Noite de sábado

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Autora pov*

 Ainda a tarde Hinata rolava de um lado para o outro na cama, pulava pelo quarto e surtava. Parou, respirou, contou até 50 só pra ter certeza de que ainda sabia respirar. Refez tudo mais uma vez e respondeu a mensagem que havia recebido de Hanagaki.

 O mesmo havia a convidado para um passeio na quarta, já que não teriam aula por conta de um feriado qualquer. O que realmente tinha acontecido é que Takemichi desmaiou tentando convidar a Tachibana, e como ele e Chifuyu foram passar o dia na casa dos Baji's os dono da casa junto do Matsuno deram uma ajudinha para o amigo desacordado. A mesma aceitou de primeira fazendo Baji e Chifuyu comemorarem, já que o Hanagaki estava apagado.

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 Hanma no tédio, pediu a benção a sua mãe e avisou que iria dormir na casa de um amigo. Kisaki não respondeu nenhuma de suas mensagens o dia inteiro, ficou preocupado de que algo pudesse ter acontecido ao mesmo e não pensou duas vezes antes de ir até ao apartamento do bronzeado.

Sabia que o mesmo escondia a chave reserva dentro de um vaso de planta ao lado de sua porta. Pegou a chave e destrancou o imóvel. Estranhou o silêncio e  a casa completamente escura, procurou o o encontrou deitado em seu quarto lendo.

- Como entrou?

Ele responde mostrando a chave com um sorriso presunçoso o que fez Kisaki revirar os olhos, já estava se arrependendo de ter mostrado aquela chave a Hanma.

- Tsk, vou mudar o esconderijo. O que faz aqui?

- Não respondeu minhas mensagens. Por quê?

- Meu corpo dói por conta de algum filho da puta bêbado que caiu dormindo em cima de mim!

Não havia respondido ninguém na verdade, ficou na cama o dia inteiro até a ressaca passar, e depois da mesma veio a dor no corpo.

- Oh, faz sentido- diz pulando sobre a cama abraçando o loiro que reclamou entre murmúrios.

- Já perdeu a timidez de ontem?

- Não sei do que tá falando- Shuji se faz de sonso.

Ele sabia que quando bebia se tornava um bêbado tímido e sonolento.

Kisaki não reprime uma risada zombeira, realmente Shuji era péssimo mentido.

- Nem de quando me beijou?- ele pergunta entre risos.

- Não. Que me ajudar a me lembrar?- ele provoca de volta.

Tetta sorri sugestivo para o mesmo. De forma nada gentil o loiro puxa Hanma pelo colarinho da camisa fazendo seus lábios se chocarem agressivamente. Estariam mentindo se disserem que não gostaram. Suas línguas se embolavam uma na outra fazendo com que os estalos os incentivassem a continuarem com aquele ósculo molhado e viciante.

 Se separaram apenas para buscar um pouco de ar para seus pulmões que ardiam pedindo arrego. 

- Tô com fome.

- Eu trouxe comida- Shuji ri um pouco. Imaginou que o mesmo não tinha comida nada.

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 Ao cair da tarde, Naoto resolveu caminhar, estava atoa e entediado. Kisaki não respondia nenhuma de suas mensagens, até ficaria preocupado mais conhecia seu amigo, o mesmo sabe se defender.

 Inicialmente estava apenas andando claro, mas quando enfim tomou consciência de seus atos já era um pouco tarde. Estava na porta da casa de Kazutora, havia gravado o caminho desde de hoje de manhã, até tentou se virar para fugir dali, mas a porta foi aberta o impedindo de fugir. Não notou quando havia tocado a campainha.

Uma mulher alta e magra, com um corpo cheio de curvas e uma expressão cansada. Seu cabelo é liso ondulado com alguns cachos tingidos de amarelo. Seus cansados olhos carregavam a mesma cor dos olhos de Kazutora e Hanma, dourado. Uma linda mulher.

