❣️49. VyV❣️

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Diana: Mas eu não sou a sua filha dona Victoria, por favor não me leve a mal por falar isso, eu não sou uma pessoa ruim... juro que não e vou demonstrar isso a sra... não quero que se incomode comigo, se aceitei vim para cá foi para que a sra acompanhasse tudo dele, como sei que toda mãe gostaria.. não acho a sra maluca... só... só sinto que a sra está muito interessada nisso, não sei o motivo, nem vou se impertinente a esse ponto... mas - segurei sua mão - eu só quero que a sra saiba que eu pensei em tirar a minha vida, em acabar com tudo... não vi futuro em nada, estava prestes a desistir quando a sra chegou e me deu um pouquinho de esperança... eu vi o começo do poço em que me jogaram, quando só me restava a escuridão... fizeram uma coisa horrível comigo... rasgaram o meu corpo... destroçaram a minha alma... me fizeram desistir, mas a sra mudou o rumo da minha vida - lhe sorri - eu não sei o que aconteceu com a sra, mas eu quero que saiba que para toda dor existe um alento, uma cura, ainda mais quando a sra tem um marido tão bom quanto o Sr Victoriano... não conheço a sua filha, mas tenho certeza de que ela é uma pessoa incrível, vocês dois tem um coração enorme... então... saiba que pode contar comigo também, não sou uma pessoa muito sábia, mas sou bom em ouvir - ri - e quanto a... quanto a esse bebê... ele será seu... só preciso que a sra me diga o que tenho que fazer... sei que preciso ir no médico, fazer exames, essas coisas.. a sra vai me ajudar, disso eu não duvido... depois irei decidir o que fazer da minha vida.

Victoria: Me desculpe se te vejo como uma filha, tem a mesma idade da Cristina, faz com que eu queira te proteger de tudo, se estou passando do limite pode me falar, é importante saber dele, como é importante cuidar de você, dos dois, outro dia poderei contar sobre isso – me levantei e a abracei apertado – fui o seu anjo, assim como o Victor foi o meu quando pensei fazer o mesmo, espero um dia encontrar essa cura, esse alento, ser tão forte quanto você está sendo, tenho pessoas maravilhosas, assim como agora tem – beijei seus cabelos – obrigada pela oferta, qualquer dia vou contar o que aconteceu, temos que fazer tudo isso sim, com calma ou vai sair correndo.

Diana: Eu entendo dona Victoria, não se preocupe, é que tudo isso é muito novo para mim... não estou acostumada a ter tanta atenção como estou tendo agora... eu sei que quer cuidar de mim, eu só peço que vá com calma, não quero lhe decepcionar - lhe abracei apertado - quando quiser conversar estarei aqui... obrigada por tudo - lhe abracei sentindo uma emoção forte tomar conta de mim e me afastei - está bem, faremos como a Sra quiser - sorri.

Candela: Aqui está o lanche das minhas meninas - coloquei tudo na mesa e saí às deixando, sabia que as duas se entenderiam muito bem.

Victoria: Obrigada Cande – servi a nós duas e me sentei – depois podemos dar um passeio pela fazenda se quiser, ou na cidade, gostaria levá-la para conhecer a Cris, só que ela está se recuperando ainda, ela andou abusando. Eu fico aqui dizendo o que fazer e não perguntei o que gostaria? Podemos ver tv, se quiser descansar no quarto, pode escolher que faremos.

Diana: Claro, o que a Sra quiser nós faremos... estou bem e curiosa para conhecer as coisas aos seus olhos... o Sr Victoriano me falou... que ela melhore logo... eu gosto de fazer tudo... passear... assistir... ler.

Victoria: Podemos dar um passeio, quando voltarmos assistir um filme, aos meus olhos apenas as flores que minha filha cuida na estufa e esse jardim, animais, mato, não é comigo – ri – gosto mais da cidade, de ir trabalhar na minha empresa, desenhar, esses são os meus olhos. Ela vai melhorar, é uma jovem muito sapeca, adora fazer loucuras e nos deixar de cabelo em pé.

Diana: Está bem, vamos dar um passeio então... depois conheço a fazenda - sorri.

Dias Depois...

