Capítulo 67

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-Hum... -Poncho emitira um som, não sabia nem o que dizer, como explicar que também era pai de Emi.

Quando Chris voltou com os pratos, a sala estava em um completo silêncio, se uma mosca passasse voando por ali ela seria facilmente ouvida. O único som vinha do barulho de sucção que Emi fazia enquanto tomava o seu leite na mamadeira. Despreocupado, o menino nem se dava conta do que acontecia em sua volta e que ele estava no foco do assunto.

-O que foi?. -Perguntou Chris, também entender nada.

-O meu papai é papai do Emi?. -Perguntou Dani a Chris já que ele era o único que tinha dito alguma coisa em um vasto intervalo de tempo.

-Eita. -Chris dissera, finalmente entendendo o que tinha acontecido.

-Por que ninguém fala?. -O menino continuou com as perguntas e os outros se entreolharam, ninguém sabia como sair daquela situação.

-Que tal a gente comer? Vocês não querem pizza?. -Perguntou Mai tentando ajudar Poncho a escapar de ter que responder essa.

-Tudo bem. -Poncho dissera aos amigos antes de suspirar. -É, filho, eu sou pai do Emi também. Ele é seu irmãozinho. -Contou.

-Mas a barriga da mamãe não cresceu. -Dissera o menino confuso. -Ele não é filho da tia Annie?.

-É. A tia Annie é a mãe dele, eu sou o pai dele, assim como sou o seu. -Explicou Poncho.

-Você também é meu papai?. -Perguntou Manu mais confuso ainda.

-Eu gostaria muito de ser, mas não. Eu não sou seu pai, Manu. -Respondeu Poncho.

-Por que?. -Perguntou o menino loiro de olhos claros.

-Eu não sei. -Fora tudo o que Poncho dissera, ele não sabia exatamente como explicar aquilo ao menino.

-O Emi é meu irmão?. -Perguntou Dani para ter certeza.

-É, ele é seu irmãozinho. -Respondeu Poncho com calma. -Ele é irmão de vocês dois.

-Legal! Eu gosto dele. -Comemorou Dani, o que fez todos ali presentes sorrirem.

-Eu queria que fosse meu papai. -Mani fora sincero.

-Eu também gostaria de ser o seu pai. -Poncho também dissera.

-Assim eu também seria irmão do Dani. -Esclareceu o menino e todos presentes riram.

-Pode chamar ele de papai se quiser. -Dani autorizou. -E a gente pode fingir que é irmão. -Concluiu o menino.

-Posso, tio?. -Perguntou Manu olhando para Poncho.

-Eu não sei se sua mãe concordaria, mas podemos convencer ela quando voltar. -Poncho sugeriu com um sorriso nos lábios. A conversa estava saindo melhor do que ele imaginaria.

-Ela vai deixar, ela é legal. -Dani fora otimista.

-É, somos todos legais. Estou adorando o papo mas eu estou comendo por duas e estou faminta. -Dissera Dul.

-Tudo bem, vamos comer. Quem quer o primeiro pedaço de pizza?. -Perguntou Chris.

-Eu!. -Os dois meninos responderam juntos e uníssono.

Depois de todos comerem a pizza, combinaram de fazer uma noite do pijama com as crianças. Então juntaram os colchões da casa e os posicionaram no chão da sala porque seria onde iriam dormir. Poncho aproveitou bastante tempo com as crianças, meses atrás ele tinha apenas Dani como filho e agora tinha três. Ao assumir um compromisso com Anahi, com quem ele pretendia se casar, ele também assumia para si o compromisso com as crianças, e por mais que Manu não fosse seu filho biológico, ele amava o menino como se fosse.

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