Dezessete

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— Uma festa? — questionou Caitlyn, do outro lado da ligação. A mesma estava no jardim de casa, próxima a piscina, conversando com Violet pelo celular.

Já haviam se passado alguns dias, o aniversário de Vander seria num dia próximo, mas a festa de Sarah era naquela dia exato.

— Exatamente. Espero que você não se importe de eu estar te avisando tão repentinamente, estivemos ocupados com a festa do meu tio. — continuou a outra. — E então, o me diz?

Caitlyn ficou em silêncio por alguns instantes, olhando ao redor.

— Tenho que ver com os meus pais. — respondeu. — Não sei se eles deixariam...

— Bobeira, eu vou estar com você. — assegurou a Warwick. — O tio Silco ficaria furioso se eu deixasse algo acontecer com você.

— ... Está bem, eu vou ver com eles. — a Kiramman se levantou da cadeira e começou a andar para dentro de casa. — Mas eu ainda vou sair com a minha madrinha hoje.

— ... Posso te contar algo? Eu tenho medo da sua madrinha.

— Então tem medo à toa. Você só tem que ter medo dela se for foragida da lei. — riu ela, tirando as sapatilhas. — Agora é sério, tenho que ir. Te vejo depois, talvez.

— Beleza. Te busco às nove, se você for.

A dos cabelos escuros então desligou o celular, e foi até a sala de seu pai. Estava certa de que os pais estavam lá, trabalhando.

— Mãe, pai. — ela chamou, fechando a porta assim que entrou discretamente.

— Agora não, filha, estamos muito ocupados. — Tobias cortou, ocupado com seus papéis.

— Prometo que vai ser rápido. É que... — ela fez uma pausa, e ficou de frente para a mesa do pai. — Violet me convidou para uma festa hoje a noite.

O senhor e a senhora Kiramman pararam tudo o que estavam fazendo. Caitlyn engoliu o seco.
A jovem Kiramman passara uma adolescência inteira evitando festas a noite, relacionamentos e bebidas — por mais que, agora, ela bebesse um pouco. Isso tudo porque estava na obsessiva busca pela aprovação dos pais, acreditando que eles eram tradicionais demais para aceitar esse tipo de coisa — não estava mais tão certa disso, agora que sabia do caso antigo de sua mãe com uma outra mulher, com certeza o pai deveria ter feito alguma coisa na adolescência também, era a cara dele.
Mas ali estava ela, com dezenove anos, pedindo para sair com sua noiva completamente "vida louca".

— Uma festa? — Tobias questionou, pondo a mão no queixo.

— Sim.

— Onde vai ser?

A jovem começou a ficar tensa. Será que ela seria capaz de dizer isso?

— Numa boate, papai.

Ah, sim. Estava nervosa, mas a resposta saiu muito facilmente de sua boca. Agora, era só esperar um "não".

— Quem vai estar lá? — disse Tobias, fazendo literalmente um interrogatório.

— Alguns amigos dela.

Como deveriam ser os amigos de Vi afinal? Olhando para a mesma, deveriam ser iguais, ou piores.
Agora o "não" era definitivo.

— Você acha que vai conseguir ir? Vai sair para atirar com a sua madrinha ainda hoje.

— Eu aguento. — o que eu não aguento são essas suas perguntas incessantes, papai. foi o que se passou pela cabeça de Caitlyn, mas não, ela não diria isso.

Na Alegria e na TristezaOnde histórias criam vida. Descubra agora