Capítulo 41

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Agradecimento

Solange

Estou pagando por tudo que fiz no passado, por todo o mal que causei a Natasha, aos meus filhos e a minha querida neta Olivia. Sempre soube que ela não tinha meu sangue, mas a vi crescer, a vi se tornar a mulher que ela é hoje e eu a amo como se fosse a minha neta verdadeira.
Estar somente doente não poderia pagar toda a minha culpa, então decidi que era hora de me entregar pra justiça e deixar que a justiça dos homens se cumpra. E quando eu morrer, verei qual será a justiça de Deus.
Mas enquanto eu estiver aqui, viva, decidi que vou reparar todos os meus erros, um por um.

— A senhora tem certeza disso?

Meu advogado pergunta boquiaberto.

— Absoluta — respiro fundo, quanto mais a doença avança, mais fraca me sinto. — As cinco cartas estão aqui, entregue somente no dia da abertura do meu testamento.

— Esta bem, doutora...

— Uma das cartas é para a minha neta mais nova. Ela se chama Noemi... quero que essa carta seja entregue a ela quando ela fizer 18 anos, tudo bem?

— Sim, irei informar seu desejo.

— Obrigada... — sorrio fraco.

— Com a sua situação, pode ser que você saia nos próximos dias para vi...

— Não, eu não quero sair — digo o interrompendo. — Vou permanecer aqui, se eu piorar, eles podem me levar para o hospital penitenciário. Mas eu não vou deixar de pagar pelo que eu fiz. Essa é a justiça que deve ser cumprida. Entendeu?

— Tudo bem, como a senhora quiser. Mas se mudar de ideia, vamos recorrer e pedir sua liberdade por conta da doença.

— Não, eu não vou mudar de ideia.

Ele balança a cabeça assentindo, então pega as cartas, os papéis do testamento e coloco em sua pasta.
Depois de alguns segundo arrumando as coisas, ele levanta e após se despedir, vai embora me deixando sozinha na sala privada de visitas, respiro fundo e logo uma das carcerárias entra na sala.
Ela me ajuda a levantar e por minhas forças estarem quase no 0, ela e ajuda a caminhar até minha cela.
Sei que não tenho tanto tempo de vida, talvez me restam dias ou meses, não acredito que sejam anos e nesse pouco tempo, preciso corrigir tudo, antes que seja tarde demais.
Quando retorno para minha cela, caminho devagar até a cama e me sento respirando fundo, logo uma enfermeira da prisão chega.

— Sra. Maldonado, bom dia!

— Bom dia...

— Me chamo Kelly, vou ser a enfermeira responsável por cuidar da senhora enquanto não é possível leva-la para o hospital penitenciário.

— Então irei para o hospital penitenciário mesmo?

— Sim, é o mais provável. Com o avanço da doença, a prisão não tem capacidade de cuidar da senhora como deveria. Isso acontece com todas as presas que estão muito doentes.

Onde Encontrar o Amor - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora