Onde Encontrar o Amor - 2° Temporada

Capítulo 39

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Epílogo
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Agradecimento

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Eric

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Pensei que a dor de saber que Olivia não é minha filha biológica iria me devorar, mas não foi como imaginei que poderia ser. Continuo sendo o pai da Olivia, o pai que sempre fui e que sempre vou ser. E ela continua sendo a minha rainha, minha menininha, minha filha. E não importa o que as pessoas possam dizer, ela não carrega meu sangue, mas carrega todo o meu amor.
Mas mesmo com tudo, não posso esquecer da Maria, a minha filha biológica, que foi trocada pela Olivia. E propor a Natasha que fizéssemos alguns ajustes no sobrenome das meninas, foi a única forma que encontrei de demonstrar a minha filha que eu amo, mesmo nunca tendo ido visitar seu túmulo e dizer o quanto a amor e uma forma da Natasha demonstrar a Olivia o quanto a ama.
E talvez assim sentirmos que a justiça foi feita, de alguma forma.

— Agora oficialmente a Olivia se chama Olivia Maldonado Vieira!

Nosso advogado, Lincoln diz, sorrio olhando para Olivia que abraça a mãe visivelmente emocionada, então ele vira para mim com um documento em mãos, e logo diz:

— E aqui está a certidão de óbito da Maria Vieira Maldonado, já foi iniciado o processo para mudar o nome na lápide do túmulo.

Sinto meus olhos se encherem de lágrimas, respiro fundo e pego o documento e quando vejo o nome da minha filha, lágrimas rolam por minhas bochechas cheias de emoção.
Nunca pensei que isso tudo poderia acontecer e agora que esta acontecendo, conforme vejo as coisas indo para seus devidos lugares, os lugares que sempre lhes corresponderam, começo a me dar conta de que a justiça sempre vence, de uma forma ou de outra.
Logo depois de sairmos do escritório do nosso advogado, me despeço da minha rainha, de Gustavo, Noah e Natasha, e vou direto para o cemitério onde minha filha está enterrada. A filha que nunca soube que aqui estava, que nunca soube que havia perdido, que nunca soube que pudesse existir.
Assim que chego no túmulo da Maria, me ajoelho colocando um arranjo de flores ao lado da lápide, respiro fundo e com a voz embargada digo:

— De agora em diante, o papai sempre virá aqui, meu amorzinho. Quero compensar todos esses anos em que não vim lhe deixar flores ou falar contigo. Quero que saiba que eu te amo muito, e sempre vou te amar. E que... E que de alguma forma, meu coração está confortado por saber que você e sua mãe estão juntas aí no céu e que ela cuida de você e você cuida dela. Peço que também cuidem de mim, está bem? E eu nunca, jamais, jamais vou esquecer de vocês, minhas meninas. Jamais vou esquecer o grande amor que senti por sua mãe e jamais vou esquecer o fruto desse grande amor, sempre vou leva-las em meu coração.

Limpo minhas lágrimas, então sinto uma mão tocar meu ombro, quando me viro levantando meu olhar, vejo Flávia, ela abre um sorriso singelo, no mesmo instante me levanto a abraçando e sentindo seu amor preencher cada centímetro do meu ser, me confortando, me dando forças, me dando a direção para seguir em frente, depois desse baque que me deixou desnorteado.

— Por que não me disse que viria? Eu viria te acompanhando... — ela diz quando nos afastamos.

— Acho que esse era o momento em que eu precisava falar com ela  ficar sozinho e pensar em tudo. Mas não sabe como eu estou feliz em te ter aqui comigo, meu amor.

Sorrio e beijo sua testa, Flávia também sorri segurando minhas mãos, então ela olha para o túmulo da Maria e após respirar fundo diz: