O Que Sinto? É Amor? - Victoria y Victoriano (Concluído)

❣️12. AyC❣️

Escrito com
Carolleite26 ♥️✨

Respirava fundo esperando que as pontadas diminuíssem, sem sucesso, me deitei na cama me encolhendo toda, por favor, por favor que seja apenas uma cólica que logo vai passar, rezava em silêncio enquanto chorava, não podia estar grávida, não podia.

Flashback Off...

Assim que arrumei minhas coisas Atílio colocou em seu carro, me despedi da nana e saímos. Durante todo o caminho foi um silêncio constrangedor. Peguei meus fones dentro da bolsa e coloquei uma música para escutar. Não tinha nada para conversar com ele, nem queria. Estava casada com alguém que eu conhecia por convivência, mas não por relacionamento. Encostei minha cabeça na janela do carro e fechei os meus olhos fingindo que estava dormindo. Quando o carro estacionou ele me chamou, peguei minhas coisas e entramos na casa. Atílio me levou para o quarto de hóspedes deixando minhas malas no chão. Coloquei a bolsa na cama e o olhei.

Cristina: Obrigada e não se preocupe, não tenho interesse algum em levar um matrimônio a diante, pode viver a sua vida como bem entender, mas saiba que eu também viverei a minha - falei séria.

Atílio: É sério que quer falar sobre isso agora? Acabamos de chegar na minha casa, não dormimos nada e quer falar sobre nossa vida de casados?

Cristina: E o que devo falar? Vamos nos deitar juntinhos e fingir que tudo está bem? Faça-me o favor Atílio, eu te conheço e não é de hoje... gosta da sua liberdade, tal quanto eu gosto da minha... então me diga como faremos daqui em diante, estamos casado, um papel, uma mera formalidade... sei que não vai me querer aqui, então seja sincero e fale de uma vez... não é porque ele te jogou essa responsabilidade que tem que assumir - revirei os meus olhos - e mesmo se estivesse faria um aborto e tudo resolvido - falei de forma simples - tudo se resolve.

Atílio: Que está cansada assim como eu e quer conversar quando acordarmos, somos casados com vidas separadas é isso que quer ouvir? Acho que já ouviu - suspirei - o que disse? Escuta, posso ser um canalha, mulherengo, bêbado, que adora uma diversão, mas nunca iria permitir que tirasse um filho meu - falei furioso.

Cristina: Você nunca terá um filho comigo, Atílio, nunca... não crie essa expectativa - fiquei de costas para ele - saia, me deixe sozinha... vá descansar... depois você me fala o que quer fazer... vou ligar para um amigo, mais tarde irei para o apartamento dele.

Atílio: Não me lembro de ter dito que seria a mãe do meu filho, eu vou descansar - segurei em seu braço a virando para mim - não perca seu tempo, daqui você não vai sair. Não quero ouvir seus pais reclamando em minha orelha que não soube cuidar de você.

Cristina: Me solte - falei firme - não pense que vai bancar o meu pai, posso estar casada com você, porque ele me obrigou, mas sua propriedade eu não serei - puxei o meu braço - saia - fui até a porta e fiquei esperando ele sair.

Atílio: Criança não me tente - falei entre dentes - não é minha propriedade, nem meu objeto, nem minha boneca ou qualquer que seja o nome que vocês jovens dão, mas vai ficar nessa casa e vamos seguir regras de boa convivência.

Cristina: Como quiser papai - falei com desdém - se terminou já pode ir, como disse, estou cansada, quero descansar.

Atílio: Eu vou - estava para sair e parei na porta - é melhor se comportar porque para você posso ser Matusalém, só que na verdade sou um lobo muito bravo - sai indo para o meu quarto.

Fui atrás dele no corredor e segurei em seu braço o puxando, fazendo ele me olhar.

Cristina: Não tenho medo de você e não pense que fará de mim o que quer, você não vai.