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Eu não sou de perder. Odeio, todo mundo sabe.

Mas porra, eu tô quase sentindo prazer em perder essa aposta pra Mharessa, afinal os dois vão sair ganhando com isso. Só que prazeres diferentes.

Agora ela tá passando a mão pela minha barriga e me olhando com aquela carinha de safada, e eu tô o que? Fazendo nada.

Deixa ela pensar que tá no controle de tudo.

- Tá paradinho aí, gatinho, o que foi?- provoca com um sorriso divertido nos lábios.

- Quer que eu te toque?- susurro em seu ouvido e envolvo minhas mãos em seu cabelo, enrolando um pouco e dando um puxão fraco pra trás, fazendo com que ela arqueie a cabeça pra cima.

Ela morde o lábio inferior e eu aproveito cada parte da pele exposta, dando uns beijos e as vezes mordidas.

Ela segura meu rosto entre as palmas de suas mãos e fica com o olhar preso ao meu.

- Me beija- susurra com o olhar na minha boca.

- Me beija você.

- Eu quero que você me beije. Agora.

- E eu também quero que você me beije agora.

- Deixa de joguinho, Gabi, você vai amar me fazer gozar, né?- passa seu dedo polegar na minha boca.

- Creio que você também vá- me aperto mais contra seu corpo que está encostado na parede e ouço sua respiração ficar mais pesada.

Ela afunda a cabeça em meu pescoço e eu faço o mesmo no seu.

Nossos corpos estão tão colados que nem uma folha de papel conseguiria ficar entre a gente.

- Vale ressaltar que eu não gosto de você- diz com a voz meio abafada.

- E vale ressaltar que isso tudo é amor incubado.

Ela afasta rapidamente o rosto e me olha de boca aberta.

- Se liga, jogador, amor incubado por você? Ri- sonha mais que tá pouco.

- Você pode sentir tudo por mim, menos ódio- susurro e aproximo nossa bocas, ao achar que vou beija-la, a Mharessa entreabre os lábios e os morde logo após perceber que não vou fazer isso.

- Você. É. Ridículo- diz separadamente e da um tapa no meu peito.

- Por isso você tá tão rendida.

- Sai daqui- tenta me empurrar, mas eu forço mais meu corpo contra o seu.

- Não saio não, gatinha.

Ela revira os olhos, mas dá um sorrisinho de lado.

- Insuportável.

- Gostosa.

Pronto, quebrei a marra.

- Opa!- ouço a voz do Medina e rapidamente me separo dela- caralho- ri- virei empata?

Virou, filho da mãe.

- Não atrapalhou nada- a Milena diz- tava saindo já.

Aham, tava saindo mesmo, percebi.

- Vou sair já, só vim pegar água porque lá pelo jeito só tem bebida- vai até a geladeira.

A relação dele com a Mharessa pelo jeito é igual a minha com a Dhiovanna, não fico com ciúmes dela, mas obviamente fico meio preocupado dela se machucar novamente com algum cara, como já aconteceu.

- Vou voltar pra lá também- a Mharessa diz e encaro ela.

- Fica aí pô- o Medina diz- não quis atrapalhar nada.

𝗦𝗔𝗧𝗨𝗥𝗡𝗢🪐 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora