O Que Sinto? É Amor? - Victoria y Victoriano (Concluído)

❣️54. AyC❣️

Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Dias Depois...

Inevitavelmente aceitei o convite do meu amigo e fui para a sua fazenda, precisávamos de um tempo sozinhos. Victoria não estava bem e comigo por perto as coisas só pioravam. Nos dias que se seguiram procurei me envolver em todo o processo, trabalhei como nunca, precisava me cansar para quando deitasse em minha cama, conseguisse dormir sem problemas, o que não aconteceu em nenhuma noite. Só me vinha a Victoria na cabeça, nada me tirava ela, a nossa situação, o final para o qual nós caminhávamos. Apesar de estar cercado por pessoas maravilhosas, minha mente estava perturbada com toda a situação. Havia me aproximado da Nanda, a veterinária da fazenda. Ela era muito simpática e amava muito os animais, então conversar com ela era instantâneo. Meu amigo teve que viajar às pressas para resolver algumas coisas, mas voltaria no final de semana. Ele havia me deixado uma boa garrafa de tequila, a mais cara do mundo, algo extravagante. Não quis aceitar, mas ele insistiu tanto que eu fiquei. Resolvi então abrir aquela iguaria quase que difícil de conseguir e tomar no silêncio de meu quarto, ao barulho de minha mente e coração. Comecei aos poucos, tomando uma dose e outra, até que em meu mais alto devaneio comecei a tomar diretamente na garrafa. Era isso que aos poucos amenizava a dor que me sufocou por todos aqueles dias. Peguei meu celular em um momento de desespero e liguei para a única pessoa ao qual eu desejava ouvir a voz. Chamou algumas vezes, me deixando impaciente, mas logo ouvi a voz daquela desgraçada do outro lado da linha.

Victoriano: Vic... Victoria... sua desgraçada... a... acabou... vá... vá pro inferno com... com o... o seu... falso amor...- solucei rindo - e... e não me ligue.

Victoria: Victor, meu amor onde está? Por que está falando assim comigo? Meu amor - falei preocupada - está bêbado, está em um bar? Está sozinho?

Victoriano: É... é você - deixei o telefone cair no chão e quando tentei me levantar para pegar senti uma mão me segurando - você... você veio? Meu amor - sorri me sentindo totalmente embriagado... não sabia mais onde estava, com quem estava, o álcool fazia todo o trabalho.

Victoria: Victor, Victor, meu amor - ouvia a voz dele longe, falava comigo, mas não me escutava, o que me deixava desesperada pensando no que poderia acontecer com ele, poderia cair, se machucar - meu amor, fala comigo, Victor, minha vida.

Nanda: Victor... vai se machucar - lhe segurei e afastei a garrafa de sua mão - vem... vamos para a cama, não pode ficar aqui dessa forma.

Victoriano: Meu amor...- sorri fechando os meus olhos sentindo ela me levantar.

Nanda: Vamos meu amor, irei cuidar de você - com a sua ajuda o levei para a cama e lhe ajudei a deitar - isso meu amor - dei um selinho em seus lábios - seu amor vai cuidar de você agora.

Victoria: Victor - sussurrei começando a chorar - Quem é essa mulher que está com você? - gritei - VICTORRRR - o chamava de amor, que o cuidaria, dormiam juntos, ele estava me traindo, no fundo achei que ele não faria isso comigo, que teríamos mais uma chance, como eu fui tola, sequei minhas lágrimas com raiva, esse era o seu amor por mim, o que estou falando? era isso que aconteceria cedo ou tarde, ele encontraria outra mulher para confortá-lo, estou quebrada, não conseguirei voltar a ser sua mulher, me levantei da cama, estava com raiva, muita raiva, aquele cretino miserável, a viagem era apenas uma desculpa para se separar de mim, não tinha coragem de pedir o divórcio na minha cara, precisou fugir, fui até a minha penteadeira jogando tudo que tinha ali, peguei seu porta retrato jogando na parede - cretino, mentiroso, canalha, te odeio Victoriano Santos - me ajoelhei chorando em desespero.