Ela só queira poder ser feliz, ela só queria acreditar que poderia ser feliz, mesmo quando sua realidade não estava de acordo com seu sonho, para ela nunca foi fácil. Ela só queria conhecer o mundo, mas o mundo não queira conhecer ela, porem ele a d...
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1 anos e 7 meses atrás
Eu não estava acreditando no que estava vendo, não acredito que ele fez isso comigo, eu larguei minha família, larguei todos para ficar com ele, deixei todos meus sonhos e objetivos para trás porque sabia que ele me amava tanto quanto eu o amo, mas o que vejo aqui não é amor.
Matuê está na cama com outra, mas uma putinha desse morro. Muito já tinham me alertado sobre as traições dele, mas eu nunca acreditei, ele não seria capaz de fazer isso comigo, ELE ME AMA.
— MATHEUS — grito seu nome.
— CARALHO PATRÍCIA, tá fazendo que porra aqui, cacete? — ele sai de dentro a mulher.
— o que eu estou fazendo? O QUE EU ESTOU FAZENDO? O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? — grito colocando meu dedo em sua cara.
— tira o dedo da minha cara — ele me dá um tapa no rosto.
— COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COMIGO? EU LARGUEI TUDO PARA FICAR COM VOCÊ, EU ESTOU GRÁVIDA PORRA — eu já não conseguia ver mais nada em minha frente, minhas vistas estavam embasadas por conta das lágrimas.
— eu nunca pedi para você ficar comigo — MENTIRA, TUDO MENTIRA — você tá aqui porque quer, sabe que tá prenha e fica descendo o morro.
Eu sentir uma dor sem explicação, era como se meu coração estivesse sendo apertado tão forte que está levando todos os meus outros órgãos a doer junto com ele.
— você falou que me amava, falou que iríamos formar uma família, AGORA TÁ ME TRAINDO COM UMA PUTA QUALQUER, SEU FILHO DA PUTA MALDITO — vou até ele e bato em sua cara.
Meu pior erro
— TÁ LOUCA, DESGRAÇA? — ele me dá um soco no olho — TÁ ACHANDO QUE É QUEM, SUA PUTA?
Então foi soco atrás de tapas e mais chutes, eu só conseguia pensar em minha filha e na merda que fiz ao largar tudo para ficar com ele. Depois de muito sofrimento ele saiu junto com aquela mulher e me deixou aqui jogada, mas depois de 30 minutos um dos caras que trabalha para Matuê veio me ajudar.
Debaixo do chuveiro a água levava minhas lágrimas junto com a água quente que caia, meu corpo doía por conta dos socos que levei, meu olho esquerdo mal se abria quando tentava ver algo com ele.
— por que eu fiz isso meu Deus? — mais e mais lágrimas.
Eu preciso sair daqui!
Saindo do banheiro já fui procurar meu celular, só tinha uma pessoa nesse mundo que poderia me ajudar.
— Xamã, eu preciso de você!
Agora
A música está alta, meu corpo está tão molhado de suor e bebida que minhas roupas estão mais coladas no meu corpo que antes, as meninas do meu lado subiam e desciam ao ritmo da música. O dia já estava amanhecendo quando sair do baile com as meninas, rindo do vendo pelo efeito da maconha eu cheguei em casa, me jogando na cama e nem ligando que eu não tinha tomado um banho, eu faço isso quando acorda.
— AI PRETO, AÍ PRETO — um som estridente invade meus ouvidos.
— cala a boca — coloco o travesseiro em meu ouvido.
— BORA FILHONA, o dia já está no puro azeite — Xamã tem um jeito incomum de encher minha paciência.
— já falei que te odeio? — me arrumo na cama.
— odeia nada, ninguém consegue odiar esse gostosão que eu sou não — ele passa as mãos na sua barriga, o abusado está só de cueca no meu quarto.
— vai colocar uma roupa, ridículo — jogo o travesseiro nele.
— vai tomar banho sua fedida — ele joga de volta.
Quando aquele inconveniente sai do cômodo eu me levanto pegando uma roupa no meu armário, um short jeans e uma regata branca. Na cozinha Xamã e tia Amália estavam comendo, Xamã levava um pouco de banana amassada na boca de Cecília.
— bom dia meu amor — vou até minha filha e beijo sua cabeça.
— MAMA — ela grita.
— vai se engasgar menina — ela volta dar atenção para Xamã e a banana.
— bom dia tia — vou até a senhora de 65 anos.
— boa tarde minha filha — olho para o relógio e vejo que já são 14 horas.
— a outra tá no efeito da maconha ainda — Xamã diz rindo.
Ignoro ele e vou fazer meu pratinho para comer, como hoje é domingo não tenho muito o que fazer, mas aproveito o dia para passar no salão e vê o que tenho que comprar para repor os produtos, Mariana deveria ter feito isso, mas ela só sabe reclamar que estava em falta e não faz nada.
Coloco uma roupinha bem fofa em Cecília e subo o morro, quando passo pelo bar do seu Fabrício encontro com os dois fofoqueiros do alemão, vulgo TZ e Cabelinho.
-- fala baixinha-- Cabelinho pega minha filha no colo que já abre os dentes quando vê o gibi humano.
-- oi para você também-- ele olha para mim.
-- você é insignificante-- mostro o dedo do meio para ele.
-- oi Patyzinha-- TZ vem até mim -- como foi o baile ontem?
-- uma uva -- damos risada.
-- tá sabendo quem tá para voltar? -- Cabelinho fala.
Eu falei que era fofoqueiro.
-- sua dignidade?
-- não sua ridícula, o chefe-- ele fala a última parte baixo.
-- e tu trabalha para ter chefe?-- cruzo meus braços.
-- o dono da boca porra -- TZ diz.
-- ele não estava preso?
Quando cheguei no morro meses atrás fiquei sabendo que o dono estava preso após uma invasão da polícia no morro e quem estava cuidando da boca era o Xamã, desse modo ele conseguiu me ajudar tempos atrás.
-- é mais o advogado conseguiu que ele saísse antes -- Cabelinho me entrega Cecília.
-- aquele advogado é foda também, Caio, o bicho é brabo -- TZ parece bem animado com a volta do chefe.
Não sei se posso me animar igual a eles, não sei o que vai acontecer comigo quando ele chegar.