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A favela estava uma correria, mandei os meno tudo ficar de olho em qualidade movimento estranho, não posso bobinar com o Matuê, não só com o que ele pretende fazer agora que ele está com a Patrícia, mas com tudo que ele pode fazer depois, eu tenho...

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A favela estava uma correria, mandei os meno tudo ficar de olho em qualidade movimento estranho, não posso bobinar com o Matuê, não só com o que ele pretende fazer agora que ele está com a Patrícia, mas com tudo que ele pode fazer depois, eu tenho que além de fuder ele, tenho que proteger minha mulher.

CHEFE, TEM UM CORPO JOGADO AQUI NA ENTRADA DA FAVELA — meu radinho toca.

Que não seja o que eu estou pensando meu Deus.

— to descendo— digo e pego minha moto.

Desço o morro a mil, meu coração está tão apertado, se for ela mesmo, se estiver sem vida, eu não sei o que fazer, como vou lidar com a Ceci, todos vão ajudar, mas como eu vou ajudar? Eu só tinha uma obrigação, proteger elas, mas agora a Paty foi pega pelos caras do Matuê.

Que porra!

Chego na entrada e os meninos já estão tirando o povo fofoqueiro de cima do corpo.

— Chefe — Mauricio é o primeiro a me ver.

Eles abrem espaço para mim passar e nessa hora meu corpo treme, minha alma sai do meu corpo, uma dor toma meu coração e minha alma.

Patrícia está jogada no chão, seu corpo machucado, tinha sangue pelo chão.

Porra não

NÃO PORRA

— Paty— vou ate ela.

Com todo cuidado vejo se ela ainda esta viva, seus batimentos cardiacos estão baixos, mas ela estava viva.

Um alivio toma meu espirito.

Graças a Deus

— CHAMEM UM CARRO AGORA — um carro vem e levamos ela para a UPA.

Juliano um médico aliado nosso vem logo atender ela, ela é levada na maca ate a área de UTI.

Sento no bando de esperar, nunca fui muito religioso, acredito em Deus, nunca fui muito de ir em uma igreja.

Mas Deus perdoa todos os erros.

E eu estou arrependido de não ter cuidado dela direito, da forma que eu prometi, porra cara.

Apoio meus braços em meu joelho e deito minha cabeça em minhas mãos.

— pai, sei que não tenho direto nenhum de vim aqui te pedir algo, sempre acreditei em ti, sempre pedi orientação para o senhor, peço proteção, só venho pedindo coisas.. eu sei, chega a ser injusto vim aqui pedi mais uma coisa, mas... é Paty, eu falei que ia proteger ela sabe, mas olha onde ela ta, olha o que eu deixei acontecer. Ela sabe o risco que corre desde que fugiu do cara la, porém ela não era feliz lá, estava mas fudida que aqui, perdão pelo palavrão... eu só quero que o senhor traga ela de volta, para a pequena Cecília, para o mano Xamã, para a Mariana, mas.. — respiro fundo, não era fácil assumir isso em voz alta depois que eu passei por causa de uma mulher — mas.... especialmente, para mim, esses dias aí ao seu lado eu me vi vivendo uma coisa que eu nunca imaginei que seria possível viver, me vi pensando em quando a hora ia passa para mim ir para casa e fica com ela e a Ceci sem fazer nada jogados na cama, conversando sobre seu dia ou assistindo filme de criança, que ela diz fazer bem para Cecília, mas ela é a que mais gosta de ver. Esses momentos de família me fez amar essa mulher, eu só quero ela perto de mim, meu corpo clama por ela, nunca senti tanto medo quando o Teto disse que pegaram ela... eu não consigo viver mais sem ela, por favor pai, trás ela para mim.

Seco as lagrimas em meu rosto, respiro fundo e vejo Xamã se aproximar de mim.

— eai ?— ele senta ao meu lado.

— ela foi para a UTI — digo.

— pelas cameras viram que eles jogaram ela de uma van, aqui na frente — ele esfrega as mãos na cabeça.

— tiveram alguma noticia deles? Eles entraram em contato ?— o moreno nega.

— não, mas já mandei o TZ adiantar o plano, vamos hoje atras das mercadorias do Matuê, sei que você não tá com mente pra isso...— eu interrompo ele.

— eu vou — ele ia falar algo — não cara, to cheio de coisa na mente, não vou conseguir ver a Ceci sabendo que a Paty ta aqui — eu ja tinha pedido para o Cabelinho ir na minha casa liberar a Ceci e a Carol.

— mas não tem cabeça para sair em missão cara — ele tenta tirar a ideia da minha cabeça.

— eu vou cara, não adianta, eu vou fuder o Matuê — digo com ódio.

Depois de algum tempo o Juliano voltou dando noticias da Paty, ela tinha quebrado o braço, ralou varias partes do corpo, mas estava estável, porem vai ficar de observação. Ele me deixou ir ve ela.

Na sala a Paty estava abatida deitada na cama, seu rosto sem vida, pequenos arranhões estava espalhados pelo seu lindo rosto, seu braço estava roxo e o outro estava enfaixado.

— desculpa amor— aliso seu cabelo — não era para ser assim.

Uma lagrima minha cai em seu braço, eu seco meu rosto e volto a alisar seu cabelo.

— eu vou matar ele, eu juro — digo com odio na voz — eu vou acabar com a raça dele.

Beijo o topo da sua cabeça e saiu do quarto, Mariana vai fica com ela aqui, deixo também uns meninos para fazer a guarda.

Vou direto para a boca, os meninos já me passaram o plano de hoje, a noite iriamos sair para a rota, o plano é roubar o caminhão após ele passar pela barreira da federal, assim já estaria limpo para a gente roda ele aqui no Rio.

Pego minhas armas, um colete e tudo o que eu preciso para hoje.

— em um carro eu quero o Teto e o Xamã, no outro vai eu e o Tz, Cabelinho tu vai em uma moto na nossa frente, limpa a área, Maneirinho quero tu na cola dos federais, eles não pode esta perto e fica ligado no plano, não temos tempo para plano B, ou é essa ou não tem — todos concordam— eu vou pega a direção do caminhão então Tz preciso do nosso melhor carro.

O preto vai atras das outras coisas que eu pedi e o resto vai para a concentração.

— o Lucas — chamo o mais novo, veio do morro do Djonga — você vai para minha casa, minha filha tá lá junto com a babar e a tia.

Ele confirma e sai, faço o que preciso fazer antes de sair.

Eu vou te matar Matuê, vou estourar seus miolos com um único tiro no meio da sua testa.

No Morro Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora