu tempo era dedicado a filha e mesmo que também tenha ganhado algumas olheiras, Dul não trocaria nenhum minuto que passou ao lado da pequena para se cuidar, sua filha havia se tornado o seu bem mais precioso, Dul agora vivia por ela, e não se arrependia.

Ela estava cansada, a rotina era desgastante para qualquer um. Ucker a ajudava, isso era óbvio. Ele era um ótimo pai. Mas já não a procurava tanto quanto antes. Mesmo que ainda não pudessem fazer sexo, Dul sentia falta do carinho do namorado que parecia cada vez mais distante dela.

As visitas do restante do sexteto, ainda era frequente. Com mais frequência, de Anahi, já que a loira acabou se tornando vizinha do casal e também tinha sido mãe recentemente, então sempre que podia, ela ia visitar a amiga para ajudar em alguma coisa ou até mesmo para conversar.

Mai e Chris estavam cada vez mais apaixonados, e a morena ainda se recusava a contar para os amigos sobre o relacionamento dos dois. E Chris não forçava a barra, queria que as coisas acontecessem no tempo da morena, e que ela se sentisse confortável sempre, em cada situação.

Annie e Poncho ainda lidavam com a nova etapa da vida deles, em como era comandar uma casa com três crianças, uma delas ainda sendo bebê de colo. Era tudo muito corrido na casa ainda, mas eles aos poucos, iam começando a pegar o jeito.
Dani convivia mais com o casal do que com a mãe biológica, que sempre estava viajando a trabalho. Alfonso às vezes se preocupava caso o menino sentisse falta da mãe. Mesmo Anahi o amando como se fosse um de seus filhos, ela ainda não era mãe dele. Mas toda a preocupação de Poncho se esvaia quando ele via o menino brincando com Manu, ou quando via os dois, ajudando Annie a cuidar do irmão mais novo. Ou até mesmo quando via o filho mais velho chamar Annie de "mãe", o menino vivia se gabando por ter duas mães.

Era sexta-feira, dez da noite na cidade do México. A ex ruiva tinha acabado de dar mamar a filha que tinha acabado de dormir logo em seguida.

Dul vestia um roupão e tinha os cabelos presos em um coque, quando desceu as escadas e fora direto para a cozinha onde encontrou Ucker bebendo água, de costas para o celular que estava sobre a mesa, com a tela desbloqueada.

-Oi. -Ela dissera o assustando já que ele não a viu entrar. -A bebê dormiu, então pensei da gente ver um filme. -Ela sugeriu esperançosa.

-Não vou poder, amor. Tenho que acordar cedo amanhã. -Ele avisou deixando o copo sobre a pia.

-Para quê tem que acordar cedo? Você não falou de nenhum compromisso. -Ela dissera.

Então o celular de Ucker apitou, indicando uma nova mensagem. Dul não conseguiu ler o nome, mas ela pôde ver um vislumbre de um emoji de coração, Ucker saltou na frente do celular e o pegou de pressa, como se temesse que ela lesse o conteúdo da mensagem.

-Quem era? -Ela questionou arqueando uma das sobrancelhas.

-Ah... não, não é nada. São só os meninos me zoando. -Dissera ele bloqueando o celular e logo colocando o aparelho no bolso.

-Claro. -Ela dissera sem acreditar muito, mas como ainda não tinha provas de nada, não poderia fazer um escândalo.

...ainda.

-Bom.. eu vou passar para dar um beijo na bebê e já vou dormir para levantar cedo amanhã. Boa noite! -Ele desejou, se aproximou, beijou a bochecha da namorada e subiu para o andar de cima sem dizer mais nada. Deixando uma Dul muito desconfiada para trás.

Annie tinha acabado de se deitar, as crianças dormiam, e Poncho estava deitado ao seu lado, mexendo no celular, olhando as redes sociais.

-Amor, por que a Dul acha que o Ucker está traindo ela? -Perguntou Annie quando recebeu uma mensagem da amiga.

-O quê? -Perguntou Alfonso confuso, sem entender nada.

-Vocês dois andam muito grudadinhos. Alfonso, se ele estiver traindo a minha amiga e você estiver acobertando, nós duas matamos vocês dois! -Ela dissera. Então ele bloqueou o celular e virou para a namorada.

-Por que você acha que ele a trairia? Pior ainda, por que você acha que eu acobertaria uma coisa dessas? -Ele pergunto calmamente, mas estava ofendido.

-Nós mulheres, temos um sexto sentido! Sabemos quando estamos sendo enganadas, então se a Dul acha que está sendo traída é porque tem alguma coisa acontecendo. -Ela dissera. -Você não o acobertaria, né?

-Claro que não! A Dul também é minha amiga, eu jamais admitiria isso. -Dissera ele se livrando de uma culpa que acabou caindo no seu colo.

-Tudo bem, mas você sabe de alguma coisa, então me conta! -Pediu a loira, que sentia que ainda tinha alguma coisa rolando. Se Dul acreditava que tinha algo errado, ela confiaria na amiga de olhos fechados.

-Não posso, amor. É coisa deles! -Respondeu ele.

-Eu sou sua noiva! -Ela o lembrou incrédula.

-Amor! -Chamou ele manhoso. -Sem chantagem, por favor!

-Não é chantagem, eu quero saber! -Ela dissera firme.

-Mas eu não posso falar! Olha, a gente podia namorar um pouquinho agora que as crianças dormiram. -Ele dissera ficando sobre ela, a beijando na pele do pescoço.

-Agora é você quem está me chantageando! -Ela acusou enquanto se arrepiava. -Não pense que essa conversa acabou por aqui.

-Xiu, amor! -Ele pediu antes de lhe atacar os lábios.

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Reencontro De Seis Almas - RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora