Percebi pelo olhar que a Gnoma estava com muita raiva por eu ter sobrevivido e queria imediatamente corrigir esse “erro” – precisa não, gostei demais desse erro...
A Gnoma voou na minha direção, a espada preparada para me estraçalhar. Eu sabia que não devia sequer deixá-la relar em mim, afinal, eu podia perceber a energia explosiva que a rodeava – feitiço de Guerra, Rashne se ofereceu para me ensiná-los, mas neguei, não fazem o meu estilo, apesar da afinidade, mas quis aprender a teoria – e eu sabia que a energia explodiria no instante que me tocasse.
Quando ela estava muito perto, me atirei por cima dos arbustos e comecei a correr, buscando algo na minha memória que pudesse me ajudar.
O Djin e a Gnoma vieram atrás, e por muito pouco um raio vindo do Djin não me atingiu.
Contornei uma árvore e corri na direção deles. Não, eu não sabia o que estava fazendo. Estava apenas seguindo meus instintos que me gritavam para esperar até o último instante para começar a cantar um feitiço ilusório que iria me esconder de seus olhos, ouvidos e nariz.
Eles pararam de correr, confusos, enquanto eu continuava cantando, passando por debaixo da espada da Gnoma e do facão de luz negra do Djin, correndo na direção da trilha. Eu tinha de continuar cantando ou eles voltariam a me perceber.
Argh! Maldita raiz!
No instante em que tropecei, parei de cantar e eles me perceberam, correndo na minha direção.
Droga.
Eu não ia conseguir acumular essência suficiente para voltar a lançar o feitiço de Ocultação. Aliás. Eu não conseguiria acumular muita essência pra qualquer coisa.
Me levantei e andei de costas, enquanto o Djin e a Gnoma andavam cautelosamente na minha direção, preocupados com qualquer coisa que eu pudesse fazer. Eu pensava desesperadamente, descartando as opções na mesma velocidade em que vinham.
Se eu não tivesse deixado Savën e Fëna no quarto, minhas chances seriam melhores.
Eu estava cercada de terra. De árvores.
Eu estava em casa.
Precisava usar essa vantagem – não muita, considerando que a Terra me ama. Mas como?
Um plano se esboçou em minha mente.
Era hora de ver se eu já era capaz de voar... Ao menos por distâncias pequenas.
Com cuidado, ainda prestando atenção aos movimentos dos dois à minha frente, arrisquei mexer minhas asas. Segundo vovó, ainda não estavam no tamanho ideal, mas podiam me fazer voar por distâncias curtas. E era o que eu precisava.
Beleza, afinal, eu não tenho a intenção de voar até São Paulo mesmo.
Dei um pulo para trás, batendo as asas e me sentindo livre por alguns segundos enquanto botava distância entre nós, até pousar no chão firme. Agora, com uma distância maior nos separando – embora eles tenham começado a correr na minha direção no instante que tirei os pés do chão – eu consegui mais alguns segundos para acumular essência para usar um feitiço que eu não tivera oportunidade de testar até aquele momento.
Espero sinceramente que ele dê certo, ou vou me ferrar.
Quando senti que o poder quase explodia dentro de mim de tanto contê-lo, finquei as mãos na terra e expandi meus sentidos através das raízes das plantas, tal como papai me ensinara a fazer.
Eu era terra. Eu era árvore.
Eu era a floresta.
E eu não gostava daqueles intrusos.
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Teorias de Conspiração - O Sangue dos Antigos I
FantasyMinha vida era comum, na medida do possível em que se é comum sendo a garota mais estranha que você puder imaginar, e ainda assim você não chegará à mim. As coisas começaram a entornar quando Sammuel, um cara com pinta de Taylor Lautner, apareceu na...