I see you again - One shot

889 92 133
                                    

( ATENÇÃO - o começo da história é basicamente eles se conhecendo ainda pequenos só q de maneira diferente do canon, ok?)

  Alexandre não lembrava como ou quando chegou ali, tudo que recordava era que tinha acabado de presenciar seus pais brigando com o resto da família após um de seus tios o chamar de "aberração", apenas por conta da sinestesia.

  Estava tão imerso e perdido em seus pensamentos que não prestou atenção para onde estava indo, apenas saiu andando de skate por ai e acabou ali, de alguma maneira. Não era nada preocupante, conhecia aquela cidade muito bem então não tinha medo de se perder, até por quê a cidade era minúscula.
  Enquanto estava apenas admirando o pôr do sol, sentiu uma mão tocar seu ombro, se virou e viu um garoto de cabelos negros curtos e um pouco mais alto.

– Ahm, desculpa o incômodo, mas você pode me ajudar?

  Ao contrário das sensações que as vozes de outras pessoas normalmente causavam em Xande, como sabores ou cheiros desagradáveis, a voz do garoto em questão trazia uma sensação boa, de tranquilidade, um cheiro bom, um sabor doce, algo agradável, tinha certeza de que era a primeira vez que se sentia assim.

– Com?

– Eu meio que tô perdido, não sou da cidade.

– Eu sei que não é.

– Sabe? Como?

– É que.. eu nunca te vi por aqui e por mais comum que seu rosto seja acho que eu me lembraria. – Obviamente era mentira, soube apenas porque tinha certeza que era a primeira vez que ouvia aquela voz. Normalmente não tinha problema em falar de sua sinestesia, mas depois do episódio com sua família, lhe pareceu mais conveniente não dar essa informação ao garoto

– Nossa.. enfim, onde fica a padaria?

– Ali.

– Longe pra caralho.. obrigado.

– Quer companhia?

– Companhia pra ir na padaria..?

– Se é pra lá que você tá indo, então sim.

– Tudo bem então. Posso saber seu nome?

– Alexandre. Você tem um nome?

– Por que não teria?

– Sei lá, mas se não tiver um eu posso dar um nome pra você.

– Ahm.. você me assusta um pouco.. e eu já tenho um nome, Guilherme.

  Começaram a conversar enquanto caminhavam.

– Você tem quantos anos?

– 12, e você?

– 14, isso explica porque o porque de você ser tão baixo.

– O que não tenho de altura compenso na beleza, mamãe que disse.

– Sinto muito mas sua mãe mentiu pra você.

– Sério? Quando? E como você sabe disso?! – O ondulado parecia verdadeiramente preocupado, essa lerdeza em excesso da parte dele fez Guilherme dar uma risada meio alta

– É brincadeira. – Afagou os cabelos do outro – Posso te chamar de Xande?

– Por que?

– Alexandre é um nome muito grande pra uma pessoa tão pequena.. – Respondeu segurando a risada

– Engraçado, você não é alto pra um cara de 14 anos, tá legal? Eu ainda posso ficar mais alto que você, idiota.

– Mas por enquanto não é.

Interferência - SDOLOnde histórias criam vida. Descubra agora