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Não sei porque quero ajudar essa mulher, não conheço ela tem nem tanto tempo e já vou coloca-la dentro da minha casa, mesmo depois de quase ter me fodido por conta de mulher, lá vai eu mais uma vez

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Não sei porque quero ajudar essa mulher, não conheço ela tem nem tanto tempo e já vou coloca-la dentro da minha casa, mesmo depois de quase ter me fodido por conta de mulher, lá vai eu mais uma vez. Porém isso me parece ser o certo, ajuda-la parece ser uma forma que eu encontrei para me redimir com o mundo, apesar das escolhas erradas da mãe, a menina não tem nada a ver com isso e talvez seja por isso que estou ajudando, na minha vez só tive ajuda de uma pessoa que foi por mim, eu mesmo, e agora eu vou ser por ela.

Estou na laje da minha casa olhando o dia começar, essa madrugada achei que comeria puta ate o amanhecer, mas só veio problemas para mim, só confusão e mais mil merdas. Tive que marca uma reunião urgente com o líder da aliança, Marcão vai acabar comigo, não gosto de incomodar o cara, ele não vai muito com a minha cara, mas essa é uma situação urgente, então é tudo ou nada.

Saiu da laje e tento dormir um pouco antes do dia começar totalmente, quando acordei já fui ligando para o Marcão, ele me atendeu no segundo toque e pediu para a reunião ser on-line, pois estava fora do país.

-- então Ret, solta o verbo-- ele diz do outro lado da tela.

Marcão tem um jeito todo marrento, sempre esta com muita corrente pesa de ouro no pescoço, anéis nos dedos e suas tatuagens no rosto são o que mais da medo no caras, mas eu sinceramente, só não gosto de perturba-lo, ele lá e eu cá.

-- eu estou casado agora-- começo.

-- meus pêsames.

-- valeu, só queria te deixar avisado, pois não quero confusão com meu nome por ai-- digo.

-- pelo certo, saber que vai ter que leva-la na próxima reunião e vamos assim assinar o nome dela no livro -- esse livro tem o nome de todos os nossos, assinado com sangue, uma regra que foi criada pelo antigo líder.

-- beleza.

-- se for só isso, fé ai mano.

-- fé.

Após desligar a chamada eu desci para a boca, mandei alguns meninos irem lá ajudar a Patrícia com a mudança, quanto mais cedo ela se acostumar com a realidade melhor vai ser, a próxima reunião já é na próxima semana e temos que fingir bem para ninguém ali duvidar de nada.

-- os meninos já foram ajudar a Paty, eles acham estranho essa relação de vocês, mas não perguntaram muito-- Xamã entra na minha sala.

-- melhor essa mudança acontecer logo e sobre eles, fala que agora eu sou psicopata e quero ela pra trepar.

-- ta bom, não que você não seja psicopata ne -- tenta fazer graça.

Ele parecia abatido, essas coisas sentimentais não é comigo, mas ele é meu parceiro, sei que posso confiar nele quando estiver mal, que ele vai me defender nos bons e piores momentos.

-- Xamã eu sei que você não ta gostando dessa historia, mas é melhor jeito ate agora.

-- eu sei, só me sinto fraco, prometi protege elas e ele sempre teve aqui-- ele passa a mão no cabelo.

--sei que também não é só isso-- cruzo os braços na altura de meu peito.

-- cara, eu gostava dela pra porra, mas ela preferiu ele, mas vendo agora foi melhor assim, ela nunca me viu de outra forma, sempre foi só como amigo, eu que achei que um dia ela olharia para mim de outra forma, mas eu já aceitei isso, só estou preocupado, mas confio em você   -- ele desabafa.

-- talvez só não era para ser mesmo, ela tinha que passar por isso na vida e você não podia estar do lado dela, você é o único que pode me comprovar que ela deve ter amadurecido depois desse tempo conturbado da vida dela, das coisas que passou na mão de Matuê, agora ela vai tentar resolver a vida dela, mesmo a gente ajudando, ela tem que passar por isso de alguma forma sozinha.

-- to ligado, realmente ela precisava disso, antes ela achava que o mundo era cor de rosa, mas viu a verdade nua e crua.

-- ela só queria conhecer a vida, mas a vida não quis conhecer ela.

-- parece que foi isso ai mesmo, mas enfim, tenho que ir para o trabalho, eu to tentando conversar com o advogado sobre o Teto.

-- eu tava pensando nisso outro dia, acabei de sair da reunião com o Marcão e ele já ta com a visão sobre a Patrícia, semana que vem na reunião ela já vai como minha fiel e logo no baile seguinte já passa a visão para os moleques aqui, quero tudo nos conformes antes do Teto chegar aqui, também quero o Chefinho, vou ligar para o Diogo para ele mandar o parceiro.

-- pode deixar, já vou deixar tudo pronto então.

-- beleza.

-- fé ai.

-- fé.

Subo para casa já no final da tarde, nem parei para comer, entrei em casa e um cheiro de comida vem para as minhas narinas.

QUE PORRA É ESSA?

Pego a arma na minha cintura e vou ate a cozinha, chegando lá Patrícia estava mexendo na panela.

-- que susto -- ela põem a mão no peito.

-- esqueci que você poderia estar aqui.

-- ordens suas -- ela volta a olhar a panela.

-- já arrumou suas coisas? -- me sento na mesa.

-- já, os meninos me ajudaram bastante.

-- onde ficou as coisas da Cecilia?

-- no meu quarto.

-- coloca no outro, deixa ela com um quarto só para ela -- ela se vira para mim.

-- por que?

-- porque eu to mandando.

-- Filipe nessa casa só tem dois quartos.

-- eu sei, eu moro aqui-- ela revira os olhos.

Eu me levanto e vou ate ela, a pego pelo braço e junto seu corpo com o meu.

-- se for para brincar de boneca, vamos brincar direto, você vai ficar no quarto comigo e a Cecilia em um quarto para ela, e eu já te falei para não revirar esses olhos para mim.

Solto seu braço e subo as escadas, pego os meninos terminando de arrumar o berço da Cecilia e mando eles mudarem tudo, mando levar o berço para meu quarto e deixa só as coisas de bebê ali.

No Morro Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora