Capítulo 46

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Agradecimento

Eric

Minha mãe está morta...
Essa é a maior dor que poderia sentir nesse momento. Saber que nunca mais irei vê-la e bem sequer ouvir a sua voz. Mesmo depois de tudo o que aconteceu, a morte da minha mãe me dói no mais profundo da alma.
Ela cometeu erros absurdos e se arrepender a tempo. Saber que ela pode ouvir da boca da Natasha que a perdoava de certa forma a acalenta meu coração porque sei que ela foi tranquila.
Jamais irei justificar o que minha mãe fez ao trocar as bebês em nosso hospital, e vamos responder por isso com a ajuda dos nosso advogados.
Estou no canto da sala onde está havendo o velório da mamãe, Olivia está ao lado do caixão, com a mão nas mãos unidas e geladas da mamãe e sendo amparada por Noah, que a abraça enquanto ela chora.
Gustavo está sentado nas cadeiras, tentando ser forte, e ao lado dele Natasha que a todo momento presta apoio ao marido, sendo seu porto seguro.

— Meu amor...

Olho para o lado e vejo Flávia, ela abre um sorriso fraco e sinto lágrimas brotarem em meus olhos, então ela pega minha mão e saímos de dentro da sala indo para uma área verde do cemitério, vejo um banco e me sento sentindo meu coração apertado.

— Eu tô aqui, estou aqui — ela me abraça sentando ao meu lado, desabo em lágrimas enquanto sinto suas mãos acariciar minhas costas. — Eu sei, eu sei... meu amor, sinto muito.

— Minha mãe, Flávia... minha mãe...

Ficamos abraçados por alguns minutos até a calma invadir meu corpo, quando finalmente acontece, nos afastamos, limpo minhas lágrimas e respiro fundo.

— Eu disse coisas duras pra ela... Disse coisas que com certeza a magoaram.

— Você estava sofrendo, meu amor! Não se martirize por isso, por favor.

Balanço a cabeça assentindo.

— Ela sabia que tudo o que você disse foi na hora da raiva, na hora do desespero. Não fique se martirizando com essas coisas e lembre apenas dos últimos momentos, ela estava tão resignada... hã?

— Você tem razão — digo balançando a cabeça. — Tem razão, meu amor.

— Quer um pouco de água?

— Não, estou bem — digo.

— Quer um...

— Quero que fique comigo — digo a interrompendo, olho para Flávia e ela me olha com seu olhar cheio de ternura e amor. — Quero você, mais do que qualquer coisa, meu amor. Só você.


— Sempre estarei com você — Ela diz entrelaçando seus dedos nos meus, então sela um beijo em minha bochecha e deita sua cabeça em meu ombro. — Eu te amo, Eric!

— Eu também te amo, Flávia!

Beijo sua festa.
Ficamos ali, os dois, olhando para as árvores enquanto o vento toca nossos rostos e balança os galhos e folhas das árvores. O dia está nublado, talvez a chuva venha no cair da tarde, mas o dia parece refletir o sentimento de tristeza que os Maldonados sentem nesse dia.
A morte da minha mãe não foi um castigo como muito poderiam imaginar, a morte da minha mãe foi sua resignação. Seus últimos momentos de vida foram cheios de arrependimento, pedidos de perdão e declaração de amor.

Onde Encontrar o Amor - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora