Capítulo 23

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Já era noite e os seis estavam reunidos no quarto das meninas. Bebiam, comiam besteiras e conversavam alegremente, exceto por Annie que ainda não tinha conversado com Poncho e estava o evitando, sempre adiando a conversa quando o mesmo perguntava sobre.

Annie, desde que os meninos chegaram no quarto para a pequena reunião estava mais quieta, pensativa e claro que havia pensado em desistir da tal conversa por diversas vezes.

Contrariando o que os outros pensavam, Dul se divertia a beça, havia novamente bebido umas a mais porém tinha mais controle de sí do que tivera da outra vez. Mai estava do mesmo jeito e Chris também não ficava para trás. Poncho também estava um pouco alegre e Ucker? Bom, Ucker até tentara se divertir más a conversa que teve mais cedo com Dul ainda estava em sua cabeça. Todas as palavras ditas por ela e as respostas que ele dera insistiam em lhe torturar.

A quase uma hora atrás estavam todos ao telefone se comunicando com familiares que já sabiam da situação deles, alguns dos seis até choraram com saudade. Desejaram um feliz ano novo já que com o fuso horário, no México acontecia mais ou menos uma hora antes e depois voltaram para a pequena festa particular.

-Dez segundos para a meia noite, gente!. -Anunciou Mai alegre ao checar as horas em seu relógio de pulso.

-Dez, nove, oito, sete, seis,.. -Começaram a contagem até chegar em um.

O som fora abaixado e todos começaram a se abraçar, palavras bonitas foram ditas e o clima estava outro. O coração apertava por estarem longe dos familiares más logo voltava a ficar quentinho em saber que os seis estavam bem e juntos.

Depois que todos se abraçaram, se dividiram de forma espremida nas duas janelas do quarto para apreciar por alguns minutos os fogos coloridos. Estava frio lá fora más haviam várias pessoas se abraçando e comemorando.

O hotel estava quase vazio, a maioria dos hóspedes saíram para se divertir em outros lugares más ainda tinha alguns funcionários trabalhando.

Horas mais tarde, por volta de quatro da manhã um dos únicos hóspedes que estava no hotel começara a reclamar do barulho e claro, sua reclamação não impediu que eles o  diminuíssem. Só o fizeram quando um funcionário fora bater na porta para reforçar a reclamação do barulho.

-Então, como vai ser? Vão deixar a gente dormir aqui?. -Perguntou Chris quando finalmente desligaram o som.

-Não tem a mínima necessidade disso. -Poncho reforçou sua idéia. -Vamos, as meninas querem dormir. -Chamou.

-Por mim se quiserem ficar, sem problema. -Dul autorizou jogando um travesseiro em Chris.

-Por mim também. -Dissera Mai rindo entrando naquela brincadeira com travesseiro.

-Então, Annie?. -Perguntou Chris sem olha-lá, estava ocupado se preparando para lançar um travesseiro em Dul.

-Por mim tudo bem, contanto que vocês não botem o quarto à baixo.  -Respondeu a loira. -Desviando de um travesseiro que Mai lançou. -Ei, respeitem à grávida. -Pediu.

-Não vou dormir aqui. -Avisou Ucker jogando uma latinha de cerveja em um lixo improvisado.

-Qual é, Ucker? Não começa! -Pediu Chris.

-Deixa ele, se não quiser dormir não dorme. -Dul rebateu.

-Se não for dormir os seis, então vai dormir cada um em seu canto. -Avisou Annie.

-Parem com essa palhaçada de "se não for os seis não é nenhum". Querem saber? Eu vou pro quarto, boa noite para vocês. -Despediu Ucker antes de sair do quarto e bater a porta.

-Eu ein. -Reclamou Annie. -O que deu nele?.

-Quem sabe?. -Mai deu de ombros.

-Bom, Chris e eu vamos falar com ele e trazer os colchões para dormimos aqui, certo?. -Avisou Poncho antes de sair com Chris.

A conversa entre os meninos fora tranquila, em poucos minutos chegaram em um acordo. Ucker topou ir dormir no quarto das meninas contanto que Poncho e Chris parassem de perguntar o motivo dele estar estranho.

Colchões enfilerados no chão, todos deitados quietos conversando no escuro. O barulho lá fora já havia diminuído e aos poucos os festeiros voltavam para suas casas ou hotéis afim de descansar depois de uma noite regada a curtição e bebida.

Começava a amanhecer quando o grupo começou a pegar no sono, as seis da manhã todos dormiam, exceto Annie, que não conseguia parar de pensar em Poncho, do quanto ele estava perto no colchão ao lado, de como era lindo dormindo e do quanto se arrependera de não ter contado tudo na noite passada. Seus pensamentos a torturavam e a vontade de pular para o seu colchão era imensa.

-Poncho. -Ela chamou sussurrando. Em resposta ele se mexeu más não acordou. -Poncho. -Ela chamou mais uma vez e desta, ele abriu os olhos.

-O que houve, algum problema?. -Perguntou.

-Podemos conversar?. -Ela perguntou.

Era loucura, sabemos, acordar alguém que acabou de pegar no sono para ter esse tipo de conversa? Más ela não aguentava mais. Preferia que tivesse o mesmo desfecho da conversa de Dul e Ucker a guardar por mais tempo estes sentimentos.

-O que é tão importante que não pode esperar até mais tarde para me contar?. -Ele perguntou divertido.

Os dois estavam no corredor do lado de fora do quarto, parados na porta que se encontrava fechada para terem mais privacidade e não acordar os outros.

-Me desculpe por isso, é que é muito importante e eu estou enlouquecendo com tanta coisa guardada. -Justificou.

-Não se preocupe, pode falar. O que é?. -Perguntou ele sem nem desconfiar.

-Eu não sei nem por onde eu começo. -Comentou baixo coçando a nuca. -Está bem, eu vou falar. -Anunciou. -Eu não amo o Velasco, na verdade nunca amei e nem poderia amar qualquer outra pessoa porque eu já tenho esse sentimento por você, Poncho. Eu sei que você me beijou da outra vez, bom, nos beijamos. -Corrigiu. -Sei que depois conversamos e eu disse que não havia nada, más na verdade há tudo. Eu sei que pode estar confuso agora porque primeiro eu disse uma coisa e agora estou dizendo outra, é só que... -Ela respirou fundo, as palavras estavam saindo mais depressa do que planejava. -Se você me der um fora agora, eu vou entender porque eu mereço e eu tenho plena consciência de que isso é possível. Tudo bem eu vou parar de falar agora. -Ela se calou enquanto ele abria um sorriso.

-Você bem que merece um fora mesmo, más, mais do que ninguém você sabe o quanto eu sou maluco por você. Eu achei que tinha te superado até você aparecer na minha porta com os outros linda daquele jeito. Os dias que passamos juntos depois com Dani e Manu só serviram para me provar que você é a única pessoa com quem eu quero estar, Annie. -Desabafou ele dando um passo em sua direção.

-Jura?. -Ela sorriu olhando em seus olhos.

-Juro, pequena. -Ele disse antes de encurtar a distância entre eles a beijando.

...

Reencontro De Seis Almas - RBDOnde histórias criam vida. Descubra agora