❣️24. AyC❣️

85 12 1
                                    

Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Atílio: Cris me contou que passou o mesmo, tive sim a oportunidade de cuidar como também de arrancá-la de uma boate, então esse vazio não vai passar nunca? Não estou bebendo, como mandei tirar da nossa casa todas as bebidas, sem tentações, foi culpa minha o que aconteceu deveria ter sido mais forte, espero que algum dia a nossa amizade possa voltar a ser como antes, canalha não, mesmo a megera me chamando assim – sorri fraco – imagine eu, quando a encontrei  - minha voz se quebrou – não consigo esquecer, me sinto culpado, estava trabalhando – o olhei sério – eu quero uma família, me conhece para saber que o casamento é sagrado para mim ou teria fugido aquele dia, pode não acreditar estou me apaixonando pela Cris, não sei explicar esses sentimentos, não sou assim, não quero ir a bares, não quero ver outras mulheres, apenas quero cuidar, proteger, ajudar em seus sonhos.

Victoriano: Eu não sabia de nada, Victoria teve medo de me falar... ela ainda está traumatizada e não é para menos... todo esse tempo calada, com medo da minha reação, vê se pode, nunca lhe culparia por algo dessa magnitude - tomei um pouco de café - não, ele não passa nunca, precisamos aprender a viver com ele... ela nos contou, Cristina foi irresponsável, mas graças a Deus ela acordou... fez o certo, é melhor evitar do que cair e não sair mais - o olhei - preciso de um tempo Atilio, aquela cena ainda está bem viva em minha mente... tem que concordar comigo que era a minha filha e não outra pessoa... não quero me prender a isso, mas preciso aprender a lhe dar...- toquei seu ombro - não consigo imaginar o quanto ela sofreu... o quanto estão sofrendo... não se sinta, isso só te deixará pior... não vai mudar o que aconteceu... Atílio... se isso for verdade saiba que terá meu total apoio, cuide da minha filha... eu sei que é um sentimento confuso, dá medo as vezes, mas eu te digo, não existe nada melhor do que amar e também ser amado - ri - agora entende quando te falo que meu soldadinho só bate continência para uma... para a minha pequena sereia - sorri apaixonado - quando chegar o momento que as coisas se estreitem e você não saiba o que fazer, antes de cometer qualquer loucura, me procura, vamos conversar, como muitas vezes fez comigo... às vezes conversar é tudo que precisamos.

Atílio: É algo terrível, não entendi por que a culparia? Ama a megera e ficaria ao seu lado, após esse tempo ainda está traumatizada? Devo levar a Cris a um médico? Terapia? – falei preocupado, não estava sendo um bom marido – é um vazio tão grande que parece que vai me consumir, isso porque estava ao lado, mas a Cris que carregava o nosso filho, o que eu devo fazer? Eu quero ser um bom marido, não quero que fique traumatizada – segurei no ombro do Victoriano – me perdoe pelo que fiz, eu não tenho desculpa e vou fazer de tudo para me redimir com você e a Victoria, ao poucos Cris está chegando em um Atílio que pouquíssimas pessoas conseguiram conhecer, acho que nem você conhece, nunca pensei que teria isso sabe, nunca achei que amaria como também não esperava ser amado, as mulheres que me envolvi eram superficiais, coisa de momento. Com a Cris eu necessito tudo, entendo sim, que alívio em saber disso, é meu único amigo, então vou ligar.

Victoriano: Nem me fale, isso aconteceu há uns meses e só agora eu descobri... primeiro um filho, depois um neto - suspirei triste - todos sabem disso, menos ela... Victoria está insegura, fazendo terapia, mas ainda noto ela com medo e já não sei mais o que fazer... há meses não temos nada e eu estou aqui esperando paciente, sem cobrança alguma - suspirei - como ela está? Vocês tem conversado sobre isso? Eu não quero falar da intimidade da minha filha... eu não sei como andam as coisas, mas não lhe force a fazer nada... deixe que ela se sinta bem para fazer... converse com ela sobre uma terapia, para os dois... será bom... mas não deixe... não deixe que isso te consuma... vocês poderão ter filhos novamente, aproveitem um pouco... se conheçam... vivam... construam um relacionamento... planejem os seus sonhos... o futuro... é justamente assim, nos sentimos um nada perante a mulher que amamos... comecem com um final de semana sem cobranças... namorem... a leve para um passeio... uma caminhada no parque... Cris gosta de flores, terá uma exposição amanhã a noite, podemos sair os quatro, depois jantamos - o olhei - está perdoado Atilio, mas se minha filha sofrer me esqueça - fui sincero - não tem que se redimir conosco, mas sim com a nossa filha, a faça feliz e tenha a certeza de que tudo ficará bem entre nós... quero conhecer esse Atilio, quando ele estiver preparado para me conhecer - sorri - sei sim, você só queria diversão e agora foi fisgado... minha filha é preciosa... tem uma magia que só ela sabe dominar... cativa qualquer um... com você não foi diferente... e você o meu único amigo, quem eu tenho como irmão... é para onde eu corro quando preciso - bati em suas costas - olha, nunca imaginei dar conselhos a você sobre amor e ainda mais envolvendo a minha filha - gargalhei.

Atílio: Tenha ainda mais paciência, seu amor vai ajudar a passar por essa fase, Cris está em recuperação e confesso que eu tenho medo dela engravidar e acontecer novamente, por mais que eu leia sobre o assunto, não se preocupe que a megera logo vai cuidar do soldadinho dela, nós não falamos muito sobre o que aconteceu e quando falamos nos culpamos, nunca a forçaria, respeito o espaço da Cris, a terapia vai nos ajudar, me adiantei quando a nos conhecermos, falamos de planos, do convite de morar na sua nova fazenda, planejamos fazer uma estufa que será o primeiro dos nossos projetos, vou falar sobre a exposição, é estranho dizer que pedi para fazermos coisas de casais? Pedi passeios, ver o pôr do sol, andar de mãos dadas, somente a Cris para eu sentir essas necessidades, vai conhecer esse Atílio meu amigo, magia foi o que ela me trouxe, faz eu querer ser uma pessoa melhor, vou precisar desses conselhos porque não sei nada do amor, nunca acreditei nele e agora sou um bobo que quer experimentar.

Victoriano: Eu tenho de sobra, por ela eu espero uma vida toda se for preciso - sorri - é justamente por isso que precisam de terapia para superar esse medo... uma gestação é diferente da outra, veja a Cris, sua gestação foi tranquila... diferente da outra... podem procurar um médico especialista antes de irem em frente... eu sei que a respeita... é enorme... e antes que fale sobre ter privacidade, já pensamos bem nisso e se não gostar tem espaço para construir como quiser, eu só quero ter a minha família por perto - respirei fundo abrindo um pouco a minha camisa, mostrando a cicatriz em meu peito - quando saíram da fazenda enlouqueci... bebi... coloquei fogo na casa... depois disso sofri um infarto... pensei que iria morrer sozinho... mas ela voltou meu amigo, a minha vida voltou para os meus olhos quando eu acordei e a minha mulher estava lá... por isso te falo... o amor é surpreendente... tudo muda... eu mudei quando a conheci e não me arrependo por isso, sou feliz... nada é estranho... viver é o mais importante, a vida é feita dos pequenos detalhes, vai entender isso... se não quiser podemos planejar outra coisa para o nosso final de semana - sorri - que isso Atilio? Te conheci mais desinibido, fazendo as coisas sem se importar com o que acham... surpreenda a minha filha e veja o quão feliz ela ficará, assim como você - sorri - isso vai aumentar, não duvide... À medida que o tempo passa mais aumenta essa necessidade... é um bobo que acabou de entrar para o time dos casados - gargalhei - estou aqui meu amigo para o que precisar.

Atílio: Vou conversar com a Cris para vermos um terapeuta, vou confiar no que diz sobre bebês - ri – o especialista também quando voltar a brincar, não se incomodariam em me ver todos os dias, a megera concorda mesmo com isso? Nossa amizade está estremecida, Victoria não vai com a minha cara, o que menos quero é atrapalhar vocês, sei que a Cris iria adorar que convivêssemos juntos, ficou maluco Victoriano – me levantei assustado – foi minha culpa, eu fiz você enlouquecer, por que? Eu ajudo você a reconstruir, eu fui um inconsequente, não pensei, que bom que teve algo positivo no meio de toda essa situação, eu gostei da exposição e as flores fazem a Cris sorrir lindamente, vou surpreendê-la sempre, a quero muito feliz.

Victoriano: Já estou bem meu amigo, me recuperando bem... Victoria não saí da minha sombra - gargalhei indo até ele - faça isso mesmo... não seria incomodo algum, é meu genro agora, somos familia, aos poucos as coisas vão melhorar, você vai ver - toquei seu ombro - não vai atrapalhar ninguém... pensem bem, nossa casa está pronta para lhes receber... não tenho intenção de voltar aquele lugar... Victoria perdeu o nosso bebê lá... o que vocês aprontaram - cocei minha cabeça - agora é bola para frente, vamos virar essa página, aqui temos uma oportunidade para recomeçar e já estamos... então vamos a exposição ou vocês aproveitam a noite sozinhos, verá o quão feliz ela ficará com isso, agora vamos tomar nosso café - o levei para a mesa.

Continua...

O Que Sinto? É Amor? - Victoria y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora