Capítulo 08

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Luana

Acordei quatro da manhã e me arrumei, tomei café amargo pra espertar, peguei a Glock e saí. Quando cheguei na boca central Larissa já tava lá.

Diogo: Luana, eu tava olhando o caixa daqui e tá rolando um desvio grande, ó. - sentou do meu lado na escadaria - tô querendo acusar ninguém não, mas tá faltando dinheiro.

Tava demorando algum caô mermo, morro tava na paz há muito tempo. Quando tudo vai muito bem aqui, eu até estranho.

Luana: Tá faltando quanto?

Diogo: Contando com os baile que teve nesses três dias, dezesseis mil. Aí se fosse contar com o que ficou durante esses dois mês era pra ter dezoito mil e quatrocentos... Mas tem só dez mil.

Luana: Gg tá aonde? - perguntei já levantando.

Diogo: Tá na sala dele, numa reunião com os soldado que chegaram da missão.

Subi a escadaria e fui pra sala, abri a porta e ele tava lá conversando com eles.

Luana: Aí galera, dá uma licença aí, fazendo esse favor. - eles não disseram nada, só saíram - Gg o quê que tá acontecendo com o dinheiro do caixa?

Gg: Eu precisei usar, mas depois vou colocar no lugar.

Luana: Como assim, mano? Tô precisando dele agora.

Gg: Mas agora eu não tenho. Só vou poder te pagar quando eu ir na pista.

Luana: Não, tu vai pagar agora e já! - ele negou com a cabeça e eu fui pra cima dele - dá teu jeito, quero nem saber, não. Se eu não pagar essa conta hoje, meu irmão, vai dar b.o. - apontei na cara dele mermo.

Gg: Qual é, Luana? Tu tá me desconsiderando? Tenho o dinheiro agora não, parceira. Fica calma. - passei a mão no rosto, inquieta.

Luana: Te vira, mermão. Na hora que Th chegar aí querendo puxar a conta não vai pedir calma pra ele também.

Saí da sala sem nem esperar ele dizer mais alguma coisa e fui falar com o entregador que já tava lá só me esperando.

Falei pra ele que tinha acontecido uns problemas e que eu não tinha o dinheiro agora, ele fez mó caô, mas dei logo um chega nele e falei que ia pagar quando tivesse o dinheiro.

Depois de muita conversa ele deixou as carga e foi embora. Fui arrumar tudo nas suas devida sala e a mercadoria eu entreguei pro embalador pra começar organizar tudo porque amanhã tem baile de novo e nós tem que vender.

Faz dias que Gg tá todo estranho, tô começando desconfiar dele. Diogo já vem me avisando à dias que tem um x9 entre nós, mas até agora não quero apontar dedo pra ninguém.

Sempre confiei em deixar ele no controle dessas coisas, por isso ele é gerente, mas se continuar... Sinto muito, eu vou ter que acertar essas conta aí e saber o que tá acontecendo.

...

Kn: Com licença. - entrou na minha sala - mandou me chamar, patroa?

Luana: Ih, alá. Quê isso, em? - perguntei e ele fechou a porta, sorrindo.

Kn: Num tem que ser assim, no respeito mermo? - sentou na cadeira, de frente pra mim.

Luana: Num gosto de ouvir tu me chamar de patroa, tu sabe disso. Nós é irmão, menor, bó parar né. - ele levantou os braços em forma de rendimento e eu sorri - mas aí, falando sério agora. Tu num tá achando Gg muito estranho, não?

Kn: Tava só esperando tu me perguntar, ó. Tô achando demais, parceira, moleque tá agressivo com geral, tá consumindo mas que o normal e mal sai daquela sala, até dormindo lá ele tá.

Luana: Tu acha que ele é o x9?

Kn: Não só acho, tenho certeza. Outro dia ele tava conversando bem baixinho no celular enquanto te olhava pela janela, ninguém me disse não, eu vi! Fui entrando na sala dele e vi, nêgo até de cor mudou quando me viu.

Nós ficou conversando ainda sobre o Gg e depois descemos pra ir almoçar. Quando voltei pra boca Th chegou lá bolado dizendo que tão cedo não queria olhar pra cara do Dino e que quando ele fosse na Rocinha ia ficar na casa dele e nem ia ver o outro.

Perguntei o que tinha acontecido e ele foi me explicar. Toda vez é isso, depois ele ainda reclama quando Th demora ir lá.

Ainda bem que eu nunca tenho tempo mermo, depois que morrer nós chora, se lamenta e enterra, vou poder fazer mais nada também.

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