❣️38. AyC❣️

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

O silêncio reinou de forma absoluta e sucinta em nosso quarto. O corpo dela pesou sob o meu e logo o ressonar dela veio, soube que o cansaço lhe venceu, diferente do meu. Fiquei durante horas vagando, pensando no que fazer para mudar toda aquela situação e algo me veio a memória. Saí da cama devagar, desliguei a tv e fui a cozinha. Conversei com a Candela pedindo para preparar nosso jantar e para ela avisar a Cristina que sua mãe estava indisposta e jantaríamos todos no outro dia. Voltei para o quarto comecei a organizar tudo silenciosamente, quando Candela me deu sinal verde dispensei todos, organizei o que faltava no quarto e fui até a cama acordar o meu amor, já passava das sete da noite.

Victoriano: Vicky... meu amor... acorda... vamos jantar - acariciava seu rosto com as costas da minha mão.

Victoria: Só mais 5 minutos - sorri, não tinha vontade de me levantar - que horas são?

Victoriano: Eu já te dei mais que cinco minutos, anda... depois que jantarmos você dorme novamente... já passa das sete meu amor... olha... eu trouxe o nosso jantar, vamos comer como dois preguiçosos - brinquei.

Victoria: Acabei nem vendo o filme - me sentei na cama - vamos jantar na cama? A Cris não vinha jantar? Não deveria me deixar dormir tanto, atrapalhei nossa tarde.

Victoriano: Você estava cansada, agora descansou - beijei os seus cabelos delicadamente e me afastei - pedi a Candela que avisasse a nossa filha que hoje a mãe dela está indisposta, mas amanhã jantamos - lhe estendi a mão - organizei tudo aqui em nosso quarto, aproveitei as suas velas, olha - apontei para a mesa que estava bem romântica para nós dois - posso trazer para cá e comemos na cama?

Victoria: Descansei sim, ela vai se preocupar desse jeito - segurei sua mão para me levantar - prefiro a mesa que está linda - passei meus braços pelo seu pescoço e o beijei - obrigada.

Victoriano: Não se preocupe, trabalhou muito esses dias - a peguei em meus braços - então vamos para a mesa, não tem de quê, fiz com todo amor - me sentei com ela em meu colo - o que você quer primeiro? Chocolate? Aquele delicioso filé de peixe que você tanto ama ou - fiz um suspense - que o seu marido te beijei bem muito até você relaxar - sussurrei em seu ouvido - e te garanto, não será na boca... mas...- desci minha mão para entre as suas pernas - será bem aqui... quero que esqueça tudo, absolutamente tudo... seus medos... suas inquietudes... só me permita te sentir vibrar... não irei te penetrar, não dessa forma... mas... por essa noite, ainda que seja a última vez, me deixe ser o seu homem.

Victoria: São escolhas difíceis - coloquei a cabeça em seu ombro - sempre escolherei os seus beijos, o seu amor - estava nervosa com sua proposta - vou permitir, quero ser sua esposa.

Victoriano: Muito difíceis? Então podemos começar com o seu filé, o que me diz? - acariciava o seu rosto - não quero que fique nervosa... só farei se me permitir, se não... paramos depois do jantar, mas sem tensão entre nós dois... Vicky - segurei seu rosto entre minhas mãos - existe outro alguém? Ama outro homem? - questionei sentindo o meu coração prestes a sair pela boca, mas mantive a calma - seja sincera comigo.

Victoria: Muito difícil - sorri - o filé está ótimo para mim, nervosa? Faz alguns meses que não fazemos nada, eu meio que fico um pouco, claro que não Victor - me levantei do seu colo - acha mesma que se amasse outro homem estaria aqui?

Victoriano: Não é só isso Victoria, eu te conheço, eu sinto como o seu corpo age diante dos meus toques... dos meus beijos... dos meus desejos... você está fugindo de mim como se eu fosse te engravidar em apenas um beijo... eu não tive culpa... droga... eu não sabia de nada - chorei pela primeira vez em sua frente - eu não sabia de nada... não sabia...- repetia aquelas palavras tentando me convencer daquela verdade - eu... eu não consigo mais Victoria... não consigo mais fingir que está tudo bem, porque não está... você está se fechando em seu mundo... e não importa o sacrifício que eu faça... tudo é em vão...- sequei o meu rosto e respirei fundo - por favor vamos jantar, a comida está esfriando, você não pode ficar todo esse tempo em jejum.

