❣️14. AyC❣️

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Victoria: Realmente me perdoaria se te traísse, porque é como me sinto, se contar o que aconteceu vai me odiar para sempre, por isso evitei tanto essa conversa. Está ao meu lado mesmo estando em casas separadas, me deu forças para continuar ou não estaria mais aqui, quando olhava para os comprimidos pensando em desistir de tudo, acabar com essa dor, era seu telefonema, sua voz e o seu amor que me davam forças para ficar, então não me deixe Victor, mesmo que eu diga para ir não desista de mim – eu já não tinha mais forças, deitei minha cabeça em seu peito ouvindo seu coração bater, era o melhor som – não estou aqui por pena, estou aqui porque é o meu amor, se o Benigno ou você não tivessem me ligado os dois seriam homens mortos – falei brava – Victor, pouco me importa a empresa, a coleção ou os funcionários, acha que teria cabeça para isso? Se está aqui, meu coração está aqui, é melhor mesmo melhorar ou eu acabo com a sua raça – beijei seu pescoço.

Victoriano: Victoria... meu amor - lhe abracei tão apertado quanto pude - o que está dizendo? O que aconteceu meu amor? Por que está me dizendo isso? Me fala, conversa comigo, deixa essa dor sair de você... não existe nada que me faça desistir de nós dois - encostei minha cabeça na sua - absolutamente nada... que traição é essa? Porque eu sei que você não me traiu com outro homem, eu te conheço, sei o amor que sente por mim... me deixa te ajudar a aliviar tudo isso que sente, já não suporto te ver assim, sufocando - falava calmamente, estava tão preocupado com ela - tem certeza disso? De que quer ficar aqui, presa comigo? Eu vou ficar bem, não se preocupe - sorri leve.

Victoria: Prometo que quando sair do hospital, que o médico diga está bem nós conversaremos. Não desista nunca de mim, eu imploro, eu te amo muito, muito mesmo, é o que mais quero, ficar assim com você. Eu devia ter ficado na fazenda, ter apoiado você – me deitei melhor na cama – não posso te perder Victor, não posso.

Victoriano: Está bem, já esperei esse tempo todo, esperar mais um pouco não vai me matar - lhe acariciava com amor - você não vai me perder... tenta descansar um pouco, você precisa e está de noite... esses dois últimos dias foram terríveis - suspirei pesado.

Victoria: Lembra quando comecei a passar mal, com tonturas, dores e alguns sangramentos? Precisou me sequestrar para me trazer para a fazenda – talvez fosse melhor contar agora que estava no hospital, com médicos e enfermeiros para ajudar se ele passasse mal – eu juro que não sabia, estava me cuidando, precisa acreditar – falei desesperada – então brigamos e você saiu bravo, comecei a passar mal, sentia pontadas no ventre que foram aumentando, tive outro sangramento só que mais forte que os outros e foi então que suspeitei do que estava acontecendo, eu e a Cristina fomos a clínica no vilarejo e a médica confirmou que eu estava grávida e o perdi – chorava em desespero – me perdoa Victor, me perdoa, eu não sabia, eu juro, você estava cuidando de mim e fui teimosa fazendo todas aquelas loucuras, me pediu para diminuir meu ritmo de trabalho, descansar, eu fui inconsequente e matei nosso filho. Eu traí sua confiança, por isso eu não quis ficar mais na fazenda porque me faz lembrar do nosso bebê, me afastei de você, foi minha culpa, minha, eu não mereço você, nem nossa filha, eu quis acabar com tudo, mas fui covarde.

Victoriano: Por Deus Victoria - lhe abracei completamente anestesiado com a sua confissão, os remédios eram tão fortes que não me permitiram surtar, além da anestesia da cirurgia...- Deus... perdemos um filho... um bebezinho... meu amor... você foi tão forte sozinha - enchi ela de beijos - não se sinta assim... você não sabia... se soubesse teria se cuidado, eu sei disso, sei porque você é uma excelente mãe, cuidou da nossa menina desde que soube que ela estava aqui - toquei sua barriga - deveria ter me falado, estaria ao seu lado, te apoiando... sofreu todos esses meses calada, sozinha... teria vendido a fazenda, feito qualquer coisa... nosso bebezinho... nosso pequeno anjinho... não diz isso meu amor, você merece sim a sua família, mereço todo o nosso amor... todo nosso apoio e carinho - acariciava ela em meus braços - foi por isso que tudo esfriou... que se calou... que a Cristina mudou comigo... ela me culpa pela nossa discussão - suspirei pesado - me perdoa minha vida, eu não deveria ter saído de casa e te deixado sozinha daquela forma... deveria estar ao seu lado, mesmo daquela forma... eu não te culpo Vicky, eu sei que você não fez isso, aconteceu... nosso anjinho precisou ser devolvido - fechei os meus olhos ouvindo o seu choro, o que me dilacerava - não chora meu amor... não fica assim.

