Mansão Bachmann, Adrian Ross Bachmann
Nasci com uma anomalia no coração e desde que dou-me por gente ficava mais em hospitais que em casa! Se já tive doadores? A resposta é sim! Só que, infelizmente, não puderam fazer o transplante, nenhum deles eram compatíveis com minha caixa torácica ou tipo sanguíneo!
A verdade é que, já era para eu ter descansado, mas contra todas as expectativas médicas, eis-me aqui!
Se estudei e tive uma formação? Sim!
Eu sou neto e filho de médicos, segui os passos deles e formei aos 20 anos em clínico geral, especializei e hoje sou considerado um dos cinco melhores do mundo! Atendo no hospital das clínicas, na central no HCB, (Hospital das Clínicas Bachmann); que é um dos nossos maiores e melhores hospitais existentes. Sou dono dele! Espantei os pensamentos e saí do meu quarto.
Hoje é meu aniversário, 25 anos, porra!
___ Adrian?___ respirei fundo antes de responder meu meio-irmão.
__ Oi!___ não virei-me de frente para ele, caminhei devagar pelo corredor.
Aqui moramos minha avó, a matriarca da casa, minha madrasta; uma benção que era minha babá e nunca cuidou de mim e Erick meu meio-irmão.
Débora minha madrasta, casou-se com meu pai, após ter Erick que é dois anos mais novo que eu.
Débora é soberba, e só sabe gastar, não ensinou porra nenhuma para o filho. O estragou e agora é tarde para o mudar.
___ Preciso de dinheiro!___ parei e sorri ao ouvir o mesmo pedido de toda semana.
___ Não!___ afirmei.
___ Eu tenho direito ao dinheiro do nosso pai igual a você, eu quero agora!___ a raiva me consome, toda semana é a mesma merda.
____ Que porra, você deveria ter se empenhado mais em trabalhar, e menos em viver me infernizando e infernizando minha avó em busca de dinheiro.___ esbravejei com Erick. O único que não conseguiu passar nas provas para medicina, ele é enfermeiro e administra mal os quatro hospitais que temos.
Sua raiva é ter recebido somente 15% deixados por nosso pai, sua mãe tem 5%; eu tenho 40%; e minha avó 10%; o restante são dos sócios escolhidos a dedo por meu pai ainda em vida.
___ Nosso pai lhe deu coisas demais, para quem mal sabe se vai acordar no dia de amanhã.___ joga na minha cara o meu problema cardíaco.
— Filho de uma...— juntei os punhos...
— Já chega, parem os dois com isso!— grita aí a acomodada da mãe dele.
___ Ótimo, eis aí a dupla que só vive a vida de luxo, porque eu e minha avó e os sócios trabalhamos para lhes dar. Quer saber...___ peguei a chave do meu carro.
___ Adrian?___ olho para os degraus da escada e minha avó desce, com seus 60 anos, mantém ainda pintado o cabelo de loiro, vovó é muito conservada.
___ Vovó, estou saindo.
___ Meu filho é seu aniversário!
___ Obrigado por lembrar, já que seu netinho está querendo mais dinheiro, além de receber seu salário a parte dos negócios, ele quer mais, onde ele enfia a grana que ganha, minha avó?___ olho para ele que fecha os dentes.
___ Eu não lhe devo explicação.___ aponta o dedo se sentindo o injustiçado, não tem jeito, ele não consegue economizar, penso.
___ Não deve a ele, mas deve a mim!___ Vovó olha-o esperando uma resposta.
___ Sou herdeiro como ele, e vovó, eu não lhe devo explicação também!___ balancei a cabeça em negativo. É melhor sair antes que eu soque este infeliz! Tomo a decisão e dou um beijo na minha avó, ignorando a presença dos demais.
