❣️11. VyV❣️

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Escrito com
Carolleite26 ♥️✨

Parei lhe escutando e logo saí. Era tudo que eu não queria, desistir. Mas essa era uma decisão que ela havia tomado e quem seria eu para mudar isso? Subi as escadas e fui ao quarto de Cristina, que estava deitada de pijama. A peguei e fomos ao quarto do Atilio, que também estava dormindo, mas só saí com os dois. Fomos para a sala, onde o Gonzáles já estava e logo a Victoria desceu.

Victoriano: Aquí estão os documentos - lhe entreguei tudo que tinha em mãos - e os noivos, não precisa enfeitar... podemos ir direto aos finalmentes.

Olhei para a minha mãe chorando e logo para ele. Queria sair dali sim, mas não nessa circunstância. Ainda mais com um homem que eu havia transado apenas uma vez. Nem sabia se queria passar a vida com alguém, ainda mais casar sem sentir nada.

Gonzáles: Estamos aqui reunidos para realizar a união entre Cristina Sandoval Santos e Atílio Montenegro, essa é a primeira vez que realizo um casamento as pressas, de forma forçada então eu serei breve, muito breve, não irei perguntar se tem alguém contra esse casamento já que sei que tem, eu os declaro marido e mulher, os noivos podem se beijar.

Victoria: Filha - assim que Gonzáles parou de falar fui até a minha menina e a abracei apertado, havia batido nela, dura em minhas palavras, era minha única filha e a amava - estou decepcionada, triste com o que fez, é a minha filha e eu te amo muito - beijei seu rosto, seu cabelo - agora que está livre dos seus pais mude, se valorize, pare com essas porcarias, é jovem, tem um mundo inteiro para conquistar.

Cristina: Não podia ter feito isso comigo - me afastei dela - esse amor que fazem questão de esbanjarem por aí, não me vale de nada... eu vou mudar mamãe, não se preocupe - falei triste e olhei para Atílio esperando que me falasse algo, não sabia o quê... queria saber que ele também estava indignado e perdido naquela situação.

Victoriano: Um dia vai entender o motivo e me agradecer por ter agido dessa forma, um dia entenderá o amor que sinto por você... terminamos? Falta algo - olhei o meu amigo.

Gonzáles: Faltam as assinaturas do casal na certidão e finalizamos para podermos voltar a dormir - sorri.

Victoria: Assim espero filha - voltei a abraçar e dar o último beijo em seu rosto - espero que cuide bem da minha filha seu cretino, agora que esse circo acabou vou pegar minhas malas e vou embora - fui até o Victor beijando seu rosto - seja feliz meu amor e volte a sonhar - falei em seu ouvido para logo sair dali.

Assinei o papel, assim como Atílio.

Cristina: Vamos, já não tenho mais nada que fazer aqui - olhei meu pai uma última vez e saí.

Não tive se quer ação para responder a Victoria, tão pouco lhe impedir. Meu corpo já estava anestesiado de tudo. Quando todos saíram olhei para o Gonzáles.

Victoriano: Obrigado meu amigo por mais uma - bati em seu ombro - se não fosse descansar te convidaria para bebermos o melhor whisky que tenho, hoje eu preciso de coisa forte, só assim conseguirei apagar - respirei fundo.

Gonzáles: Sabe que sempre pode contar comigo - via um Victoriano completamente derrotado, sozinho e isso me preocupava - por que não passa uns dias em minha casa? Esfriar a cabeça, sem ficar remoendo os problemas, uns dias de férias e claro podemos beber esse whisky que falou.

Victoriano: Sei sim e te digo o mesmo, não importa para o que seja - sorri fraco - agradeço meu amigo, mas por enquanto não poderei aceitar, tenho coisas para fazer por aqui... quem sabe amanhã não apareço por lá e vamos beber... sei que agora quer descansar e eu já te incomodei o suficiente.

Gonzáles: Você também precisa descansar, vou te esperar amanhã e se não aparecer venho te buscar nem que seja amarrado eu te levo - ri e o abracei - mais tarde ligo para saber como está - me despedi mais uma vez e sai.

Assim que me despedi dele peguei as coisas e fui para o escritório. Fechei a porta, peguei a garrafa do meu whisky e me sentei no sofá bebendo.

