Extra - Ponto de vista

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Um agradecimento especial a meninafofixx, que foi quem me deu a ideia de um cap assim.

Esse extra é um ponto de vista diferente do cap "Escritório".

  Era um final de tarde extremamente quente, a equipe aniquiladores estava terminando de limpar a bagunça que tinham feito ao matar algumas criaturas.

  Enquanto Aaron queimava a pilha de restos das criaturas, Chizue considerava jogar Veríssimo e Arnaldo no fogo também, simplesmente não suportava mais os flertes NADA discretos dos dois.

  Não tinha nada contra a relação, apenas odiava quando eles descaradamente começavam a ignorar seu trabalho e obrigações para ficarem de conversinha idiota um com o outro.

  Deixou os dois de lado e voltou a encarar a pilha em chamas, poucos minutos e então tudo tinha sido reduzido a cinzas, os dois agentes começaram a caminhar em direção a van ignorando a falta de Veríssimo e Arnaldo que magicamente tinham sumido.

  Chegaram na van e Aaron entregou sua sniper a Chizue e foi diretamente para o banco do motorista enquanto a outra foi para a parte de trás da van, guardar sua katana e a sniper, infelizmente quando abriu a porta teve uma visão nada agradável.

– Mas que PORRA VOCÊS ESTÃO FAZENDO?! – Perguntou irritada virando o rosto para qualquer lugar

– Tran- – Arnaldo não conseguiu terminar por conta da cotovelada que recebeu em seu estômago, desferida por Veríssimo – Caralho...

– Por que eu sou obrigada a ver isso? Puta que pariu.

– É o preço de ser uma empata foda.

  Chizue jogou a sniper e a katana embainhada em Arnaldo, em seguida fechou as portas da van e foi para o banco de passageiro.

– Vocês vão limpar a van. – Falou autoritária vendo Aaron virar o rosto para ela – Só eles, a gente vai beber, preciso encher a cara pra esquecer aquilo.

  Aaron concordou a cabeça e ligou a van, começando a dirigir.

– A gente pode ficar na Café's Pizzaria? Limpamos a van amanhã. – Veríssimo perguntou após muito tempo calado

– Tanto faz, aproveitem e limpem aquele lugar também, é uma zona. – Chizue respondeu enquanto lembrava da bagunça infernal que era aquele escritório

– Achei que o líder era eu. – Arnaldo reclamou

– Em missão talvez.

– Fica quieto Arnaldo.

  Chizue e Veríssimo falaram ao mesmo tempo.

– Tsc, por isso o Aaron é meu favorito. – Logo ao fim da frase Arnaldo viu Aaron tirar a mão do volante apenas para mostrar o dedo do meio

Q D T ~~

 
  A van parou um pouco distante da pizzaria, Arnaldo e Veríssimo desceram e então a van foi embora. A dupla foi conversando normalmente até o local e então chegaram na entrada, logo Arnaldo pegou as chaves e começou a destrancar a entrada.

– Por que você fechou hoje? – Veríssimo perguntou reparando que quase tudo estava desligado dentro do lugar

– Mandy e Vicente queriam um dia de folga.

– Você não é um chefe tão legal assim..

– Realmente, eu ia te chamar pra cá mais tarde mas você fez isso primeiro.

– Chamei por conta do escritório, você tem que parar de pensar com a cabeça de baixo.

  Arnaldo riu e ignorou o comentário, abrindo a porta e então adentrando no lugar, Veríssimo entrou e foi até o forno para abrir a passagem, ia fazer isso normalmente mas teve quase certeza de ter ouvido um ruído então fez tudo da maneira mais silenciosa que conseguia.

  Assim que ia entrar na sala ouviu Arnaldo  sussurrando extremamente próximo ao seu ouvido.

"Tá com pressa?"

  Antes que pudesse responder sentiu as mãos do outro na sua cintura, naquele momento xingou mentalmente todos os nomes possíveis, apenas mentalmente já que sua boca estava ocupada, Arnaldo praticamente o empurrou para dentro da sala e bateu suas costas na parede.

– Ca.. ralho? – Uma voz conhecida soou e então os dois se separam encarando Morato e Calisto

  Felizmente a situação não era embaraçosa só para eles já que Calisto estava fechando o zíper da calça enquanto Morato limpava o rosto usando a manga de sua camisa.

– Então-

– Nada aconteceu.

– Perfeito.

  Arnaldo e Veríssimo saíram da sala e se sentaram nos bancos em frente ao balcão, Veríssimo estava de cabeça baixa.

– Segunda vez hoje..

– Você tem que parar com isso. – Veríssimo deu um soco fraco no braço de Arnaldo

– "Isso"?

– Ficar me agarrando ou flertando comigo em qualquer lugar.

– Tá bom, eu vou parar.

– Mentira.

– Que bom que sabe, querido. – Começou a fazer um cafuné na cabeça de Veríssimo

– Amor, eu tô com sono..

– Repete.

– Vou dormir, me dá a chave da sala dos funcionários. – Veríssimo se levantou e estendeu a mão, esperando a chave

– Te entrego ela se você repetir o que tinha dito antes.

– Se você não me entregar ela eu vou arrombar aquela porta.

– Veri.. – Arnaldo ficou de pé e segurou a mão do outro – É uma porta reforçada você não conseguiria arrombar ela.

  Veríssimo ponderou por alguns segundos e, de fato, ele provavelmente não ia conseguir.

– Amor, me dá logo essa desgraça de chave.

  Arnaldo sorriu e deu um beijo no outro, em seguida se separou dele e entregou a chave, voltando a se sentar no banco.

– Você não vem?

– Se eu for provavelmente você não vai conseguir dormir.

– Não importa, já perdi o sono mesmo.

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Interferência - SDOLOnde histórias criam vida. Descubra agora