028. 𝙜𝙖𝙫𝙞 🇪🇸

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𝘾𝙤𝙣𝙩𝙞𝙣𝙪𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙙𝙤 𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 023. 𝙥𝙚𝙙𝙧𝙞 🇪🇸

— Tio, eu estou no banheiro!— gritei, me sentindo uma vadia mentirosa prestes a morrer. Pedri colocou seu moletom e bagunçou completamente seus cabelos, mesmo assim continuou lindo.

— O que está fazendo no banheiro?!— questionou impaciente atrás da porta.

— Coisas de mulher!— respondi arrumando minha roupa.— O que vamos fazer?— sussurrei desesperada para Pedri. Seu olhar pareceu bem perdido e vasculhou o quarto em busca de uma solução.

— Acho que consegui uma resposta.— o moreno seguiu passos lentos e silenciosos até a janela do meu quarto, o que me deixou preocupada com a possibilidade absurda dele querer pular.— Acho que consigo alcançar a sacada do quarto da sua prima.

— Pedri, ficou maluco?— toquei seu braço e respirei fundo quando o vento gelado atingiu meu rosto.

— ANA, ABRE A PORTA LOGO!— tio Robert gritou. Já estávamos desesperados, prestes a cometer loucuras para escapar da gritaria que seria se meu tio me visse com aquele homem ali.

— Já estou indo!— senti meu sangue ferver, meu coração disparado e minhas mãos trêmulas. Eu não queria que aquele idiota pulasse de uma sacada para outra, era perigoso mas ele transparecia estar decidido.

— Foi um ótimo sexo, espero repetir mais vezes!— ele beijou meus lábios em despedida e quando fui segura-lo seu corpo se jogou até o quarto da minha prima.

Para a minha felicidade, a criança não estava em casa e se eu abrisse a porta logo meu tio não veria Pedri sair pela porta do outro quarto. Eu ainda não podia acreditar que aquele sexo tão maravilhoso sucedeu aquela loucura e que eu estava prestes a ser avaliada minuciosamente pelo meu tio. Corri até meu espelho e fiz um coque no meu cabelo, ajeitei minha roupas e estiquei o lençol da minha cama.

— Ana, vou repetir uma última vez!— Lewandowski era um amor, mas estava me tirando do sério.— Abre a porra da porta!— assim que ele finalizou aquela frase, eu abri a porta com uma carranca enorme fingindo estar decepcionada com ele.— O que estava fazendo?

— Trocando meu absorvente.— respondi simples. Seu olhar me analisou de cima a baixo e para a minha alegria, eu era uma ótima mentirosa. Demonstrava estar calma, segura em minha palavras e levemente constrangida por ser pega naquela situação.— Também quer olhar o cesto de lixo?— cruzei meus braços indignada.

— Não, claro que não!— ele olhou minha cama, depois encarou a porta do meu banheiro e soltou uma risada nasalada.— Onde está o Pedri?

— Não sei.— dei de ombros e toquei seu braço.— Tio, acha mesmo que eu faria algo com o Pedri? É o Pedri!— dei ênfase no nome do rapaz e fiz uma careta.

— Sinto muito, querida! Eu sei que é uma boa garota.— ele depositou um beijo na minha testa e coincidentemente no mesmo momento, o rapaz de moletom atravessou o corredor em silêncio e com um sorriso extremamente malicioso.— Me perdoa?

— Não.— sussurrei, ele ignorou minha resposta e riu ainda mais.— Mas eu posso tentar te perdoar no futuro.— acrescentei mais um drama e confesso ter relaxado um pouco mais ao ver seus ombros menos tensos.

Tio Lewa era excelente, incrível, maravilhoso e protetor. Mas eu odiava quando ele me tratava como uma criança, como se eu nunca tivesse passado dos meus doze anos e aquilo era muito chato. Aquele homem admirado por todos ainda tinha a cabeça de um rapaz do século dezenove e eu odiava aquilo.

𝙁𝙄𝙁𝘼 𝙒𝙊𝙍𝙇𝘿 𝘾𝙐𝙋 2026 • 𝘽𝙊𝙔𝙎Onde histórias criam vida. Descubra agora