Capítulo 24

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Luana

Deu 19:30 eu fui indo pra casa do Caio, não sei que coragem é essa que tô tendo, mas é isso mermo. Tô ligada que não vou demorar assumir o que é meu e por isso tenho que dar rumo na minha vida, se é tal coisa que eu quero então vou correr atrás pra conseguir, não posso ficar todo tempo só com medo de seguir em frente, tenho que agir. Eu quero o Caio e preciso saber se ele me quer, ficar só de braço cruzado não vai adiantar.

Parei na porta da casa dele e buzinei, ele saiu de casa, trancando e vindo andando. Observei ele entrar no carro e fechar a porta.

Caio: Boa noite, patroa. - sorri ao ouvir isso.

Luana: Boa noite, meu nobre empregado. - ele gargalhou baixo, me fazendo rir também.

Caio: E eu poderia saber pra onde a madame vai me levar? - perguntou quando eu tava saindo da rua dele.

Planejei levar ele pra um lugar bem da hora, que nós possa ficar à vontade e pá, e que depois possa passear e ficar um tempo por lá, não só comer, conversar e sair, tá ligado?

Vou levar ele pra um restaurante em frente a praia do Pontal de Sernambetiba, é um pouco longe daqui, mas vale a pena, dependendo do trânsito eu chego lá em quarenta minutos. 

Luana: Restaurante Quintal o Encontro, conhece? - ele negou. - é mó bom lá, acho que tu vai gostar.

Caio: Quando minha mãe era viva ela gostava de me levar no Rei do Recheio, acho que vai fazer já um ano que não vou lá.

Luana: Nunca fui, mas já ouvi uns parceiro meu falar sobre esse lugar aí.

A gente foi conversando o caminho inteiro, parece até que agora ele não tem vergonha de mim como antes. Eu também não tenho mais.

É como aquele velho ditado né, a gente tem que ter vergonha é de roubar e matar... E disso eu nem tenho. Então de resto não tenho porquê ter vergonha.

Chegou lá estacionei o carro e a gente desceu, fui andando na frente e escolhi a mesa, não demorou muito o garçom veio atender e nós fez o pedido.

Não tava nem frio e nem quente, apenas um vento calmo. O clima entre eu e Caio não tava chato, parece até que nós já se fala a mó cota.

Ele contava um monte de história maluca e eu só escutava, rindo e observando como ele me olhava.

Luana: Deixa que eu pago. - falei quando a gente terminou de comer, chamando o garçom pra eu pagar a conta.

Caio: Que nada, eu pago. - pegou a carteira.

Luana: Relaxa, tu é convidado. Eu pago. - dei dinheiro pro garçom. Deixei ele ficar com o troco e agradeci, levantando.

Ficar perto do Caio me deixa mais calma. Mermo não tendo, nós já tem uma ligação mó forte. "Mermo não tendo, nós tem", é uma forma mais fácil de dizer que gosto dele.

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