Capítulo 28

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Agradecimento

Noah

Agora tudo está mais claro, como a neve. Por isso tantas semelhanças entre mamãe e Olivia, por isso uma relação, uma conexão incrível entre as duas. Porque Olivia é a Maria, sempre foi.
E olhando para minha mãe, vejo que nesse momento ela está com uma confusão de sentimentos dentro dela, mas sei que acima de tudo, o que impera é a lucidez. Dona Natasha sempre foi muito sensata e sempre soube como agir em situações difíceis e agora não será diferente.
Por mais que eu tente, não consigo imaginar como será a reação da Olivia ao saber de toda a verdade. Talvez ela se alegre com o fato de saber que é filha da mulher que ela sempre admirou, mesmo sem conhecer. Talvez ela se sinta orgulhosa de ter minha mãe como sua mãe. Talvez ela sinta raiva por tudo o que aconteceu. Talvez ela sinta raiva de todos e se afaste de todos. E dessa última opção, é a que tenho mais medo.

— A Olivia já acordou!

— Graças a Deus — digo.

— E como ela está, doutor?

— Ela está bem, e o bebê também está bem. Vou precisar que ela fique por mais alguns dias internada para que possamos monitorar ela e o bebê mais de perto, tudo bem?

Balançamos a cabeça assentindo.

— Mãe, — me viro para minha mãe. — Pode entrar pra ficar com ela e...

— Não, não Noah!

Ela diz me interrompendo, no mesmo instante franzo a testa, olho para o sr. Gustavo e Eric e ambos também franze a testa olhando para ela. Então o médico pede licença nos deixando sozinhos, no mesmo instante mamãe respira fundo e com a voz um pouco abafada e trêmula, ela diz:

— Eu tomei uma decisão...

— Qual?

Pergunto.

— Eric, você vai continuar sendo o único responsável pela Olivia enquanto ela estiver internada. Legalmente ela ainda é uma Maldonado... E não vamos contar a ela o que aconteceu.

— O que? Natasha, amor não fa...

— Essa é a melhor decisão que poderíamos tomar — ela diz interrompendo o marido. — Temos que pensar na reação que ela poderia ter e isso poderia ser fatal para o bebê. Eu quero, mais do que tudo contar a Olivia que sou a mãe biológica dela, mas eu também quero que ela e o bebê fiquem bem. Ela já conheceu a dor de perder um bebê e eu nao vou deixar que ela sinta, mais uma vez, essa dor devastadora.

— Você tem certeza, Natasha?

— Tenho, Eric... Enquanto esse bebê não nascer, não vamos dizer a Olivia que eu sou a mãe dela.

— Tudo bem...

— Então você não vai denunciar minha mãe?

— Não, não... Se eu fizer isso, a Olivia vai descobrir o que aconteceu. Vamos seguir como se nada tivesse acontecido, e quando nosso neto estiver nascido, estiver bem e salvo, eu vou contar a ela toda a verdade e a dona Solange vai ter que pagar por tudo que ela fez. Na justiça, como deve ser.

Mamãe respira fundo.

— Então você pode entrar, Eric... Entre! Porque você continua sendo o pai dela, e sempre será.

Depois de ficar por alguns minutos no quarto com a filha, sr. Eric saiu do quarto caminhando até mim e dizendo que Olivia queria falar comigo, sentindo meu coração se encher de alegria por saber que ela quer me ver, corro para dentro do quarto e quando meus olhos veem o amor da minha vida, com os olhos abertos mostrando que está viva e que todo aquele susto passou, sinto um alívio percorrer cada centímetro do meu corpo. No mesmo instante caminho até Olivia e a enchendo de beijos a abraço, dizendo o quanto a amo e o quanto senti medo, o quanto me desesperei com a ideia de nunca mais te-la em meus braços.

— Eu te amo, te amo, te amo! Meu amor, te amo! Não sabe, não sabe como me desesperei, não sabe como senti medo de te perder... eu te amo tanto!

Selamos nossos lábios, então após beijar sua testa, sento na cama ficando de frente para ela e acariciando seu rosto.

— Eu também te amo — ela diz sorrindo fraco, ainda fraca. — E me desculpa.

— Esta desculpada — sorrimos. — Como se sente?

— Um pouco confusa, com um pouco de dor, mas estou bem, meu amor.

— Lembra o que aconteceu?

— Eu só lembro que estava indo visitar a casa de campo da minha avó, e depois não lembro de mais nada... Meu pai me disse que eu sofri um acidente.

— Sim, um acidente grave. Precisou de doação de sangue. Minha mãe te doou o sangue dela, parece que seu pai não tem o mesmo, talvez sua mãe apenas.

Olivia sorri de lado, e sorrindo diz:

— Sua mãe sempre salvando minha vida, não é mesmo?

— Amor, não sente por ela um carinho especial?

— Sinto — sorri — sinto muito carinho por ela, amor. Sinto como se ela fosse a minha mãe, sabe? Um carinho gigantesco que sinto por ela, carinho esse que sinto há muito tempo, desde antes de conhecer ela. O que é bem estranho, né?

— Não, não é meu amor — digo rindo e segurando sua mão. — Minha mãe também sente um carinho de mãe por você. E ela sente que é sua mãe. Sente esse amor de mãe por você.

Quando Olivia faz menção de dizer algo, escutamos algumas batidas na porta, logo a mesma abre revelando o sr. Gustavo, no mesmo instante quando vê  sobrinha, ele abre um sorriso largo e cheio de emoção.
Mas não apenas feliz, mas triste também...
Feliz em ver a Olivia bem, salva, completamente fora de perigo.
Triste por saber que Olivia não carrega o sangue dos Maldonado, que durante todos esses anos uma grande mentira pairava pelos Maldonado sem que eles pudessem desconfiar.
Uma coisa é certa e verdadeira nisso tudo, o amor que o sr. Eric e o sr. Gustavo sente pela Olivia é forte, verdadeiro, gratuito e ninguém pode dizer ao contrário. E saber de tudo o que aconteceu para que Olivia entrasse na família, está sendo a pior dor que eles já sentiram e eu sei disso por causa da expressão em seus rostos, a dor dilacerante estampada em suas faces.

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Boa noite, queridas e queridos leitores!

Esses dias tive que me ausentar por problemas de saúde, por isso não consegui atualizar os capítulos das histórias em ativo.

Estou me recuperando e aos poucos retorno com as atualizações.

Peço a compreensão e a paciência de vocês!

Até logo!

Onde Encontrar o Amor - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora