Trinta e Dois

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Jinx fitava a escadaria da mansão em silêncio. Silco e Sevika conversavam tranquilamente apoiados no carro dos Warwick. Ao lado da azulada, sua namorada também estava sentada mas escadarias, sem falar uma palavra sequer.
Já sem aguentar aquele silêncio, Powder olhou para mesma e começou a conversa:

— Você não deveria ir ficar do lado de seu irmão, lá dentro? — questionou.

Luxanna esboçou um sorriso.

— Só iria trazer mais problemas para ele e Katarina. — foi a resposta da loira.

Jinx suspirou, apoiando o queixo nos joelhos.

— Acha que seus pais gostaram de mim?

— Bem, eu não vi nenhuma expressão de reprovação deles em relação à você. — a frase de Lux fez a outra abrir um sorriso aliviado.

Foi então que a porta da frente se abriu, as duas se levantaram e se viraram de frente para o casarão. Garen saía da casa em passos apressados, e não parecia feliz com a conversa que tivera com os pais. Katarina vinha de mãos dadas com ele, preocupada com algo.

— Como foi, Garen? — questionou a Stemmaguarda mais nova.

— Conversamos depois, Lux. — foi a resposta seca do de cabelos castanhos. — Tenho que ir agora.

— ... Ok? — Luxanna fez uma expressão confusa, e logo se virou para o casarão ao ouvir passos vindo para o lado de fora.

Era sua mãe, Augatha.

— As duas, entrem! — ela ordenou. Jinx engoliu o seco, todo o alívio que sentira se foi em segundos. — Precisamos conversar com vocês agora.

— Certo, mamãe. — assentiu Lux, segurando a mão de Jinx assim que a mãe voltou para dentro. — Vamos ficar bem, meu amor.

— É o que eu espero, Solzinho.

Jinx e Lux entraram, se sentando no sofá da sala. Silco não entrou com elas dessa vez, para a tristeza de sua sobrinha.
A senhora Stemmaguarda andava a passos pesados de um lado para o outro. Mesmo que o filho tivesse ido embora, ela ainda pensava na discussão que tiveram.
Ela então olhou para a filha e a nora, e viu que tinha outro assunto para lidar.

— Muito bem, Lux. — ela começou. — Precisamos conversar sobre esse seu namoro.

— Claro, mãe.

— Vendo que o assunto do seu irmão é muito mais sério que o seu, acho que eu não devo ficar dando toda a minha atenção a vocês duas. — explicou. — Visto que, principalmente, Powder não parece ser um problema.

Ao ouvir aquilo, os olhos da Warwick brilhavam.

— É sério?! — perguntou, animada.

— Sim. Nada que você falou te fez parecer ruim para namorar com minha, e depois de todas as coisas que a senhora Kiramman disse sobre você...

— Espera. — Lux interrompeu. — O que a mãe da Cait disse sobre a Jinx para você?

— Ela veio aqui um dia desses, e falou muito bem da Jinx, por sinal. — foi a resposta. — Mas enfim, esqueçam a senhora Kiramman. Vocês duas podem namorar, desde que tenham juízo.

— Obrigada, mãe!

— Obrigada, dona Stemmaguarda!

As duas jovens correram para dar um abraço na mesma, que se assustou.

— Ora, parem com isso! Já chega de abraços! — as duas mais novas deram risada, e se afastaram. — Agora, Lux, cuide das visitas. A namorada é sua, não minha. Eu tenho que ir resolver com seu pai o assunto do seu irmão.

A senhora Stemmaguarda subiu as escadas, e assim que ela sumiu de vista, as duas adolescentes se beijaram.

— Viu só? Eu disse que tudo daria certo! — argumentou Lux. E Jinx riu.

— Eu te amo, Solzinho.

— Eu também, Jinx!

~~~

— Então, a minha mãe foi falar bem da Jinx para a senhora Stemmaguarda? — riu Caitlyn, sentada no sofá da sala, conversando com a visita, que era no caso sua noiva Violet. — Bem, acho que isso explica o fato da Lux ter vindo aqui em casa hoje de manhã, se prostrar aos pés da dona Kiramman como se ela fosse uma deusa.

Violet deu uma gargalhada.

— Bem, estou feliz que as duas acabaram bem. — concluiu a rosada. Ela então se calou, e olhou ao redor da sala. — Ei, não tem ninguém por perto, né?

— Minha mãe está na sala dela. E meu pai saiu para resolver um assunto urgente. — foi o que a Kiramman respondeu. — Por quê?

— Isso quer dizer que estamos só nós duas? — Vi perguntou, abrindo um sorriso.

Caitlyn sorriu também, já imaginando aonde a Warwick queria chegar. As duas ficaram mais próximas, Caitlyn envolveu os braços ao redor do pescoço de Vi, sentando no seu colo. Cansadas de esperar, as duas então te beijaram, num beijo longo e suave. Não pretendiam fazer nada na sala.

— Sabe, te beijar é muito melhor do que ficar te chamando de mimada. — argumentou Violet, assim que pararam de se beijar.

— Então por que você não para de falar e continua a aproveitar o momento? — perguntou Caitlyn, apressada. Vi arregalou os olhos, mas riu.

— Como quiser, senhora Warwick!

As duas voltaram se beijar. Estava tudo indo muito bem, mas então... A porta se abriu.
Uma voz entrou dentro da sala:

— Senhorita Warwick! Que surpresa! — a voz falava de forma cordial, e ao mesmo tempo irritara. Vi reconhecia a voz, e deu um grito ao ouvir ela.

A Warwick pulou para fora do sofá, olhava para a pessoa como se ela fosse um monstro.
Mas para Caitlyn, era só a sua madrinha Grayson.

— Tia Grayson? — questionou a morena, se levantando para a abraçar. — O que está fazendo aqui e... Com uma mala?

Seu pai, Tobias, entrou na conversa assim que chegou na sala.

— Ocorreu uma infestação de baratas no condomínio da Grayson, Caitlyn. — explicou ele para a filha. —  O síndico mandou que as pessoas saíssem de seus apartamentos, para poderem ser feitas limpezas. Como eu soube do assunto, achei que seria adequado a convidar para passar um tempo conosco.

— Eu disse para ele que não seria certo, mas ele insistiu. — riu a policial, fazendo carinho na cabeça da afilhada.

— Ah! Mas isso não vai ser problema nenhum para nós, tia! — argumentou a Kiramman menor, tomando partido do pai. — Temos espaço de sobra, e será muito bom se você ficar aqui! Mas... Por quanto tempo?

— Umas duas semanas, eu acho.

— Ah, que ótimo! — Caitlyn então olhou para escada, e se lembrou. — Mas pai, por acaso a minha...

— O que está acontecendo aqui?! — Cassandra perguntou, descendo as escadas. Ela olhava para Grayson assustada.

Tudo ficou em silêncio.
Pronto. Caitlyn pensou. Vai começar a confusão, e eu não quero ver isso!

— Violet! — ela segurou o braço da noiva, que ainda olhava assustada para sua madrinha. — Vem, vamos dar uma volta?

— ... Claro, eu adoraria uma volta, por favor.

Na Alegria e na TristezaOnde histórias criam vida. Descubra agora