Tokyo High School

Cigarrillos- presente para alguém

Autora POV*

Hanma virou a garrafa mas logo percebeu que não havia mais nada a ser consumido daquela garrafa de uísque. Apenas suspirou cansado, mal piscava com medo de que, caso o fizesse, visse novamente a cena que tanto estava tentando esquecer.

Sua cabeça girava, mais não estava completamente bêbado, porém reconhecia que ficaria caso não parasse naquele momento. E assim decidiu fazer.

Se levantou pegando um cigarro para fumar. Foi para uma calçada pronto para ir para casa, checou rápido o celular vendo que seu mãe dormiria na clínica novamente.

Então como um bom filho resolveu comprar uns lanches como doces, alimentos cafeinados e energetico, para ajudá-la. Foi em direção a clínica sem problema algum no transito, ainda mais levando em conta o horário.

Entrou indo direto para a sala da Sra. Hanna. Bateu duas vezes ouvindo uma voz rouca e sonolenta o autorizar entrar.

- Hm? Hanma?! O que haces aquí?

A mesma se levanta apressada indo receber o filho, mais acaba caindo sentada por ter levantado rápido demais. Hanma logo vai ajudar a mãe colocando tudo sobre a mesa da mesma.

- Lo siento por no volver a casa .

- Tudo bem! Hanemiya está em casa dormindo.

Ele mostra a foto que havia tirado à algumas horas do irmão mais novo e ambos abrem um pequeno sorriso, Kazutora parecia uma criança abraçado as cobertas daquela forma.

- Vocês estão diferentes- ela comenta.

Hanma nada diz, não entendia muito aquele sexto sentido de sua mãe mais a mesma sempre fora muito perspicaz.

- Mi hijos estan enamorados.

- E-eu não es...-

A mesma lhe lança um cortante olhar e ele logo se cala.

- Madre, e se ele aceitar a declaração de outra pessoa?

Hanna olha por alguns segundos o rosto triste do filho ao dizer aquilo, foi direto demais para ser apenas uma "suposição".

A veterinária sorri e suspira, aquelas crianças haviam crescido tão rápido. Não era mais o garoto sem educação que encontrou quase morrendo de fome em um beco. Seu filho já era um rapaz.

- Você gosta ou não dessa pessoa?

Ela pergunta e Hanma a encara com certo receio de dizer, se nem ele mesmo sabia se seria capaz de lidar com seus sentimentos.

- Apenas faça o que o seu coração mandar.

Ela repete a frase que Hanma cresceu escutando. No início achava que era apenas um dilema que a mãe sempre carregava consigo, mas logo parou para refletir.

O que o seu coração queria... O que ele... Quer? Em sua cabeça nada mais veio do que uma fantasiosa cena do sorriso de Kisaki, e apenas com esse pensamento sentia que seu coração iria escapar de seu tórax.

- Se você gosta mesmo dessa pessoa, não vai deixar ela ir, tenho certeza. Você é meu filho, afinal.

Hanma sorri. Era realmente o que precisava ouvir. Olhou mais animado para a sua mãe que sorriu de volta. Ele ainda não entendia, mais tinha a noção que nada passava despercebido por aquela mulher.

- Irei deixar a senhora trabalhar. A bênção, madre.

Ela sorri e abraça o filho, dando um leve beijo no mesmo, e assim eles se despedem um do outro.

~*~

Hanma abre a porta um pouco rápido demais assustando o garoto que estava deitado extremamente relaxado em seu sofá.