Mai se assustou quando se virou com uma garrafa de vinho nas mãos e se deparou com Chris. A morena vinha ficando nervosa com a presença dele desde o beijo que deram na última vez que tomaram taças a mais daquela mesma marca de vinho que ela segurava nas mãos.
-Não quis te assustar, perdão!. -Dissera o rapaz indo até o pequeno bar que tinha ali na cozinha para pegar outra garrafa do mesmo vinho.
-Tudo bem, não foi nada. -Ela respondeu evitando olhar ele.
Chris pegou o abridor de garrafas e abriu a garrafa que tinha nas mãos, e logo após, trocou de garrafa com ela para que pudesse abri-la também.
-Eu queria falar com você. -Dissera ele a fazendo sentir um frio na barriga. Ela contava com a possibilidade dele não se lembrar do beijo, mas sobre qual outro assunto ele ia querer falar com ela?.
-Pode falar, é sobre o quê?. -Ela perguntou temendo a resposta.
-Sobre a última vez que bebemos uma dessa aqui. -Ele apontou para a segunda garrafa já aberta.
-Ah, sobre isso. -Ela dissera coçando a nuca, visivelmente envergonhada.
-Sim. Você se lembra o que fizemos enquanto estavamos sob o efeito disso aqui?. -Ele quis saber. E então colocou a garrafa já aberta sobre a mesa.
-Chris, eu preciso que seja claro. -Ela pediu por fim querendo que ele fosse direto ao ponto.
-Estou falando sobre o beijo. -Ele dissera e ela suspirou se encostando na bancada da pia logo após também por a garrafa que segurava, sobre a mesa. -O que foi? Foi ruim?. -Ele perguntou preocupado diante da reação que ela teve.
-Não é isso!. -Ela tratou logo de responder, mas suspirou outra vez logo após.
-E então, o que foi?. -Ele quis saber se encostando na bancada também, bem ao lado dela.
-É que não gostaria que as coisas mudassem, tenho medo que isso atrapalhe a nossa relação. -Ela dissera e foi a vez dele suspirar.
-A gente podia melhorar nossa relação. -Ele sugeriu e ela o encarou por breves segundos antes de desviar o olhar outra vez.
-Chris, eu sei o que está sugerindo, mas não é bem assim que funciona. -Ela dissera sem saber usar ao certo as palavras, mas não podia evitar as possibilidades que passavam em sua cabeça.
-Gostou do beijo?. -Ele perguntou depois de um tempo em silêncio.
-Que pergunta é essa?. -Ela devolveu com outra pergunta.
-Só responda, por favor! Não tem o que temer, já nos conhecemos a anos. -Ele lembrou.
Ela ficou em silêncio por um tempo, não planejava responder àquela pergunta, mas quando se deu conta, as palavras já tinham escapado por entre seus lábios.
-Eu gostei. -Ela dissera e ele sentiu um frio na barriga, um frio bom. Ele gostou das sensações que a resposta dela lhe causaram.
-Eu também gostei, não estava esperando por toda a sensação boa que me causou. -Ele dissera, com o rosto virado para ela, a olhando.
Mai também virou o rosto para olha-lo. Os rostos bem próximos, já que estavam um ao lado do outro. Os corações batiam descompassado mas fora Mai quem tivera coragem de virar o rosto outra vez, antes que seus lábios tocassem os dele.
-Não podemos, somos como irmãos!-Ela dissera mais para si mesma do que para ele.
-Dul também era como se fosse irmã do Ucker, e Annie era como se fosse irmã do Poncho! Olha só como eles estão agora. -Ele usou os amigos de exemplo.
-Está querendo ficar comigo por causa do que disseram outro dia, que deveríamos formar um casal para sermos uma família de três casais?. -Ela questionou incrédula
-Não!. -Ele tratou logo de negar. -Quero ficar com você porque gostei do seu beijo!.-Ele justificou. -Venho te olhando com outros olhos já faz um tempo.
-Isso não é verdade, eu teria notado! -Ela dissera.
-Não notou porque é distraída! -Ele dissera. -E estava com outras preocupações na cabeça. Tinha o julgamento da Annie...
-Nós dois estávamos meio que afastados depois do beijo. -Ela lembrou de como se evitaram desde então.
-Porque eu não sabia como reagir! Foi confuso para mim no início, aposto que foi igual para você também. -Ele deduziu.
-Pior que foi, me deu o que pensar por uns dias. Achei que você só me visse como irmã!. -Ela dissera.
-E eu via, até rolar o beijo. Eu nunca tinha parado para imaginar a gente como um casal, mas confesso que fiz isso depois do beijo e gostei da idéia. -Ele dissera.
-Eu também. -Ela confessou. -Eu gostei de imaginar a gente.
-Então podíamos ficar, se você quiser. Nos conhecer de outra maneira. -Ele sugeriu.
-Não sei... ainda tenho medo que isso nos atrapalhe. Se não der certo, tenho receio que a gente nunca mais volte a ser como éramos. -Ela dissera sua real preocupação.
-Podemos fazer uma promessa. -Ele dava soluções. -Caso a gente tente e não dê certo, não tocamos mais no assunto e prometemos voltar a ser os bons amigos que sempre fomos.
-Promete mesmo?
-Prometo!. -Ele levantou o dedo mindinho e mostrou a ela. -Como é aquilo que a Annie faz?
-Pink Promise?. -Ela perguntou aos risos.
-Pink Promise!. -Ele confirmou ainda com o dedo menor levantado enquanto ela estudava a idéia.
-Promete que não vamos contar nada aos outros por enquanto?. -Ela pediu. -Não quero que criem expectativas caso não dê certo.
-Eu prometo. Fazemos como achar melhor!. -Ele dizia.
-Tudo bem. Então Pink Promise!. -Ela dissera por fim antes de selar o dedo mindinho com o dele, firmando um acordo. Ambos sorriam cúmplices.
-ESTÃO COLHENDO AS UVAS PARA FABRICAR O VINHO?. -Ouviram Ucker direto da sala.
-OU SE PERDERAM NA COZINHA?. -Questionou Annie os fazendo rir e revirar os olhos.
-JÁ ESTAMOS INDO!. -Chris gritou de volta para ser ouvido da sala.
-É, NÃO ESTAVAMOS ACHANDO O ABRIDOR!. -Acrescentou Mai, dando a primeira desculpa que viera em sua cabeça.
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Reencontro De Seis Almas - RBD
FanfictionSeis amigos, seis almas que já foram unidas no passado voltando a se reencontrar. Era véspera da véspera de Natal, quando Alfonso abrira a porta de sua casa e teve uma surpresa. As cinco pessoas que teve extrema importância em sua vida estavam ali...