Capítulo XLIV

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Capítulo XLIV

"O ontem é história, o amanhã é um mistério, mas o hoje é uma dádiva, por isso é chamado de presente" - Mestre Uguei



Nós já sabemos o que estava se passando em terra, mas e no céu ou no inferno com Anubis? O que estaria se passando entre os deuses? Principalmente entre Ashura, Indra e seu pai Hamoro? Bem, vamos descobrir.

Após a batalha todos viram os deuses voltando para seus lugares de origem, os deuses celestiais voltando aos templos do céu, Tsukyomi para seu Palácio lunar, Amaterasu ao seu lugar nas mais altas montanhas onde seu Palácio solar ficava, Anubis ao lado de Akira voltaram ao submundo para o julgamento dos caídos e punição dos demônios que fugiram, Jashin nunca teve localização fixa então ele vagava pelo mundo de templo em templo observando os mortais e principalmente olhando pelos seus fiéis que lhe davam tributos muito gentis (lê-se sangrentos), quanto aos gêmeos Hamoro e Hagamoro, sua mãe Kaguya, Ashura e Indra, bem eles ainda não tiveram tempo para conversar...ou melhor, ninguém sabia como tocar no assunto.

Foi durante uma bela manhã que Ashura estava em seu quarto, ele viu o berço frio, vazio mas que ainda estava ali, os lençóis limpos eram trocados com frequência, era para seu filho estar ali, ter dormido naquele berço, Ashura sofreu horrivelmente de dores nos pequenos seios por não ter tido a chance de sequer amamentar sua criança, seu peito se apertou, o Deus então saiu de seu quarto indo atrás de seu alfa que já sentia a irritação crescente do amado.

-Chega Indra, não irei mais esperar - O ômega falou entrando no campo de visão do marido que estava nos jardins colhendo algumas ervas que sua avó Kaguya havia lhe pedido. - Precisamos conversar sobre nosso filho pra ontem.

-Ash, paciência - O alfa sempre paciente estava irritando o ômega. - Temos que conversar com calma sobre isso, quero tanto quanto você nosso filho de volta.

-Não, não quer, eu gerei ele, carreguei por nove longos meses, senti o coração batendo, senti tudo, pra ele simplesmente dividir nosso filho em nove demônios - Ashura sentiu os olhos lacrimejando, enquanto apertava o ventre liso, era seu primeiro filho, seu primogênito, seu solzinho que nunca teve sequer chance de brilhar - Não diga isso nunca mais...foi o meu corpo que sofreu todos esses anos sem ele, eu sequer pude amamentar nosso filho....

O alfa deixou a cesta de lado indo até o marido e lhe acolhendo nos braços com calma, deixando que ele chorasse o quanto quisesse, desde que voltaram a ficar juntos, não tiveram intimidade, não por falta de vontade, mas sim porque o alfa queria respeitar o ômega que sentia ainda a dor de ter "perdido" o filhote, e como foi através do sexo que eles tiveram a criança, Indra não queria trazer lembranças dolorosas para o parceiro.

-Desculpa - Ele sussurrou baixinho acariciando as costas do companheiro que soluçava baixo fechando os olhos agarrando suas vestes. - Vamos chamá-los, Tsukyomi deve nos perdoar por um pedido tão em cima da hora.

-O-obrigado.... - Ele soluço baixo e o alfa beijou a testa de seu amor com um sorriso pequeno nos lábios.

Indra terminou de colher as ervas e com Ashura em seu enlace foram até a avó que os esperava na cozinha junto dos servos que esquentavam a água para infusão das ervas.

-O que meus meninos desejam? - A deusa Coelho perguntou enquanto o alfa entregava a cesta para criada, indra suspirou baixo.

-Precisamos de Tsukyomi, Hamoro e Hagamoro. - Ashura pediu, a deusa ergueu a sobrancelha albina olhando o neto - Por favor avó, eu quero meu filho de volta....

-É a conversa então... - A deusa murmurou baixo olhando eles que acenaram que sim levemente, ela suspirou, e chamou uma das servas pedindo um pássaro celeste para enviar o pedido para os filhos e o Deus da lua.

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