012. 𝙖𝙡𝙞𝙨𝙨𝙤𝙣 🇧🇷

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Helena corria de um lado para o outro com seu urso de pelúcia e eu simplesmente não aguentava mais. Ser babá dela era um desafio para mim e para o meu sedentarismo, eu simplesmente não entendia como uma criança podia ser tão agitada.

Mas de certo modo era bom vê-la sorridente já que ela vem encarando as dificuldades do divórcio dos seus pais. Alisson e Natália se divorciaram a cerca de seis meses e desde então as coisas não tem sido fáceis para Helena e para os caçulas. Cuido da Helena desde seus dois anos de idade e quando Alisson decidiu continuar na Inglaterra, Natália permitiu que eu também continuasse por lá.

Helena teria outra babá no Brasil e eu confesso ter ficado bem triste ao saber daquilo. Eu amava a pequena, da mesma forma que sentia uma carinho imenso por Rafael e Matteo. Não era fácil passar quase um mês longe da pequena toda vez que ela voltava para o Brasil, então Alisson me permitiu continuar trabalhando para ele.

Eu basicamente cuidava da programação de Helena tanto no Brasil quanto na Inglaterra e fazia de tudo para atualizar os estudos da garotinha. Ela sempre me ligava nos fins de semana para me contar como havia sido sua semana e mesmo não sendo sua mãe, eu sentia um carinho materno absurdo por ela.

Algumas pessoas comentavam coisas bem maldosas com relação a Alisson e eu, mas nunca passamos da linha do profissionalismo. Ele nunca se dirigiu a mim de forma informal e sempre foi o mais respeitoso possível. Eu não podia negar que ele era um homem absurdamente bonito e que aqueles olhos claros acabavam com o meu psicológico, mas acima de tudo eu precisava me manter conformada de que ele nunca passaria do meu patrão.

Patrão bonito e gostoso? Sim, mas era meu patrão. E eu sempre me alertava de que nunca rolaria nada entre nós. Afinal, ele havia saído de um casamento de anos com uma mulher com a qual ele havia tido três filhos lindos. Uma família não acabava assim de repente, com certeza ainda rolava algum sentimento entre eles.

— Helena! Socorro!— eu me joguei no chão exausta e esperei pelo abraço da pequena. Sempre fazíamos aquela brincadeira e em todas as vezes ela me dava carinho para que eu "melhorasse".— Obrigado, meu amor!— eu lhe dei um beijo na bochecha e sorri.

— Gi, eu posso tomar sorvete antes do almoço?— ela fez um beicinho e eu infelizmente precisei negar aos seus olhinhos azuis. Que dor no coração!— Só um pouquinho.— ela insistiu e me encheu de beijos.

— Meu amor, eu não posso! Você sabe disso!— eu a abracei e me levantei do chão.— Seu pai me mataria se sonhasse com isso.— ela riu e pulou do meu colo quando seu pai entrou pela porta da sala.

Alisson estava com uma camisa esportiva e suado por conta do treino. Eu tentei, tentei muito disfarçar meu desejo por aquele homem mas quase soltei um suspiro quando o vi. Helena lhe abraçou e começou a contar para ele como as panquecas do café da manhã estavam gostosas. Enquanto eu só conseguia pensar no seu corpo contra o meu, seus olhos azuis me encarando de perto e suas mãos grandes apertando meu corpo.

Alisson deu atenção para a filha, mas logo seu olhar queimou sobre a minha pele e eu corei. Ele entreabriu os lábios e olhou minha vestimenta várias vezes.

— Eu sinto muito, Senhor Becker! A Helena sujou meu uniforme de geleia e eu pensei que poderia usar minhas roupas.— eu não parava de falar, parecia uma idiota. Então ele soltou uma gargalhada e pegou a filha no colo.— Mas eu posso trocar se quiser.— eu estava completamente desesperada.

— Gi, porque você tão vermelha?— Helena fez uma careta e eu me senti ainda pior.

— Ela está com vergonha, querida!— Alisson beijou a bochecha da filha achando toda aquela cena hilária, enquanto eu me questionava do porque eu ter pensado que seria uma boa ideia colocar um short jeans e uma regata.— Mas não existe motivos para isso!— eu sentia meu coração pular em meu peito.

𝙁𝙄𝙁𝘼 𝙒𝙊𝙍𝙇𝘿 𝘾𝙐𝙋 2026 • 𝘽𝙊𝙔𝙎Onde histórias criam vida. Descubra agora