❣️62. AyC❣️

41 7 2
                                    

Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Victoria: Claro que merece filha, é o seu trabalho também, eu estava lá, tentei minha filha, juro que tentei me aproximar de você, me repeliu em todas, quem fez isso? Quando aconteceu? Por que não veio até nós para contar, por que guardou tudo isso? - minha respiração ficou agitada - tinha que ter nos contados, quem é Cristina, quem é? - minhas mãos tremiam e não sabia se eram de nervos ou raiva - tinha que ter nos contado - chorava - como poderíamos imaginar que isso aconteceu? Eu sou uma mãe horrível, eu sinto muito filha, sinto muito, nenhuma mulher merece passar por isso, encontrou, não é uma decepção, já conversamos sobre isso.

Cristina: Isso já não importa, não vai mudar o que aconteceu - falei secando o meu rosto - estava sempre ocupada mamãe, quando não era com as coisas da empresa, era discutindo com o meu pai... uma coisa atrás da outra, então eu encontrei uma forma de seguir, não foi a melhor, mas foi o que me tirou do lixo onde eu estava...- apoiei a minha cabeça na cadeira e olhei para o nada - poderia ter conversado comigo... insistido... eu tive medo... medo de falar... medo de que vocês me mandassem para fora do país... que ninguém acreditasse em mim, quem iria acreditar semanas depois quando eu já não tinha nada em meu corpo que pudesse provar o que ele fez? Já sabe a verdade... agora entende toda a minha raiva, a revolta que eu sinto... eu sobrevivi aos meus piores dias sozinha mamãe... eu fui forte... eu sou uma Santos - pronunciei aquelas palavras com lágrimas nos olhos.

Victoria: Pode me dar um momento - me levantei saindo do escritório, necessitava de ar, estava a ponto de ter uma crise, sai para o jardim me sentando no banco que havia ali, respirava fundo e devagar, chorei tudo o que podia naquele momento, depois de uns 10 minutos voltei para o escritório, não permitiria que a filha me visse assim, fui até ela e a abracei apertado - eu te amo minha filha, te amo muito e vou reparar todo o mal que fiz, mesmo assim deveria ter me dito, eu pararia tudo por você, é a minha princesa, minha filha, não existe nada no mundo todo que seja mais importante que você, nós teríamos te protegido, acreditaríamos, não importa, ainda vou querer o nome da pessoa que fez isso, sim é muito forte meu amor, uma verdadeira Santos.

Ela saiu do escritório e eu fiquei ali por longos minutos em silêncio pensando em como levaria as coisas dali em diante, tinha tanto medo da reação do Atilio, do meu pai, de como eles olharia para mim de agora em diante. Pensei nesse bebê que estava se desenvolvendo agora, minha ficha começava a cair, assim como o desespero e a ansiedade do momento. Estava totalmente fora de si, quando senti os braços de minha mãe me envolverem em um abraço quente e acolhedor, me fazendo chorar em seus braços.

Cristina: Eu não posso... me desculpe, mas eu não posso... não consigo falar sobre isso... eu... eu pensei que conseguiria - me afastei de seus braços e me levantei da cadeira - não deveria ter te falado... eu não quero que tenha pena... eu precisei mamãe... precisei... mas não tive ninguém... me deixaram sozinha - me sentei no sofá de vez, com as mãos no rosto chorando.

Victoria: Precisa conversar meu amor, não pode mais guardar essa dor, isso vai te destruir e falo por experiência própria, sei que sou a última pessoa que queira falar - sentei ao seu lado - procure ajuda meu amor, agora tem, estou aqui - a abracei.

Cristina: Eu sei... eu sei...- fechei os meus olhos sentindo ela me abraçar novamente - mas a Sra acha que eu quero que vocês me olhem com pena? Que tentem fazer de tudo para apagar isso? Eu não quero pena... não quero compaixão... Atílio... Atílio nunca mais tocará em mim... sabe o que isso irá me causar? Meu marido terá medo de me tocar... de se aproximar e eu não quero isso... não quero - me agarrei a ela chorando.

O Que Sinto? É Amor? - Victoria y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora