Trinta e Um

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— E como você descobriu? — questionou.

— A própria pessoa me contou. — riu Vi. — Era a Jinx. Essa história toda dos Stemmaguarda acabou com o dia dela, parece até que ela está pensando em confessar todos os pecados dela para nós. De tarde, ela virou para mim e contou a verdade, ela e a Lux criaram a conta para tentar aproximar nós duas.

Caitlyn não conseguiu evitar, teve que dar uma gargalhada.

— Esses adolescentes estão sempre inventando, não é? — perguntou, e Vi assentiu, pondo a mão em seu ombro.

— E como! Mas ela prometeu que iria acabar com a conta. Não precisamos mais nos preocupar com isso. — concluiu Violet. Caitlyn sorriu, olhando para o cobertor de sua cama. — Você é linda.

A Kiramman não conseguiu evitar uma risada.

— É sério? Assim, tão de repente?

— Claro. — argumentou. — Eu não sou do tipo que fica só admirando coisas bonitas, Caitlyn Kiramman. Eu preciso falar, e preciso tocar também...

A morena ficou vermelha, mas não somente pelo o que a noiva falou. Violet, com um sorriso malicioso no rosto, ficou sobre a mesma. Sua destra então ultrapassou o vestido lilás de Caitlyn.

— Vi... — chamou, envolvendo seus braços ao redor do pescoço da rosada. — Meu pai está em casa...

— Não é como se ele fosse entrar aqui agora, 'né? — riu Vi, conseguindo enfim tocar na intimidade da mesma. A Kiramman soltou um gemido, fincando as unhas na jaqueta da mesma.

Infelizmente, ela estava errada. Naquele exato momento, Tobias abriu a porta. Para a sorte das duas, Vi conseguiu se afastar rápido o suficiente para que o senhor Kiramman não visse nada.

— Pai! — repreendeu Caitlyn, vermelha. — Por que não bateu na porta?!

— Desculpe, minha filha. Esqueci. — ele falou, olhando para as duas como se suspeitasse de algo. Mas não tinha como provar nada, então, ele esqueceu o caso. — Enfim, sua mãe voltou. Venha, vamos jantar. Você pode vir se quiser, senhorita Warwick.

— Acho que vou passar, senhor. — Vi disse, constrangida. — Tenho que ir para casa.

— Oh, tudo bem, então.

~~~

Jinx olhava para a janela do carro preocupada. O seu tio Silco a proibiu de ir com o vestido rosa de sua mãe — visto que ele era o mais "adequado" para falar com os Stemmaguarda.
Ele alegou que Powder "não seria ela mesma" usando aquela roupa e logo, ela não teve muita opção. E ele estava certo, pois a Warwick odiava aquele vestido.
Ela então usou seu blusão branco com a foto dos Beatles, sua jeans rasgada e seu all-star azul escuro. Bem, aquela era ela mesma.
Do lado de fora, Silco estava em frente ao portão da mansão  Stemmaguarda, falando com o senhor Pieter. Minutos depois, ele voltou e abriu a porta do banco de trás.

— Nós vamos entrar agora. — ele anunciou, e a sobrinha assentiu.

Jinx saiu do carro, e os dois foram para dentro da casa.
Na sala, Augatha e Lux estavam sentadas no sofá. Os olhos da loira brilharam ao ver a namorada.

— Senhor Warwick, é realmente um prazer conhecer o senhor. — disse a senhora Stemmaguarda para Silco. — E que bom que você trouxe sua sobrinha, estive ouvindo falar muito sobre ela.

Powder desviou o olhar. Aquela mulher parecia uma bruxa! Embora ela não tivesse nariz grande ou outras coisas, seu olhar parecia o de uma.

— O prazer é todo nosso, senhora. — disse Silco, arrumando o paletó.

— Eu fiquei sabendo que você e Luxanna estiveram interessadas em começar um... Namoro. — continuou a mulher. Ah, sim, eu já imaginei o nome dos netos que você não quer que tenhamos. pensou a azulada. — Não me leve a mal, no entanto, eu preciso conhecer melhor alguém que queira se relacionar com minha filha. Bem, não vamos ficar em pé a toa, a comida está pronta e precisamos jantar!

Os Stemmaguarda, Jinx e Silco então foram para a sala de estar, se sentaram e começaram a se servir. Foi então que Pieter e Augatha começaram um interrogatório. Começaram a perguntar sobre a família Warwick, sobre o desempenho escolar de Jinx e seus planos para o futuro. Bem, não eram perguntas tão ruins assim. Jinx era uma aluna com notas exemplares — principalmente em matérias de exatas — e com um futuro brilhante. Ela não era a aluna mais comportada, mas também não era a pior.
Tudo corria bem, até que um mordomo apareceu.

— O seu filho, Garen, está aqui. — ele anunciou, para a felicidade da senhora Stemmaguarda. Garen era, de longe, seu maior orgulho.

— Ah, mande ele entrar! — ela disse, contente. — De certo irão adorar conhecer meu filho, senhor Warwick.

Silco forçou um sorriso, ele já estava sem paciência com aquela mulher. Assim que o mordomo saiu, Garen entrou a passos largos. Ele estava irritado, muito irritado.

— Garen! — a mãe exclamou. — O que está...

Foi então que o sorriso no rosto dela murchou, ao ver a jovem ruiva que "invadiu" sua casa junto do filho. E principalmente pelo fato de ela estar de mãos dadas com seu filho mais velho.

— Que história é essa de vocês saírem correndo atrás da minha namorada com uma espingarda, hein?! — ele questionou, exaltado. — Vocês deveriam respeitar a nora de vocês!

— Garen, isso não vale a pena... — Katarina estava para dizer, mas o mesmo fez um sinal para que ela ficasse em silêncio.

O casal Stemmaguarda se olhou, pálido. Então era daquela garota que o filho havia falado num outro dia.

— E o que você queria que nós fizéssemos?! — falou o pai, também se irritando. — Ela invadiu a nossa casa, entrando pelo quarto da sua irmã! Você não pensa na ameaça que ela pode ser para nós, Garen?! Ela é de Noxus!

— Essa história já é velha! Não tem mais cabimento algum! — vociferou o rapaz. — Katarina não é nada do que vocês pensam. Se vocês se permitirem a conhecer, vão entender porque eu a amo!

— Essa história de amor que não tem cabimento algum, Garen, isso sim! — intrometeu-se a mãe. — Está fora de questão! Eu não vou admitir essa garota na nossa família!

— Pois terá que admitir! Por que ela está carregando o seu neto!

Jinx virou o rosto, Lux pegou o copo da água e o bebeu como se nada estivesse acontecendo, e Silco saiu da sala, após inventar uma desculpa.
Garen e seus pais começaram um verdadeiro bate-boca após esse anúncio. Jinx fechou os olhos, se imaginando em algum lugar que não fosse aquele caos. Foi então que ela sentiu alguém segurando sua mão, era Lux.

— Vem, é melhor sairmos daqui.

Na Alegria e na TristezaOnde histórias criam vida. Descubra agora