-Foi lindo ver você enfrentando ele mas vai ter que parar, por sua própria segurança. -Dissera Dul quando já fazia alguns minutos que elas voltaram a ficar sozinhas naquele quarto trancado. Depois da saída de Velasco, elas se certificaram de que não ficaram com grandes hematomas e estavam aliviadas por só terem conseguido ficar com alguns poucos arranhões e, Annie com uma parte do rosto avermelhada, onde tinha recebido um tapa.
-Eu sei, me desculpa. É que é difícil de me controlar, tenho tanta raiva dele, tanta raiva até de mim mesma por ter trago ele para a minha vida e consequentemente interferir na de vocês. -Contou Annie.
-Não se sinta culpada, não somos responsáveis pelas ações de outras pessoas. Mas eu quero te pedir para não irritar ele enquanto a gente estiver aqui, nunca se sabe qual a loucura que ele pretende fazer. -Pediu Dul e Annie suspirou.
-Os outros devem estar preocupados agora, a essa altura, já devem ter encontrado meu bilhete. -Lembrou Annie. -Mai foi a primeira a notar seu desaparecimento, eu estava no meio de uma briga com o Poncho quando ela ligou. Fomos para a sua casa imediatamente e encontrei o bilhete do Velasco avisando que tinha pego você. Por sorte, eu estava sozinha, ou do contrário, ninguém teria deixado eu vir. Eu também deixei um bilhete, disse que sabia onde você estava e que eu estava indo te buscar. -Annie suspirou mais uma vez, desta vez, mais pesado. -A essa altura eles já sabem.
-Poncho deve estar maluco. -Dul dera um sorrisinho.
-Nem imagino como ele possa estar. Na verdade, acho que estão todos loucos nesse momento. -Annie sorrira fraco. -Poncho, Ucker e Mai devem estar enlouquecendo, enquanto isso, Chris deve estar vez ou outra fazendo alguma piada idiota pra tentar deixar o clima mais leve. -Ela riu. -Aposto que os outros devem estar querendo matar ele agora mesmo.
-Com certeza ele já fez alguma piada sobre o Ucker se tornar pai e ser o último a saber, e sobre o Poncho já ter um filho e também, até ontem, não fazer nem idéia disso. -Dul também rira.
-Daria tudo para vê-los agora, talvez uma última vez. Também queria ver meus meninos. -Annie tinha um sorriso no rosto mas isso não impediu uma lágrima solitária de rolar por sua bochecha.
-Eu também. Daria tudo para ter uma oportunidade de conversar com Ucker e esclarecer as coisas. Me sinto uma idiota por gostar dele desde que nos conhecemos e não ter dito. -Dul suspirou.
-A gente precisa voltar, de qualquer jeito. -Dissera Annie.
-Quando descobrir um jeito, me conte. -Pediu Dul.
As horas seguintes se passaram arrastando mas como com o avanço da gravidez Dul fora tendo muito sono, mesmo ali, naquelas circunstâncias, não poderia ser diferente. Annie via de longe o sono dela e pediu que ela descansasse um pouco enquanto ela pensava em algum jeito das duas sairem vivas dali. Dul aceitou o conselho mas só conseguiu pegar no sono quando Annie prometeu que a acordaria caso qualquer coisa acontecesse.
Durante os primeiros minutos em que pode pensar sozinha, sem o olhar atento de Dul a encarando, Annie pensou em várias situações mas era muito mais difícil do que parecia. As chances de qualquer opção de dar errado era muito grande. Então com uma decisão tomada, ela optou pela opção mais "segura" que conseguiu pensar.
A loira respirou fundo e caminhou até a porta, deu duas batidinhas baixas para não acordar Dul, mas alta o suficiente para ser ouvida pelo segurança que ficava no corredor, do outro lado da porta.
-O que foi?. -Perguntou o homem impaciente. -Ele não abriu a porta.
-Preciso falar com o Velasco. -Pediu Annie.
-O que quer com ele?. -Perguntou o homem.
-É com ele que eu tenho que falar, não com você. -Respondeu Annie.
-Não está em uma boa posição para ser rebelde agora. Se eu fosse você, cuidaria bem da sua língua, nunca se sabe quando pode perde-la. -Dissera o homem e Annie teve que revirar os olhos e se conter para não xinga-lo.
-Só diga a ele que o que eu tenho para falar o interessa. Ele decide se vai querer me ouvir ou não. -Pediu Annie por fim antes de se sentar ali no chão, ao lado da porta fechada.
Poucos minutos se passaram e, a porta fora aberta. Annie se levantou de pressa e um outro segurança estava ali para leva-la até Velasco.
Ela olhou para Dul mais uma vez e se sentiu aliviada por a ex ruiva ainda dormir.
Ela seguiu o segurança que a levou até um escritório improvisado, era onde Velasco estava. Sentado em uma poltrona atrás de uma mesa, parecendo alguém importante. Annie sentiu repulsa, só conseguia sentir repulsa por ele agora, repulsa e raiva.
-Quando me disseram que queria falar comigo, você nem imagina minha surpresa e curiosidade. -Dissera Velasco com um sorriso nos lábios. Ele acenou para o segurança que a trouxe e em seguida o homem foi esperar ao lado de fora da sala. -Pode se sentar. -Ele pediu para ela, apontando para uma cadeira que ficava frente a sua mesa.
-Velasco você consegue sentir amor por ninguém além de si mesmo? Quero dizer, por Manu e Emi, sente algum amor por eles?. -Perguntou Anahi.
-Emi não é meu filho, e agora até Manu me traz dúvidas. -Ele esclareceu.
-Eu fiquei trancada em casa antes e depois da gravidez do Manu, é claro que ele é seu filho. Não sente mesmo nada por uma criança que é sua? Que tem seu sangue?. -Ela quis saber e ele deu de ombros.
-Eu gosto dos meninos. -Ele dissera.
-Gosta?. -Annie riu incrédula sem um pingo de humor em seu tom de voz.
-Veio aqui tentar me convencer do quê?. -Quis saber ele já com pouca paciência.
-É uma dúvida que eu tenho. Se me matar, provavelmente você será preso, isso a menos que você passe o resto de sua vida fugindo. Nesse caso, como ficaria os meninos?. -Ela quis saber. -Você pensou nisso?.
-Eles vão ficar com alguém. Tem sua família, tem até mesmo o seu namoradinho... são tantas opções mas isso também não seria problema meu. Mas eu imagino que não tenha vindo até aqui para me perguntar isso, o que realmente você quer me dizer?. -Ele quis saber.
Annie respirou fundo, pensando mais uma vez na idéia que teve e se perguntando se era mesmo uma boa idéia.
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Obs: desculpem a demora, fiquei meio borocroxô o último mês praticamente todo. Mas voltei e não pretendo parar de postar antes de terminar a história, espero que ainda estajam aqui.
E que mês de dezembro foi esse, hein, fãs do RBD? Vcs estão bem aí? Já pensaram na possível tour? Vcs conseguiriam ir? ME CONTEM!
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Reencontro De Seis Almas - RBD
FanfictionSeis amigos, seis almas que já foram unidas no passado voltando a se reencontrar. Era véspera da véspera de Natal, quando Alfonso abrira a porta de sua casa e teve uma surpresa. As cinco pessoas que teve extrema importância em sua vida estavam ali...