Estava dentro do carro quando vi Gonzáles sair, como eu desejava correr para os braços do Victor para esquecer tudo que aconteceu, sentir sua proteção, o seu amor, mas novamente estava sendo egoísta. Eu estava causando todos esses problemas, eu o afastei de mim, eu permiti que o meu trabalho ficasse entre nós, eu o fiz deixar de sonhar e tínhamos tantos sonhos e projetos juntos, agora percebo que por minha causa ele não é mais feliz, não sorri mais como antes. Mesmo que me doa, que minha alma se rasgue, o deixarei livre para que encontre uma mulher que o faça feliz, que tenham os mesmo sonhos, é o que o amor faz, não é? Libertar para que o outro seja, avisei ao motorista que poderíamos ir e assim que o carro se afastava da fazenda a dor em meu peito aumentava, não tinha mais motivos para segurar o meu choro, chorei durante toda a viagem.

Flashback...

Victoriano: Vicky, amor eu só estou te pedindo para ficar descansando... estava sentindo dores e até sangrou mesmo assim foi trabalhar, desobedeceu as ordens de sua médica, que nem na cidade estava para te atender... não sabemos os motivos dessas dores, pelo menos vamos esperar até o médico voltar para o vilarejo e te examinar - pedi o mais calmo possivel, na realidade estava a ponto de amarrar a Victoria na cama - tive que te trazer a força para cá, porque só assim você cumpre o que precisa... você não está pensando nas coisas direito e se for alguma coisa grave? Como vai se sentir depois? Aqui não é o final do mundo, anda estressada, trabalhando sem limites, uma hora o seu corpo iria reclamar, mau tem se alimentado... o que quer? Nos deixar?

Victoria: Não exagere Victor eu estou bem, sabe que não consigo ficar parada por muito tempo ainda mais tendo que uma coleção para ser lançada, preciso escolher os modelos, ficar de olho na produção, não sou como você que é apenas subir em um cavalo e pronto, tenho muitas pessoas que dependem de mim - falai brava - me sequestrou isso sim, porque não entende o que eu faço. Não é nada grave, apenas meu ciclo que está desregulado, se estou estressada é porque não me permite trabalhar em paz - respirei fundo - olha, assim que passar, terminar essa coleção e fazermos o desfile terei todo o tempo para descansar.

Victoriano: Não estou exagerando Victoria, você está doente e sabe disso, se mata de trabalhar por aquela empresa... tem pessoas lá para isso - esbravejei furioso - você não vai sair e ponto, vai ficar aqui até ser examinada e eu ter a garantia de que nada irá te acontecer, você goste ou não... minha vida não é tão simples como pensa e parece... não é apenas montar no cavalo e sair, tenho pessoas para cuidar, assim como você - gritei com raiva, não queria fazer, mas ela estava me tirando do sério - quer se matar, é isso? Ser irresponsável e deixar uma adolescente sem a mãe? Porque é isso que vai acontecer com essa sua inconsequência.

Estava esperando a mamãe para lanchar, mas como ela estava demorando resolvir ir atrás dela. Hoje passaríamos a manhã na piscina. Já que estavamos na fazenda, ela ficava ainda mais tempo comigo. Corri escada a cima enlouquecendo a todos, risos. Assim que me aproximei do quarto dos meus pais escutei os gritos do meu pai. Parei ali mesmo com medo, quando ele estava bravo a casa caía e eu não queria que sobrasse para mim. Passava tanto tempo longe dele, quando estava ali aproveitava ao máximo a sua companhia.

Victoria: Não ouse gritar comigo Victoriano Santos - esbravejei - pare de dizer que estou doente, parece que quer que eu realmente fique. Não manda em mim, se eu quiser volto hoje mesmo para cidade. Agora vai usar a nossa filha para me chantagear? - apontei o dedo - para você sempre serei irresponsável, o que quer mesmo é que vire uma dondoca, que fique em casa esperando o maridinho chegar, fazendo compras, indo a spa, não sou assim e nunca serei - me sentei na cama sentindo uma pontada no ventre.

Victoriano: Nunca desejei isso e sabe muito bem, te apoio em tudo, mas nessa insanidade não e se para isso eu sou ruim, pois que seja... seu bem estar é o primordial... eu sou ruim por prezar pela sua saúde, que seja... fique com raiva agora e me agradeça depois - falei e saí do quarto batendo a porta com força... vi Cristina me olhar assustada, então preferi não dizer nada, sabia que iria piorar ainda mais as coisas... subi em meu cavalo e saí sem rumo pela fazenda.

Respirava fundo esperando que as pontadas diminuíssem, sem sucesso, me deitei na cama me encolhendo toda, por favor, por favor que seja apenas uma cólica que logo vai passar, rezava em silêncio enquanto chorava, não podia estar grávida, não podia.

Continua...

O Que Sinto? É Amor? - Victoria y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora