Capítulo 23

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Segunda-feira                   30/11/2024
19:00.

Será Que Eu Sou Um Menino?

[...]

Emma:
Meus olhos se arregalam rapidamente, e eu engulo em seco, cerrando-os com força ao repetir internamente: — Merda! Merda! Merda! — Ao abrir os olhos, deparo-me com Jenna, seu cenho franzido e uma expressão de completa incompreensão estampada em seu rosto.

— O que foi, Emma? — Um suspiro escapa de mim e então ouço Aaliyah, igualmente com o cenho franzido, indagando:

— Tá tudo bem?! — Engulo em seco e com uma expressão de desespero me dominando, sussurro:

— A Isa... Ela nos viu!... Ela nos viu! — Jenna aperta o abraço, deposita um beijo delicado em meu ombro direito e sussurra suavemente:

— Se ela contar para sua mãe, você conta que ela beija a Mariah.

Concordo com um aceno, umedeço os lábios e semicerrando os olhos, pergunto: — Acha que minha mãe vai acreditar em mim?

— Não basta tentar.

Em seguida, concordo novamente com um movimento de cabeça e observo minha morena se desvencilhar do abraço. Ela fita os olhos de sua irmã, e sorrindo sutilmente, pergunta: — Aaliyah? Você já sabia?

Ela solta uma risadinha sarcástica, esboçando um sorriso de canto, e revira os olhos ao dizer: — Claro... Eu já sabia a tempos.

Mordendo suavemente meu lábio superior e suspirando, confirmo: — Mas, acho que minha mãe não vai achar tão ruim.

Ela dá de ombros, mantendo o contato visual, e pronuncia: — Tomara...

Franzo levemente os lábios, encontrando seus olhos castanhos, e faço um pedido suave: — Me deseje sorte. — Ela sorri, colocando suas mãos em minha cintura, e afirma:

— Sempre.

[...]

Parada em frente à casa, percorro o caminho da residência de Jenna até a minha e parece que só a Isabel está por aqui... Ela deve ter retornado também. Imagino que tenha ouvido a Aaliyah mencionar: "namoradinha" e me seguido para saber... Droga. Confesso que estou com medo, mas acredito que, em vez de brigar por ser uma menina, minha mãe vai gostar... Pelo simples fato de ela pensar que sou um menino, baseando-se apenas na minha genitália.

Ao tocar a campainha, a porta se abre rapidamente, revelando minha irmã trajando um pijama de frio vermelho e suas pantufas pretas. Ela sorri sutilmente, com os olhos levemente semicerrados, e no instante em que a porta se abre, ela me questiona: — Então, você tem uma namoradinha?

Suspiro e aperto as mãos que repousam nos lados da minha bermuda... Sinto ódio. Por que ela precisa ser tão intrometida e irritante? — Namora com a Jenna Ortega, ainda... — complementou.

Percebo algo estranho... A essa hora e ela ainda não está embriagada?!

Suspiro novamente, revirando os olhos, e com um leve torcer de boca, levanto as sobrancelhas ao questionar: — Sim. E o que você tem haver com isso? — Um sorriso se desenha em seus lábios, inclinando a cabeça, ela solta sua risadinha peculiar e comenta:

— Vou contar para a mãe. — Ela parece uma daquelas crianças mimadas... Ao ouvir isso, reviro os olhos. Por que ela nutre tanto ódio por mim? E por que contaria para a nossa mãe... Até onde eu sei, não lhe devo nada. Com as mãos na cintura, questiono:

— Por que vai fazer isso?

Ela arqueia as sobrancelhas mais uma vez e explica, balançando a cabeça: — Porque você enche o meu saco; é irritante e muito insuportável. — Suspiro, desviando o olhar, ponderando todas as maneiras de responder a essa garota, mas infelizmente, não posso.

Jemma G!P - Será Que Somos Apenas Amigas? Onde histórias criam vida. Descubra agora