Anahi estava sentada em um café que ficava ali próximo do condomínio. Sozinha do lado de dentro, a loira esquentava as mãos frias na porcelana da xícara de um cappuccino que havia pedido, enquanto observava o noivo andando de um lado para o outro do lado de fora ao mesmo tempo que falava nervoso com alguém no celular.
Logo que vira o "recado" na parede da casa, Annie não soube direito como reagir. Ela ficou paralisada por um tempo. Poncho tomou as dores da noiva e quis logo saber quem havia feito tamanha maldade com ela. Ele não obteve uma resposta, nem o corretor nem o homem que conversava com ele soube responder, mas se desculparam e prometeram que tomariam providências.
Poncho então nervoso com a situação, tirou a noiva dali e destino fora um café ali próximo, onde logo que chegaram, ele recebeu uma ligação.
Annie ainda estava presa em seu transe, ela não havia conseguido chorar, na verdade ela chegou a sentir vergonha e questionar se a pessoa que tinha feito a pichação, não estava certa, afinal, de fato, ela tinha matado o ex marido.
-Licença. -Dissera dois jovens se aproximando, afastando assim os pensamentos sombrios de Anahi.
-Oi. -Respondeu a loira sorrindo fraco.
-Somos amigos. -Avisou o rapaz que devia ter em torno de vinte e cinco anos, assim como a mulher que estava com ele, ela parecia lutar para não sorrir demais e acabar assustando Annie. -Somos muito fãs da banda, não conseguimos ir ao show por ter esgotado os ingressos antes que a gente pudesse comprar, mas ficamos muito felizes com o reencontro e agora até parece mentira que estamos vendo você aqui de pertinho. -Disse o rapaz com empolgação.
-É, somos mega fãs da banda, temos até tatuagens e tudo. -Dissera a menina levantando a blusa e mostrando uma tatuagem na costela com o nome dos seis.
-Eu também tenho. -Avisou o rapaz mostrando no pulso a logo da banda.
-Meu Deus! -Dissera Anahi, surpresa. -Eu admiro muito o amor de vocês pela banda, é realmente muito lindo! E sinto muito que não tenham conseguido ir no show.
-Esta tudo bem, só de estarmos agora aqui falando com você, já nos sentimos recompensados!. -Dissera a menina.
-É, nos estamos sentados ali atrás, iamos pedir uma foto mas percebemos que não esta no seu melhor dia, então, também nos contentamos só com essa conversa. -Dissera o menino.
-Eu tiro a foto, não tem problema nenhum!. -Disse a loira se levantando. -Vieram até aqui falar comigo, então merecem uma foto. Podem postar e me mencionar nas redes sociais, e caso haja algum outro show, eu garanto o ingresso de vocês!. -Prometeu Anahi.
-Está falando sério?. -Disse o rapaz com mais empolgação que antes.
-É claro. -Anahi sorriu.
A menina não perdeu mais tempo, mesmo com as mãos trêmulas, ela pegou o celular, esperou que os outros dois fizessem pose e os três sorriram para a foto que fora tirada logo em seguida.
-Sabemos do "evento" que tem amanhã, Annie, e desconfiamos que talvez seja isso que esteja te preocupando... -Começou o rapaz.
-É, mas saiba que os fãs da banda estão com você nesse momento, estaremos torcendo para que dê tudo certo porque nós conhecemos a sua alma, e sabemos da pessoa incrível que você é. -Concluiu a menina e Anahi sentiu os olhos lacrimejarem.
-Obrigada. Vocês são incríveis! Não sabem do tamanho da força que dão para gente. Saibam que nós seis nos sentimos muito acolhidos e seremos eternamente gratos por tudo que fazem por nós. -Respondeu a loira secando a lágrima solitária que insistiu em rolar por sua bochecha.
-Nós amamos tanto vocês que as vezes nos sentimos da família!. -Dissera a menina.
-E quem disse que vocês não são? Todos vocês são parte da gente, não existe RBD sem qualquer um dos seis ou qualquer um dos fãs. Cada um de vocês são importante. -Dissera Anahi.
Depois de um abraço apertado e mais palavras de carinho, os fãs se despediram mas não sem antes esperarem Alfonso para uma foto também.
Já no caminho para casa, Poncho disse que estava falando com o corretor no celular e o homem tinha dito que já sabia quem tinha feito a pichação, era um senhor que também residia no condomínio. Descobriram que era um eleitor de Velasco e por isso, o homem não gostou de saber que era Anahi quem iria morar ali. Ao ser intimidado pela polícia, ele prometeu que iria restaurar a parede da casa e pagaria uma multa altíssima por importunar o casal e vandalizar a moradia.
Quando chegaram na casa de Dul, eles não contaram o que tinha acontecido aos amigos. Anahi estava se sentindo envergonhada e Alfonso preferiu fazer o que ela tinha pedido, que era não informar o que tinha acontecido pouco antes.
Anahi passou o dia fingindo bem, estava alegre e talvez o encontro com os dois fãs tivessem mesmo de fato, ajudado no seu humor. Como o fatídico dia do julgamento era no dia seguinte, ela decidiu aproveitar os filhos, amigos e o noivo ao máximo. Então estavam todos convivendo em perfeita harmonia, e a alegria dos outros era tanta que acabou contagiando ela e por algumas horas, ela acabou esquecendo que o dia seguinte poderia ser trágico.
Anahi tinha passado o dia sem sua aliança de noivado e, por isso, nenhum dos amigos parabenizou o casal, já que não estavam sabendo da oficialização do pedido.
Já bem tarde da noite, quando finalmente foram para o quarto. Alfonso tentou ao máximo distrair a noiva, eles conversaram sobre vários assuntos por horas, ficaram agarradinhos na cama, trocando carícias e conversas. Estavam tão bem presos em seu mundinho que perderam a noção do tempo e só foram dormir depois das duas da manhã.
Foi uma noite estranha para Anahi, ela não havia conseguido dormir direito, acordou por diversas vezes no meio da noite com pesadelos, todos em relação ao resultado do julgamento.
Em uma dessas vezes, Alfonso também acordou, a envolveu em seus braços e acariciou seus cabelos até que ela dormisse outra vez.
O sono dessa vez durou por mais algumas horas, até o despertador tocar e ela acordar mais cansada do que quando fora dormir.
As crianças ficariam com a irmã da loira então depois de preparar tudo o que iam precisar, Poncho as levou até a casa da cunhada que desejou boa sorte e disse que emanaria boas energias para Anahi.
Quando Poncho voltou já estava todo mundo pronto. Então eles se dividiram em dois carros e foram para o local onde aconteceria o julgamento.
Como já imaginado, havia dezenas de repórteres com câmeras, fazendo muitas perguntas, que ninguém respondeu. Fora difícil, mas eles enfim conseguiram entrar no tribunal do Juri.
Anahi se despediu dos amigos um por um e fora difícil conter as lágrimas, talvez fosse a última vez em muito tempo que ela os veria sendo uma pessoa livre. Fora mais difícil ainda beijar os lábios de Alfonso sabendo que ela poderia ficar sem aqueles beijos por muito tempo.
O advogado de Annie já estava lá, ele também cumprimentou todos e cada um fora para o seu devido lugar. Anahi seguiu com o advogado que sempre se mostrou esperançoso, diferente dela que só pensava no pior.
Com todos em seu devido lugar. A entrada fora fechada e iam logo começar a sessão.
Anahi estava sentada ao lado do seu advogado. Ali próximo deles tinha um promotor que faria a acusação da loira. Ele deveria defender a tese de que ela era de fato culpada.
Na frente deles, no lugar mais alto, estava um juiz negro, que beirava aos cinquenta anos e ele quem conduziria o julgamento.
-Bom dia a todos. Peço o silêncio e a colaboração de todos presentes para que aconteça de maneira correta este julgamento. Peço também que ninguém se manifeste a favor ou contra o que será dito aqui hoje ou qualquer decisão tomada pelo juri. Por favor não atrapalhem a sessão ou serão retirados. Dito isso, eu declaro aberto o julgamento. Peço as testemunhas e aos peritos que participarão do julgamento, que levantem a mão esquerda e repitam comigo. -Pediu o Juiz, e assim que o fizeram ele continuou. -Juro pela minha honra que direi a verdade e nada mais que a verdade.
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Reencontro De Seis Almas - RBD
FanfictionSeis amigos, seis almas que já foram unidas no passado voltando a se reencontrar. Era véspera da véspera de Natal, quando Alfonso abrira a porta de sua casa e teve uma surpresa. As cinco pessoas que teve extrema importância em sua vida estavam ali...