- Olá, Kazutora está?- diz não tendo muita opção.

- Você é amigo dele?

- Sim, somos da mesma sala. Sou Naoto Tachibana.

- Hanna Kazutora.

Após essa fala a mesma o puxa para dentro fazendo visitante se surpreender com tão ação. Ela é forte.

- Poderia me ajudar? 

- Claro, com o quê?- concorda mesmo que um pouco receoso.

Logo a mesma explicou que desde de hoje de manhã se filho não havia saído do quarto para absolutamente nada, nem para comer, o que estava a preocupando muito. Ela conhece o filho, sabia que tinha algo de errado. Geralmente quando ele se trancava e pulava as refeições Mikey e Baji iam o visitar e obrigá-lo a comer.

- O quarto dele é a terceira porta a esquerda. Tente convence-lo a comer, por favor?

- Claro, farei tudo ao meu alcance- diz indo em direção a escada. 

Bateu na porta três vezes não ouvindo nem sequer um ruído vindo quarto, por isso bateu mais uma vez ouvindo como um murmuro dizendo que não estava com fome.

- Kazutora, é o Naot- antes mesmo de terminar sua fala é puxado brutalmente para dentro do quarto.

Porra, mais todos dessa família são tão fortes! Era isso que passou por um segundo, já que sua mente ficou completamente nublada após sentir os lábios do outro contra o seus, tudo foi tão rápido, quando menos percebeu havia sido prensado contra a porta do quarto.

- Oque faz aqui? Como descobriu onde eu moro?

- Sua mãe me pediu ajuda- ele responde.

O mesmo abraça o moreno com força. Não queria que o mesmo fosse embora. Naoto mesmo muito envergonhado com tal ação retribuiu o abraço sentindo seu coração bater extremamente forte dentro do peito. 

- Por que você faz isso comigo- Kazutora sussurra ouvindo com clareza os batimentos cardíacos do outro.

- Desculpa. Eu só, não quero estragar o seu futuro.

- Engraçado porque eu não me vejo em um futuro sem você.

Naoto ri triste, como ele queria poder passar todos os seus dias ao lado daquele idiota problemático. Se sentia patético por se importar tanto com o que os outros dizem ou pensam. Mas desde sempre foi assim, medroso, inseguro, por isso estava destinado a morrer sozinho. Bem isso ele pensava antes de conhecer Kazutora.

- Olha, apenas desça para comer, sua mãe está preocupada.

- Naoto não mude de assunto- ele levanta a cabeça do ombro do moreno com uma feição irritada.

- Eu não quero te envolver nos meus problemas. Não quero que se machuque.

- Fica comigo, e eu prometo de proteger custe o que custar.

 Naoto suspira cansado. É óbvio que quer aceitar, e Deus! Como quer. Mas não é tão simples. Tem o Treed, sua irmã mais nova que o deu um tapa na cara quando estava levando seu irmão embora, seus pais e principalmente o mundo. 

- Eu... Aceito- diz com determinação em seus olhos.

Sim, estava com medo, óbvio! Mas quando olhou nos olhos de Kazutora se esqueceu de seus problemas por alguns segundos. Aceitou porque sabia que por Hanemiya vale a pena enfrentar todos os seus medos e inseguranças. A primeira pessoa que o olhou com desejo e carinho.

O único que está disposto a por a mão no fogo por si, e o mínimo que pode fazer é entregar seu coração ao mesmo. Estava disposto a tentar fazer aquilo dar certo!

- Agora vai comer- diz se virando para sair do quarto.

Mas de realizar tal ato é puxado novamente para os braços de Kazutora, seus lábios novamente vão de encontro com os do bicolor em um beijo envolvente. Suas línguas dançam com uma sincronia descomunal. Hanemiya o segura de forma firme pela cintura enquanto o moreno acaricia o cabelo de sua nuca.

Ok, Naoto sabia que não iria se arrepender, ou ao menos pedia internamente que não fosse se arrepender.

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