Victoria: Perdemos, não me odeia? Não me culpa por perdê-lo? Não fui forte, eu precisava de você e o afastei com medo – sorri fraco colocando minha mão sobre a sua – me perdoa, eu queria muito falar só que pensei que me odiaria, eu não queria isso, não suportaria a perda e o seu desprezo, sim, esfriou por isso, tinha medo de engravidar novamente e perder, me desculpe meu amor, sim, ela me contou antes de irmos para a cabana, acredita que me abandonou quando perdemos o bebê, eu vou contar para ela, eu vou consertar isso, não foi sua culpa, sempre esteve cuidando de mim, eu que fui errada, nosso anjinho, não me deixa, quero recomeçar, quero voltar a ser feliz com você – soluçava pelo choro, agora sentia um alívio por contar a verdade.

Victoriano: Te culpar por uma coisa que você não pode evitar? Eu sei que discutimos, que estava trabalhando sem limites, mas não foi sua culpa, infelizmente foi uma fatalidade - suspirei triste - eu queria estar ao seu lado, não imagino a dor e o seu sofrimento sozinha dentro de um hospital sentindo nosso anjinho deixar o seu corpo muito antes da hora - lhe abracei apertado - não te desprezaria por isso, nunca meu amor... estou aqui Vicky, eu não vou te abandonar nunca meu amor... vamos conversar com a sua ginecologista, quero que ela te avalie... vamos nos cuidar até que você se sinta pronta para engravidar ou se preferir vamos apenas namorar muito - sorri - minha filha tomou uma decisão baseada em algo que viu, eu não seria tão crápula ao ponto de te abandonar nesse momento, aliás em nenhum - falei triste - vamos conversar com ela, quero cuidar da nossa menina, ela precisa de ajuda... está se drogando... bebendo... não quero que minha filha morra de uma overdose ou de uma doença

Victoria: Eu não sei o que faria sem você, me sinto tão leve agora que sabe e muito feliz que não vai me abandonar – toquei o seu rosto – esteve e mesmo sem saber me deu forças, era como se adivinhasse quando iria cometer uma loucura porque suas ligações chegavam no momento certo – confesso que ainda não estava pronta para outra gravidez ou era o meu medo falando – quer mais filhos comigo? Um mini Victoriano? – no fundo também era o meu desejo – eu sei meu amor, sempre esteve conosco, também não imaginava que esse era o motivo, se ela tivesse falado não teríamos tantos problemas, nós vamos ajudar não se preocupe, tudo isso faremos depois que se recuperar.

Victoriano: Não vai precisar descobrir, pois sempre estarei aqui, para vocês - encostei minha cabeça na sua - meu coração sempre esteve com você... não sei viver sem você, precisa me prometer que não fará nada, tudo ficará bem... não se sinta sozinha, você nunca esteve... sabe que amo nossa filha... criança é uma benção... meu sonho, um mini Victoriano, assim como temos uma mini Victoria - sorri - mas só quando você se sentir preparada, sei o trauma que está aí, não se sinta pressionada com isso... tudo no tempo certo - respirei fundo - vamos esperar as coisas esfriarem, mas não lhe deixar sozinha.

Victoria: Eu te amo Victor – beijei seu pescoço – quer casar comigo? Procuramos uma nova fazenda que seja boa para nós dois, eu vendo a casa na cidade e começamos do zero, é a minha vez de cuidar do meu amor.

Victoriano: Casar com você? Deixa eu pensar um pouco - fiquei ali em silêncio e lhe olhei - é isso mesmo que quer fazer? Vender a casa, ir para uma fazenda? Meu amor, eu não quero que tome uma decisão assim, de cabeça quente, pensa um pouco, sem cobranças, vou seguir te amando independente da sua decisão... vou te seguir da mesma forma - beijei os seus cabelos.

Victoria: Pretendo morar com o meu futuro marido, a fazenda nunca foi o problema, digo antes do nosso anjinho, o que atrapalhava era a distância, se nós acharmos uma perto da cidade poderíamos nos beneficiar, todos os dias dormindo com meu amor – fazia carinho em seu peito - não estou pensando de cabeça quente, desde o nosso jantar venho pensando nisso, depois do susto percebo o quanto fui injusta e egoísta com você, um casamento de verdade não é assim, cedem, conversam, dividem os medos, não ficam em casas separadas, a não ser os casais mais modernos – sorri – no nosso caso, somente você cedeu, farei você feliz meu amor.

Continua...

O Que Sinto? É Amor? - Victoria y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora