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No carro Tz diz que não era para mim estar aqui, que era para mim estar com minha filha

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No carro Tz diz que não era para mim estar aqui, que era para mim estar com minha filha.

— TZ porra cara o cu e presta atenção aí — digo sem paciência.

Já tô cheio das ideias aqui, tenho tempo não.

Como eu ia ficar em casa sabendo que o Metuê tá solto aí, tenho que fuder ele de alguma forma por agora, eu tô cheio de sangue nas veias caralho.

— não tá mais aqui quem falou — ele acelera o carro até a rota do caminhão.

Teto passou a fita dizendo depois da federal eles vão para uma estrada de terra pela parte mais serrana do Rio, isso fez total diferença na abordagem do plano, quando eles passarem pela pista a gente já vai estar à espera deles, prontos para atacar.

— se liguem agora, o Douglas já avisou que o caminhão já saiu da barreira da federal, em 1 hora eles vão estar passando por aqui — passo as informações pelo rádio.

quando eu ver eles já passo o sinal — Cabelinho responde.

Ele estava mais para frente da nossa posição, ele vai está passando a visão e iniciando a manobra de deixa os caras em uma velocidade mais baixa.

Quando o sinal de Cabelinho foi acionado os motores foram ligados.

O caminhão já estava em velocidade reduzida, Xamã e Teto já colaram o carro em um lado do caminhão, o Tz já prende o nosso do outro lado, Cabelinho vai pela frente do caminhão e atira na direção do motorista, o caminhão reduzi ainda mais a velocidade, mais um tiro o caminhão vai desacelerando, Xamã abandona a posição dele e o Tz joga o caminhão para o acostamento.

O caminhão para e eu saiu do carro atirando no motorista, Cabelinho atira na direção do passageiro. Vou até a porta do motorista e puxo a porta, o cara tenta me dá um chute, mas eu pego uma faca em meu bolso e cravo em sua perna, nesse tempo atiro em sua cabeça, Cabelinho faz o mesmo do outro lado.

— VÃO CONFERIR A CARGA — grito.

Puxo o corpo para fora do caminhão e sento no banco do motorista, revisto o local atrás de algo, mas só acho um caderno com nomes dos compradores.

— PODE LEVA RET — sigo a informação de Tz e ligo o caminhão.

Seguimos para o morro, porém comecei a achar estranho que foi muito fácil pegar a carga, passei a ideia para o Xamã que concordou comigo.

RET TEM UNS CARROS TE SEGUINDO, VAMOS LIMPAR A ÁREA— a voz de Teto sai pelo rádio.

— PORRA — olho pelo o retrovisor e vejo os faróis dos carros — CABELINHO VAI NA MINHA FRENTE, VAMOS PELO O MORRO DO COMPLEXO DA MARÉ.

Passo a fita para os meninos, mas mesmo assim levo um baque de um dos carros, com uma mão atiro no banco do passageiro do carro, logo o carro do Xamã bate atrás do carro empurando ele, Cabelinho passa na minha frente e atirando no outro carro.

Tz mesmo dirigindo atira nos pinéus do segundo carro, fazendo o mesmo capotar. O carro que sobrou mira um tipo na carrocería do caminhão fazendo algumas coisas do painel pifarem, eu acelero ainda mais o caminhão entrando na pista que leva a parte de trás do complexo, lá teria uma van maior para leva a mercadoria sem ser rastreado por esse caminhão.

PORRA XAMÃ TIRA ESSE CARRO DA MINHA COLAfalo pelo rádio.

—  O TETO JÁ TÁ RESOLVENDO ISSO — Então uma granada estoura perto do caminhão.

— TETO FILHO DA PUTA, QUE ME MATA PORRA? — grito quando a granada estoura muito perto de mim.

Perco um pouco da direção mais consigo volta rápido.

FOI MAL CHEFE — escuto a voz do mais novo.

— eu vou te quebra no pau viado — digo para mim.

No complexo arrumamos a carga de drogas em uma van e achamos umas armas junto com um malote de dinheiro bna parte do motorista.

Tudo meu agora viado.

Quando chego no morro já está amanhecendo, meu corpo está todo quebrado e eu anda já me arrastando.

— vai dormir cara, tu já passou por coisa hoje — Cabelinho bate no meu ombro.

— fé aí — digo para ele e sigo para minha casa.

Vou no quarto da Ceci e ela está dormindo no berço, Carol e a tia Amália estão no quarto de hóspedes, beijo a cabeça de Ceci e vou tomar um banho.

Tiro toda aquela rouba suja de mim e me jogo debaixo da água gelada, nesse momento me permito chorar.

Chorar por não ter pedido a Paty, chorar por não ter que deixa a Ceci sem uma mãe, choro de raiva de mim, de como fui burro, choro porquê mais que eu tenha um plano sinto uma incerteza em meu coração, não quer perder elas.

Respiro fundo e volto para o quarto, coloco qualquer roupa e vou no quartinho rosa da Ceci, pego ela com calma para não acorda e levo ela para o meu quarto, arrumo a cama para que ela não caia e eu não vire em cima dela.

Medo em seu cabelo observando seu sono sereno, um anjinho dormindo, anjinho do papai.

— te amo filha— beijo sua cabeça e durmo ao seu lado.

No Morro Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora