Trinta e Cinco

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Cautlyn e Violet estavam sentadas no sofá da sala quando a delegada Grayson entrou às pressas.

— Você disse que tinha que falar comigo. — ela falou para a afilhada. Vi se sentiu aliviada por ela não ter se importado com sua presença dessa vez. — Aconteceu algo com sua mãe?

As duas mais jovens se entreolharam. A Warwick mordeu o lábio para não rir.

— Minha mãe está perfeitamente bem descansando no quarto dela, tia. Não se preocupe. — a policial soltou um suspiro de alívio. — Mas nós precisamos conversar sobre outro assunto.

— Qual assunto?

— Me segue. — pediu Caitlyn, se levantando do sofá agarrando a mão da noiva. Grayson prontamente as seguiu.

As três então chegaram até a sala da mãe de Caitlyn. A morena pegou a carta que estava sobre a mesa, e a entregou para a madrinha.

— O que é isso? — Grayson questionou, enquanto desdobrava o papel.

— A senhora sabia que, antes do meu pai, a minha mãe já namorou outra pessoa? — questionou ela. — Uma mulher, para ser mais exata. Ela namorou uma mulher sabendo que ninguém permitiria que isso acontecesse, e quando descobriram, obrigaram a minha mãe a se casar com meu pai.

Grayson parou tudo o que estava fazendo, e olhou para Caitlyn. Não dava para se saber o que ela estava pensando, mas ela parecia ter ficado um pouco abalada com isso.
Tudo ficou em silêncio por um bom tempo, até a mesma dizer:

— Eu sou uma boa amiga dos seus pais, Caitlyn. Claro que eu sei dessa história.

— Imaginei que soubesse, principalmente porque você é a ex-amante da minha mãe. — Caitlyn cruzou os braços, e ficou esperando uma resposta.

A sala ficou em silêncio novamente. Até que Grayson deu uma risada nasal.

— Como soube?

— Foi bem simples. Minha mãe tinha me contado que vocês duas trocavam cartas, estou errada? — a mais velha negou com a cabeça. — Pois bem, conhecendo a minha mãe, ela com certeza deveria ter guardado essas cartas. E então eu vi essa cartas e reconheci esse "G", na assinatura.

A madrinha riu de novo.

— Queríamos que ninguém desconfiasse, então, eu comecei a assinar assim. — explicou. — O hábito acabou ficando 'pro resto da minha vida... Onde você encontrou?

— Aqui mesmo. No entanto, eu só encontrei essa.

— Jura? Eu pensei que ela tinha jogado tudo fora.

Ficaram em silêncio novamente, até que Caitlyn ousou perguntar:

— Você gostava mesmo da minha mãe, tia?

— Claro que gostava. — respondeu, com a maior convicção tivera em sua vida. — Ainda gosto, honestamente. Mas eu era uma adolescente boba na época, fiquei com medo do que os meus pais poderiam fazer e... Resolvi desistir de tudo.

— E por que não fala isso para a minha mãe?

— Já tentei, diversas vezes. Mas da última vez que eu tentei fazer isso, ela me bateu.

— Está falando daquele dia que eu e meu pai estávamos voltando da empresa?

Grayson assentiu, e antes que a Kiramman pudesse dizer mais alguma coisa, a porta se abriu. Todas as três olharam para trás, para ver quem estava entrando na sala.
Cassandra aparentemente havia acabado de acordar, visto que ainda estava de pijama por debaixo do roupão fino. Ela rapidamente coçou o olho esquerdo, e só depois reparou na presença das três.

— Por que você saiu da cama? — Caitlyn perguntou, fingindo indignação. A mãe fugir do descanso era a última das suas preocupações naquele momento.

— Isso não importa, o que vocês três estão fazendo na minha sala?! — questionou a senhora Kiramman. Ela se aproximou de Grayson e olhou para o papel em suas mãos. — E vocês ainda estavam mexendo nas minhas coisas?!

— Você guardou essa? — perguntou, dando o papel para a mesma.

Cassandra leu a carta novamente, e soltou um suspiro.

— Guardei todas elas, mas só deixei essa num lugar menos escondido para ler depois... — confessou.

— Você a lê?

— Algumas poucas vezes. — Cassandra cruzou os braços. Como queria enfiar a cabeça num buraco! — Mas que inferno, Caitlyn, foi você quem ficou xeretando minhas coisas até encontrar, não foi?

A filha abriu um sorriso.

— Fiz isso por uma boa causa, mãe. E tenho certeza disso.

— Mas por que exatamente você continuou lendo isso, Cassandra? — Grayson perguntou, voltando ao assunto inicial.

Violet então resolveu intervir:

— POR QUE ELA AINDA TE AMA, CARALHO!

— VI! — Caitlyn chamou, irritada com a noiva.

— Não, Cait, eu estou mais do que certa de que tenho toda a razão, agora. — argumentou a Warwick. — Vocês duas estão aí, doidas 'pra se pegar de novo, mas ficam nessa palhaçada do caralho de briguinha. Isso passa, porra, o amor de vocês duas não!

A sala inteira ficou em silêncio.

— Ai, meu Deus, me perdoem por ela... — Caitlyn começou a falar, mas foi interrompida por um gesto da mãe.

— Não querida, por mais que não tenha usado o linguajar certo, a Violet tem razão. — disse a Kiramman mais velha, que então se virou para Grayson. — Eu ainda gosto de você, Grayson. Eu não só gosto, eu amo. Achei que poderia simplesmente ignorar esse assunto pelo resto da minha vida, mas eu não posso. Você voltaria comigo, Grayson?

Mas antes que Cassandra pudesse dizer qualquer outra coisa, a maior puxou seu rosto para um beijo.
Caitlyn e Vi ficaram em silêncio observando a cena. Era linda, mas ficar somente olhando era um tanto... Constrangedor.

— Ei, Cupcake. — disse Vi.

— O que foi?

— Será que nós poderíamos... Sei lá, sair daqui? Não acho que vai rolar só um beijo.

Caitlyn suspirou, e então segurou no braço da noiva, a puxando para fora da sala. As duas então entraram no quarto de Caitlyn.

— Bem, eu fico contente que tenha tudo certo no final. — comentou Caitlyn, trancando a porta. — E quanto à...

Antes que a noiva pudesse continuar a falar, Violet a agarrou pela cintura e puxou a mesma para um beijo. A Kiramman não pensou em ter muita reação, principalmente pelo fato de já saber o que aquilo significava.
Vi prensou a mesma na parede, descendo os beijos para o pescoço da mesma.
Naquela manhã, Caitlyn usava uma blusa branca de alças finas e uma calça de couro marrom, e não demorou muito para que Violet se livrasse da sua blusa branca.
Caitlyn soltou um grunhido ao sentir a boca de Vi abocanhando um de seus seios, envolvendo seus dedos ao redor da cabeleira rosa da Warwick.

— Violet... — ela chamou, ofegante. — Vamos para a minha cama, por favor...

Vi olhou rapidamente para ela.

— Claro, como você quiser, Cupcake.

Na Alegria e na TristezaOnde histórias criam vida. Descubra agora