Estava no escritório onde a cada dia se tornava o meu refúgio, não podia andar pela minha casa sem ter uma Mag dando suas alfinetadas, ou Victoria aparecendo para criticar tudo que eu fazia, já havia entendido que não era bom o suficiente para Cristina, que meu amor não era nada, que ela precisava de uma pessoa melhor, estava farto de tudo isso, já nem dormir direito conseguia, mal tocava na comida, esse não era eu, pela janela vi Cristina na piscina conversando com a Mag, era o momento, subi no meu quarto fazendo as malas, estava com pressa porque sabia se a Cristina soubesse me impediria, teríamos a conversa que estávamos fugindo a dias, e o divorcio aconteceria, talvez fosse inevitável, mas precisava ter minha mente tranquila para tomar qualquer decisão, assim que terminei, fui até a mesinha de cabeceira pegando uma folha e escrevendo uma pequena carta de despedida, deixei sobre a cama pegando as malas e indo para o carro, iria para a ilha de nossa lua de mel, ela não sabia, comprei a ilha como presente, dirigi até o píer um barco me esperava, embarquei sem olhar para trás.

Aos poucos fui melhorando, a presença da Mag e de minha mãe eram o meu alento. Atilio já ia se afastado ainda mais e eu já não sabia o que fazer para me aproximar, sentia tanto a sua falta. Mas algo parecia se aproximar e ser inevitável, o divórcio. Após muito insistir Mag conseguiu me tirar do quarto e me levar para a piscina, o que não significava que eu estava bem internamente. Conversamos por um bom tempo, até que ela recebeu uma ligação de sua mãe e foi para casa. Era hora de entrar, tomar um banho e quem sabe tentar me aproximar dele. Como eu não sabia, mas tentaria algo. Assim que entrei no quarto fui direto para o banheiro, tomei um banho me troquei e deitei em minha cama. Dias atrás era nossa, mas ele já não dormia ali, não dividia a cama comigo. Suspirei triste, desliguei a tv e me deitei de lado. Naquele momento um pequeno papel dobrado ali me chamou a atenção. Não havia deixado nada ali. Me sentei e peguei o papel, quando abri senti o meu coração disparar, era a letra de Atilio. Deus... chorei lendo cada linha que ele havia escrito. Ele havia partido, o meu amor me deixou, quebrou a sua promessa de nunca me abandonar. Amassei aquele papel chorando, fiquei furiosa, queria quebrar tudo. Mas só existiam duas opções, ficar aqui chorando a sua partida e lhe perder de uma vez ou ir ao seu encontro e nos acertarmos de uma vez por todas. Me levantei da cama o mais rápido que pude, sequei o meu rosto e peguei o telefone ligando para o píer. Organizei as minhas coisas ou o que consegui e saí com o motorista. O capitão já me esperava no iate dos meus pais, ele me ajudou a embarcar e fomos em direção a ilha. Foi o primeiro lugar que me veio a mente, Atilio não havia levado seu passaporte, tão pouco os outros documentos, então não foi para muito longe. Lá era o lugar mais provável para lhe encontrar e se ele não estivesse ali seguiria lhe procurando, não desistiria do meu amor. Nenhum orgulho me dominaria, nada, nem ninguém. Agradeci a Deus por não ser muito longe e termos chegado lá ainda de madrugada. Desci com a ajuda de um dos funcionários, tirei as sandálias e fui em direção a casa. Minha ansiedade estava me matando, minha sanidade já havia desaparecido. Estava tudo silencioso, escuro. Parecia que só eu estava ali. Me aproximei da porta tentando abrir, mas estava fechada, fazendo o meu desespero ser ainda maior.

Cristina: Atilio... Atílio... meu amor... sou eu... a Cris... abre amor... abre essa porta... me deixa entrar... eu não sei viver sem você... não sei...- batia na porta desesperada - não me deixa... não me deixa meu amor...- solucei forte e me encostei na parede, indo até o chão.

Primeira noite na ilha, começava a sentir a tranquilidade que necessitava, o melhor era não ter a megera e a tal Mag no meu pé, pude ficar horas nadando no mar, depois um banho relaxante de banheira com bastante sais, preparei o jantar escutando uma boa música, assisti um filme, estava relaxado e minha sanidade voltava ao meu corpo, depois de deixar tudo limpo fui dormir, mas não sei em que horas o sono tranquilo virou um pesadelo, ouvia Cristina me chamando, ela chorava, comecei a me mexer agitado na cama até que acordei, não consegui mais dormir, então desci para cozinha por um copo de água, estava quente e preferi sair na varanda, ao abrir a porta me assustei.

Atílio: Cristina? Cris é você mesma? – me ajoelhei – o que faz aqui? Que horas chegou?

Continua...

O Que Sinto? É Amor? - Victoria y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora