Capítulo 16

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Sexta-Feira           27/10/2024
22:00.

Virgens Não São Santos.

[...]

Emma:
Sinto o aroma do meu perfume e body splash entrando em minhas narinas, um odor inconfundível deste perfume roxo que minha namorada sempre usa. Estou deitada nesta imensa cama na casa da Jenna, coberta por lençóis brancos, vestindo meu pijama rosa enquanto Ortega usa o preto dela. Situo-me de barriga para cima com o meu corpo abraçado por aquele que respira ao meu lado. Pelo o que contemplo na janela enorme ao nosso lado, a noite está densa, as estrelas e a lua parecem ter dado uma pausa para descansar, tornando o céu ainda mais escuro.

De repente, percebo os lençóis que me cobriam deslizando suavemente, desapareceram...

— Jenna! Você me paga! — Observo o rosto travesso da minha morena, que finge estar dormindo. Não posso deixar de rir com isso, tento puxar os lençóis, mas ela os segura firmemente.

Então, os olhos castanhos dela, ocultos sob as pálpebras, se revelam, juntamente com o seu sorriso de canto. Inclinando a cabeça, ela aperta meu corpo e sussurra com a voz rouca de sono: — Vai fazer o quê? Me beijar? — Essa gostosa está insinuando que minhas habilidades se resumem em apenas beijos? Portanto, entre minhas risadas, arqueio a sobrancelha e a questiono, observando seus olhos sonolentos:

— Acha que eu só sei fazer isso?! — Ela solta uma risadinha suave, inclina seu rosto na minha direção e, com os olhos fechados, sussurra novamente:

— Hmmm... Não sei? Sabe? — Ao cerrar os olhos, concordo com um gesto de cabeça. Para ser sincera... sou virgem e minhas vivências se restringem a beijos. A risada suave e o rubor em minhas bochechas acompanham minha afirmativa:

— Sim. — Isso arranca uma risada dela.

Ela solta um suspiro e abrindo os olhos para me encarar, pergunta:  — Hey... Você vai conseguir lidar bem com as pessoas sabendo da gente? — Eu entrecruzo levemente os olhos, lançando-lhe um olhar expressivo, antes de pronunciar:

— As pessoas não.

          Imagina acordar diariamente e ser inundada por mensagens de pessoas que tentam influenciar sua vida pessoal, pressionando-me a agir de maneiras que não refletem quem sou. Além disso, lidar com haters, homofóbicos, misóginos e preconceituosos que pensam que a internet é uma terra sem lei, é quase impossível. Não estamos preparadas para isso, então... nego com a cabeça ao concluir. Jenna, por sua vez, esboça um leve sorriso, semicerra os olhos e acrescenta:

— Não... Estou falando dos nossos amigos.

— Fans... assim. Só lá para frente — completou.

Libero um leve suspiro, inclinando sutilmente minha cabeça em direção ao ombro dela. Ao abrir meus olhos, deparo-me com os dela, ainda sonolentos. Dou a minha resposta: — Não sei. Tenho medo deles começarem a nos tratar diferente. — Ela solta uma risada leve, e percebo que talvez eu seja motivo de diversão para Jenna, pois a cada coisa que digo, Ortega abre um sorrisinho singelo e emite uma risadinha discreta. Então, Jenna nega com a cabeça suavemente e comenta:

— Emma. Você sabe como eles são. Nos tratam bem e não se importam com a gente namorando, se assumindo lésbica ou coisa do tipo. — Enquanto ela se expressa, entrelaço levemente meus olhos e, em seguida, os fecho. Em um gesto de concordância, assinto com a cabeça e confirmo:

— Sim. Mas, eu não sou lésbica. — Jenna franze o cenho e solta uma risada... tão alta que até me surpreendo com o som.

Entre suas risadas melodiosas, ela deixa escapar: — Emma Myers não é uma sapatão? — Franzo levemente a testa, esforçando-me para conter o sorriso, exclamo:

Jemma G!P - Será Que Somos Apenas Amigas? Onde histórias criam vida. Descubra agora