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Carolleite26 ♥️✨Cristina: Eu agradeço, não se incomode com isso... quando voltar preparo o nosso almoço - evitei olhar para ele, queria chorar... não era bem a beleza da ilha o que eu buscava, mas sim fugir daquele mau entendido que existia entre nós dois... ao abismo que aparentava nunca diminuir, mas sim aumentar - não vou muito longe para não me perder... bom... o café está quente... tem sanduíches aqui dentro - apontei para o pote - e frutas na geladeira - tudo que preparei para nossa noite, suspirei frustrada - estou pensando em dar um pulo no iate... ir até a cidade... ainda não sei... vou dar uma volta por perto - sequei minhas mãos e sai rapidamente pela porta da cozinha.
Atílio: Quando voltar vamos conversar – sussurrei.
Sai caminhando pela orla da praia como se fosse andar toda a ilha, mas não iria. Quando me certifiquei que estava bastante longe da casa me sentei bem próximo as árvores. Fiquei ali por um bom tempo observando o vai e vem das águas, das ondas se formando e logo quebrando ao se aproximar da ilha. Quando decidi voltar para casa encontrei tudo silencioso, provavelmente ele havia ido ao iate, não lhe julgo, estava querendo fugir também. Fui para o quarto, tirei minha roupa, enchi a banheira, preparei a água, acendi uma vela aromática, liguei o pequeno aparelho musical baixinho e entrei na banheira, tentando relaxar. Me encontrava tão tensa, calorenta, estressada e só agora começava a cair a ficha. Eu e Atilio estávamos há semanas assim, esperando o momento perfeito, que nunca existiria. Toquei o meu corpo e ali senti o peso de tudo aquilo. Fechei os meus olhos me aconchegando a banheira e fui deslizando minha mão por todo o meu corpo. Não seria a primeira vez que isso viria a acontecer, mas depois de casada sim.
Estava me exercitando na academia e de olho no relógio preocupado com a Cris, resolvi tomar um banho para ir atrás dela, poderia ter se perdido, quando entro no banheiro sou surpreendido por uma música baixa, perfume suave e a imagem de uma deusa na banheira, porque ela teria que ser tão teimosa.
Desci minha mão percorrendo meus seios, abdômen e logo chegando em minha intimidade. Dobrei minha perna e abri um pouco mais, começando a massagear lentamente. Inevitavelmente gemi sentindo um calor começar a emanar dali, tomando todo o meu corpo. Como eu desejava que fosse Atilio a estar ali, me tocando daquela forma, me dando prazer de todas as formas possíveis.
Essa deusa conseguia me levar a loucura em segundos, me atentando dessa forma, se insinuando, sensualizando, não poderia resistir a essa provocação, me aproximei lentamente para não assustá-la, fui atrevido substituindo minha mão pela sua enquanto beijava seu pescoço e rosto.
Senti o meu corpo tremer, o frio tomar conta de minha barriga. Parecia até que estava tendo um devaneio, mas não era. Atilio estava ali, me dando o prazer que a minha mente manipulava e o meu corpo desejava.
Cristina: Atilio...- gemi ofegante... meu peito subia e descia de forma desordenada.
Atílio: Não diga nada amor, sinta apenas – não me importei que ainda estava vestido, entrei na banheira sentando atrás dela, continuava a beijar seu pescoço e com a mão livre acariciava seu seio, queria estimulá-la ao máximo.
Meu corpo pegava fogo mesmo estando praticamente submerso na água morna daquela banheira. Ele estava bem encaixado atrás de meu corpo e nem me questionei como sucedeu isso, nem eu mesma sou capaz de descrever tal ação. Seus lábios tortuosos se resbelavam contra a fina pele de meu pescoço, a deixando cada vez mais vermelha e quente. Sua mão cobriu o meu mediano seio, brincando com o meu mamilo turgido. Seus dedos dançavam ao som de uma melodia indecifrável em minha vagina, buscando o meu clitóris, tocando a minha vulva. Não havia um só espaço que ele esquecesse. Meu corpo serpenteava em seus braços, buscando alcançar o limite de um prazer que apenas ele era capaz de me levar. Fechei os meus olhos e apertei o seu pulso sentindo que iria gozar e logo depois nós iríamos brigar, foi então que o meu clímax desapareceu. O meu corpo se aquietou, o fogo apagou e eu deitei minha cabeça em seu peitoral, sentindo-me exausta... ridícula.
Cristina: Atilio... eu não consigo - respirei fundo e quando iria me levantar senti ele me prender ainda mais ao seu corpo - eu sei que quer conversar, mas eu preciso tomar um banho, não sairei até que você fale o que deseja - falei calmamente.
Atílio: Estou te machucando? Não consegue mais sentir prazer comigo? – perguntei preocupado – precisamos conversar, esclarecer o que ocorreu ontem, podemos fazer aqui, fala como seu mandasse em você, te controlasse, sabe que não somos assim.
Cristina: Não, não me machucou - suspirei tentando sair dali, mas fugir era impossível - não é isso Atilio... eu só... não consigo me entregar, não dá forma que as coisas aconteceram ontem... como ainda seguem... não vou transar com você dessa forma... se está querendo isso procure outra mulher - me soltei de seus braços e levantei saindo da banheira cheia de espuma - organizei essa porcaria toda para nada - falei chorando enquanto sentia a água morna do chuveiro lavando o meu corpo - sou tão boba por imaginar que você queria fazer amor comigo... mas não... você sempre vai pensar nisso, no seu prazer e nada mais...- olhei para ele querendo gritar - não somos assim? Então o que somos? Um casal de inconsequentes que está teimando em fazer uma coisa que começou errada dar certo? É isso? Viveu sua vida como bem desejou, quando eu te falo algo me barra... mas não vamos perder a nossa linda viagem meu amor - falei me secando e saindo do box - sua mulher te aguarda na cama, pronta para lhe dar prazer - deixei a toalha cair no chão e fui para o quarto... deitei na cama completamente nua e lhe esperei.
Atílio: Eu vim para conversar, mas ver a minha esposa se dando prazer foi irresistível não ajudar, não era minha intenção fazer pensar que era uma transa, te amo e faríamos amor, estamos em lua de mel, porcaria? Da mesma forma que tinha ilusões para essa noite eu também tinha, o jantar, a dança, queria que fosse especial, do nada você começou a me acusar – sai da banheira tirando a minha roupa molhada e vestindo o roupão – desde que nos casamos conversamos, falamos que começamos errados, mas o amor que sentimos seria suficiente para superarmos os obstáculos que aparecessem, vejo que somente eu penso assim, falamos de casamento, fizemos planos – bufei – o que sugeriu foi colocar um terceiro em nossa relação, isso eu não vou admitir – a vi sair e a segui – é assim que quer começar a nossa vida juntos? Essa sua atitude me entristece, não vou te obrigar a nada, quer ser livre para fazer o que quiser? Sair com quem quiser? Porque tive mais experiência, precisa se igualar a mim, somente me falar voltamos para casa e ficará livre para o que quiser – falei triste.
Cristina: Nosso amor não é suficiente, se fosse você não estaria assim, irritado... sem entender os meus desejos... só você pensa assim, eu sou uma criancinha que não tem a maturidade para pensar... o que te falei foi um desejo, assim como você tem os seus e se me contar irei realizar todos, tenho maturidade o suficiente e segurança para dar ao meu MARIDO os prazeres que ele necessitar... quem tem o que bem deseja em casa não sai procurando na rua... agora se você não tem, sinto muito – falei me levantando da cama – olha Atilio, essa é a última vez que me fala isso, que me manda ir embora... o que acha que eu sou, hã? Um brinquedinho que quando você abusa joga fora, está bastante enganado – esbravejei furiosa – eu posso te amar, mas viver sendo exotada não vou... a gente consegue sobreviver sem a droga de um amor – falei chorando – te pedir um maldito desejo é se igualar a você – gargalhei em lágrimas – poderia viver cem anos que eu não chegaria ao seu nível de safadeza e sabe por que meu amor? – o olhei com sarcasmo – porque os homens são bem vistos pegando todas as mulheres, é viril, potente, um garanhão, mas a mulher, pobre coitada, é uma promiscua... uma qualquer... não vale nada, nem é digna de um casamento... vá ao inferno com essa sua atitude de merda, pouco me importa a sua insegurança e o seu amor fajuto – falei apontando o dedo em sua direção – quando o sr decidir nós voltamos para casa e a propósito – parei bem em sua frente – fique a vontade para voltar a vida promiscua que levava, por mim já não importa mais – fui para a cozinha batendo a porta do quarto furiosa.
Atílio: O que quer de mim Cristina? – perguntei calmo indo atrás dela – não entendo o que quer ou porque estamos brigando, suas palavras de ontem deram a entender que queria que colocasse uma pessoa a mais entre nós, estou enganado? Em momento algum insinuei qualquer coisa que a levasse a pensar que é promiscua, ou que não vale nada, eu apenas quero entender o que fiz para que de um momento a outro viesse a me odiar, se insinuo separação é porque não quero que seja infeliz ao meu lado, eu te amo demais para que ficasse assim.
Continua...
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O Que Sinto? É Amor? - Victoria y Victoriano (Concluído)
RomantikO amor não é um êxtase cego e apaixonado de amantes. Nem é a idealização dos românticos. O amor é uma conexão íntima, uma confiança profunda e um desejo de buscar o bem do outro em tudo. 🚫 Plágio é crime 🚫 ❤️ Victoria y Victoriano ❤️ ❤️ Cristina y...