Vinte Sete

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Caitlyn deixou os pés descalços fazerem carinho na grama fofa da colina. Sentada na toalha de piquenique, a mesma ficou olhando para o sol se pondo.
Violet estava sentada logo atrás dela, arrumando a comida.

— Esse lugar é muito bonito. — comentou a Kiramman, se virando para pegar um dos biscoitos do prato.

— Isso é verdade. — Vi concordou, abrindo uma latinha de refrigerante. — Meu pai e minha mãe costumavam fazer piqueniques aqui, quando namoravam. Eles diziam para eu trazer somente alguém muito especial para mim neste lugar, era sagrado para eles.

Caitlyn abriu um sorriso, mas só entendeu o significado daquilo minutos. Virou o rosto, vermelha. Resolveu não comentar sobre o assunto.

— E eles também te trouxeram aqui outras vezes? — questionou.

— Claro que trouxeram. — ela disse. — Mas nossos momentos em família mesmo eram na praia.

— Engraçado, meus pais também sempre gostaram de me levar para a praia, quando eu era mais nova.

— Vocês tinham uma parte da praia reservada só para vocês, 'né? — a Warwick deu uma risadinha. — Eu me lembro. Eu tinha dez anos e a Powder dois, estávamos caminhando na areia da praia com o tio Vander quando avistamos seu pai fazendo um churrasco no canto dele da praia. Vocês estavam cercados de seguranças.

— E eu ainda estava no colo da minha mãe, implorando para voltar para o mar. — ela riu. — Meu pai chamou vocês para entrarem, não é?

— Chamou, e sua mãe obrigou a gente a comer lado a lado. — as duas deram risada.

Caitlyn se deitou na toalha, pensando naquele momento. Nenhuma das duas nem sequer se lembrava daquele dia nos últimos tempos.

— Mas não tínhamos brigado, 'né?

— Não. — Vi colocou a garrafa dentro de uma sacola, que trouxeram para jogar o lixo fora. — Muito pelo contrário, nós fomos até brincar juntas no mar, depois do almoço.

— E pegamos conchinhas do mar.

— E eu até mesmo fiz uma pulseira de conchinhas e te dei!

As duas pararam de falar, Caitlyn olhou para a noiva surpresa.

— Foi você quem fez?

Violet assentiu, embora não entendesse aonde a Kiramman queria chegar. Foi então que Caitlyn se levantou, pegou sua mochila e tirou do bolso da frente uma pulseira de conchas, já um pouco velha.

— Eu não sabia por qual motivo, mas eu sempre levo essa pulseira comigo. — ela explicou, vermelha. Os olhos de Vi começaram a brilhar novamente. — Perguntei diversas vezes para os meus pais quem havia me dado essa pulseira, mas eles não sabiam. Nem eu sabia, só sabia que me dava uma sensação muito bom. Como um amuleto da sorte.

Vi riu, pegando a pulseira e a colocando no pulso da outra.

— Fico feliz em saber que ainda tenho um pouco de importância na sua vida. — ela comentou.

— Você sempre teve, essa pulseira sempre esteve comigo, afinal. — Caitlyn disse. A mão de Vi continuou segurando a sua, embora a pulseira já estivesse firme no seu pulso.

As duas ficaram se encarando, com os rostos mais próximos do que antes.

— Vi... — ela chamou.

— Sim?

— ... Podemos ir para casa?

A Warwick sorriu, sabendo bem o significado daquele pedido.

— Claro, Cupcake. Como você quiser.

Na Alegria e na TristezaOnde histórias criam vida. Descubra agora