Victoria: Não tenho problema com seus beijos ou seus toques, tenho medo sim de engravidar novamente e perdê-lo - tinha certeza que isso aconteceria, o magoaria novamente - nunca te culpei Victoriano, por isso que não quis te contar, a culpa foi minha, apenas minha, se eu não fosse teimosa, egoísta, não estaríamos tendo essa conversa e teríamos nosso filho aqui - minha vontade era de abraçá-lo, não tinha essa coragem - estou tentando melhorar, não estou me fechando, planejei nossa tarde, disse que queria te mimar, fazer uma massagem, mas ficou ai me perguntando se estava bem, então decidiu, mesmo agora eu dizendo que aceito os seus beijos veio me perguntar se tenho outro homem? O que quer de mim? - entendia que ele também sofria com as minhas atitudes, não fazer amor, com meu medo, dessa forma fazia me sentir com mais culpa, querer desaparecer.

Me levantei da cadeira deixando as coisas na mesa e me aproximei dela a tomando em meus braços.

Victoriano: Meu amor, eu não estou insinuando que você tem outra pessoa, perguntei se você ama outra pessoa... as coisas entre nós dois estão tensas, eu sei, estou tentando fazer de tudo para melhorar... para te ajudar, mas você se fechou e não me deixa se aproximar... eu estou aqui meu amor, o seu marido... o homem que te ama com tanta loucura... que te quer feliz... livre... eu sei que está com medo de tudo se repetir, assim como eu também estou... acha mesmo que eu iria contra as suas vontades? Isso nunca - me sentei na cadeira com ela em meu colo - nós podemos nos cuidar... o que eu mais amo nessa vida além de você, é a nossa filha - coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha - existe uma coisa que eu posso fazer, um procedimento cirúrgico, creio que simples, mas estou disposto a fazer para que você fique tranquila... vou conversar com o médico e marcar... farei uma vasectomia, assim não corremos mais esse risco - secava as lágrimas que desciam por seu rosto - mas eu preciso que você aceite participar comigo de uma terapia de casal... nós dois vamos contar com a ajuda de um profissional, ele irá nos direcionar nesse momento tão tenebroso que não permite sairmos... se eu fiquei te perguntando é porque eu sinto que não está bem, isso me deixa louco... se você não está bem, eu também não estou - deitei minha cabeça em seu ombro - eu quero vê-la feliz outra vez... o que eu posso fazer para te ver sorrindo... sem medo de viver... o que eu posso fazer pela minha esposa? Me diz amor, me diz que eu faço sem nem pensar.

Victoria: É a mesma coisa Victor, sabe muito bem que amo você e nossos filhos, então não tenta, está se machucando e não quero isso, não me fecho, pode não perceber mas a sugestão da massagem era para aos poucos ir me acostumando - respirei fundo - procedimento? Claro que não, eu... eu ainda penso em engravidar, gerar um filho nosso, não apenas adoção, aceito a terapia de casal, se eu não estivesse bem não sugeria a massagem, parece que não confia, eu estou feliz Victor, depois de meses sinto estar no controle da minha vida, ainda existe a culpa e a terapeuta falou que aos poucos vai desaparecer, estou me esforçando, esteja ao meu lado, necessito do seu apoio.

Victoriano: Sim... eu prefiro fazer isso e te deixar mais tranquila, sem todo esse peso... não sei se isso pode ser reversível... mas se não for é o que eu quero meu amor... te dar segurança - beijei sua bochecha - vamos adotar Vicky... adotamos quantos bebês você quiser, só vamos fazer com calma, está bem? - segurei sua mão - marcarei a nossa terapia... eu confio, acredite em mim... mas não quero ver ou sentir que faz apenas para me agradar, prefiro esperar... eu estou aqui, com você sempre.

Victoria: Não vai me deixar tranquila com isso, eu não quero isso, está me escutando? Não vai me dar segurança dessa forma, concordei em irmos devagar sobre adotar, é isso que não entende, não faço para agradar, tá, talvez para agradar nós dois, é normal que me sinta nervosa, estamos a meses sem fazer nada.

Victoriano: Vamos só terminar o nosso jantar? Deixamos isso para outro dia, está bem? Eu sei que estamos há meses assim, estou com saudades da minha mulher, mas tudo bem... no tempo certo as coisas acontecem.

Victoria: Vamos jantar, a parte da vasectomia não tem mais conversa, não quero que faça, mais um pouco de paciência, sei que não é justo eu ficar pedindo, vou tentar mais.

Victoriano: Como você quiser - beijei a sua bochecha, peguei o garfo e comecei a lhe dar comida - espero que esteja gostoso meu amor, foi tudo de repente, mas sabe como é, Candela nunca nos deixa na mão - sorri feliz - está sem sono? Pensei de fazermos uma maratona de filmes.

Continua...

O Que Sinto? É Amor? - Victoria y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora