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Após um dia completamente cheio e com muita coisa para fazer eu joguei tudo para cima e fui para casa dormir, tinha passado a noite toda transando com a Carla, ela chupa um pau como se fosse doce

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Após um dia completamente cheio e com muita coisa para fazer eu joguei tudo para cima e fui para casa dormir, tinha passado a noite toda transando com a Carla, ela chupa um pau como se fosse doce.

Quando fui dormir já era 14 horas da tarde, um sonho muito doído, presente da maconha que usei antes de dormir, eu acordei com muita fome, sabia que em casa não ia ter anda então já desci pelo morro procurando o que comer.

— fala chefe — uns vapos passam por mim.

— vão trabalhar seus filhos da puta— respondo de volta.

Passando pela casa de Xamã me bateu uma saudade da comida da tia Amália, então já fui parando lá, comida de graça e boa.

— OH DE CASA— gritei já abrindo a porta.

— grita mais que o povo no Japão não escutou não — Patrícia desce as escadas com uma roupa toda colada.

— tá com o batati e batata enfiado no cu é? — sigo ela até a cozinha.

— não sou Maria, mas estou cheia de graças hoje, tá fazendo o que aqui? — ela cruza os braços.

Tá tendo esconder que tá sem sutiã, mas isso eu já percebi faz tempo.

Ela está com um short de pano bem colado em seu corpo, deixando sua bunda me chamando, seus peitos estão cobertos só por uma blusa branca fina que estar marcando os seus bicos do peito e cabelo amarrado em um rabo de cavalo frouxo.

— tem o que para comer aqui ? — devolvo a pergunta.

— oxe, aqui é restaurante é?

— ihhh caralho, eu vim comer — me sento na mesa— coloca comida para mim aí.

— tenho cara de suas putas não.

— não mesmo, elas são mais gostosas — ela abre a boca em um formato perfeito de um O.

Abre mais que talvez possa até caber meu pau.

— agora foi que eu vi — ela fica indignada.

— bora tio, faz alguma coisa para mim comer aí.

— eu não tô fazendo para mim.

— cadê tia Amália ? ela nunca me deixaria com fome — levanto da cadeira voltando para a sala para vê se encontro a senhora.

— ela saiu com o Xamã e a Ceci— Patrícia vem até a sala se jogando no sofá.

— estamos sozinhos aqui é?— abro um sorriso.

— nem vem com suas gracinhas, você veio aqui para comer COMIDA— ela grita a última parte.

— se essa comida for você eu também não vou negar — me jogo ao seu lado.

— por que fui da ousadia a pobre ?— ela pega o celular — alô, boa noite, queira fazer um pedido, por favor, uma pizza família e uma média.

Só ouvir a palavra pizza minha barriga já deu sinal de vida, a outra continua tagarelando no celular enquanto tento achar algo que preste na TV.

Como já era 20 horas da noite não tinha muito o que passar, só jornal que eu não tenho paciência para assistir, bando de baba ovo de polícia ali, entra nas favelas e fica espalhando mentira sobre nós para o povo.

— tá com dinheiro na carteira ?— confirmo com a cabeça— vou pagar em dinheiro.

Como ser roubado de uma forma tão meiga.

Quando ela termina a ligação fico bem parado olhando para a cara dela.

— o que? Você não veio comer? Providenciei a comida — ela dá de ombros.

Me estico no sofá sem querer bater boca com ela e deito minha cabeça em seu colo, ela murmura um folgado e eu levo uma de suas mãos ao meu cabelo para fazer cafuné.

Ladrão também gosto de carinho.

— mil conto só por esse cafuné — ela diz.

— depois me chamam de ladrão.

Uma buzina me acorda antes de eu cair em um cochilo, Patrícia me faz levantar para ir pegar a pizza.

— fala chefe — um dos meus que também faz corre de motoboy me entrega as duas caixas — ficou 85,00 reias.

— que porra cara da desgraça.

— é a inflação chefe — ele levanta as mãos.

— inflação é meu pau — digo pagando esse merda e entrando com as caixas não mão — que porra cara é essa aqui Patrícia?

— larga de ser mão de vaca — ela vem até mim pegando uma das pizzas.

— vou te mostrar quem é a vaca— digo resmungando.

— para de reclamar e vem comer — ela se senta perto da mesinha no chão comendo a pizza com a mão — antes de sentar pega a coca na geladeira.

— tu é folgada viu porra.

Vou até a geladeira e depois pego dois copos na pia.

— toma mandada — coloco as coisas na mesa e levo uma pizza até a boca, posso até gozar só de matar a fome que eu estava sentindo.

Ficamos comendo até então em silêncio, só assistindo o filme de merda que ela escolheu. No meio do filme eu vejo um cara com o cabelo verde e achei foda.

— você trabalha no salão né?— ela resmunga um sim — sabe pintar cabelo?

— o que você quer fazer?

DIA SEGUINTE

Acordei cedo e fui para o salão da mandada lá, já deixei avisado que se meu cabelo não ficar bom eu vou dar dois tiros na cabeça dela.

— bom dia raio do dia— ela diz assim que entro no salão.

— se meu cabelo..

— ficar feio você vai me dar dois tiros, a garoto, tu inventa moda e depois quer me culpar?

— sim — ela revira os olhos.

— senta logo aqui— ela aponta para a cadeira na sua frente.

— da próxima vez que você revirar os olhos para mim é bom estar debaixo de mim gritando meu nome— digo baixo perto do seu ouvido.

Ela começa a mexer em meu cabelo e eu já fui ficando arrependido, para que eu fui inventar isso? Ainda deixo essa maluca fazer.

— CARALHO MINHA CABEÇA TÁ ARDENDO

— é só o produto que tá descolorindo seus fios — ela diz super calma enquanto meu couro cabeludo arde.

— DESGRAÇA PATRÍCIA, isso aqui é tortura.

— depois eu te ensino para você fazer nas pessoas que te devem, agora cala a boca — depois de anos com esse negócio comendo minha alma ela tirou e começou a passar a tinta.

Após mais uma hora e meia ela finalmente acabar.

— como estou?

— tá parecendo o senhor cabeça de alface — ela cai na gargalhada.

— sai filha que eu tô gostoso.

No Morro Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora