Capítulo 11

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Se ele não tivesse estragado tanto a situação com Granger, ele teria ficado animado em vê-la novamente. Ela o havia convidado para seu apartamento e, embora Draco estivesse hesitante, provavelmente era melhor que eles não tivessem essa conversa em um local público.

Fiel à sua palavra para Potter, ele pretendia revelar a verdade, ou pelo menos uma parte dela, para ver se alguma parte da memória dela poderia ser desencadeada organicamente.

Mas Merlin, se ele não estivesse convencido, tudo acabaria mal.

Ela morava em um pequeno apartamento não muito longe do campus da Queen Mary University. Ele chegou fora de seu número de suíte designado, os nervos já arranhando sua garganta. Ele desabotoou os punhos e arregaçou as mangas, o calor crescendo dentro dele. Então ele bateu com força na porta.

Momentos depois, ela se abriu e Granger sorriu para ele.

- Oi - ela disse brilhantemente, dando um passo para trás para permitir a entrada dele antes de fechar a porta mais uma vez.

Olhando ao redor da entrada de seu apartamento, ele se orientou. Diretamente na entrada havia uma sala de estar que dava para a cozinha, e um corredor dava para o outro lado.

Ele não sabia exatamente como esperava que a conversa fosse. Isso pairou pesadamente sobre ele o dia todo, sem a menor ideia de como ela reagiria; ele nunca poderia esquecer que ela o havia batido uma vez antes.

- Eu vou fazer chá, - ela disse. - a menos que você queira algo mais forte?

Draco deslizou as mãos nos bolsos com uma risada nervosa.

- Você sabe que não posso dizer não ao seu chá.

Lançando lhe um sorriso, ela foi em direção à cozinha.

- Como foi seu dia?

Ele a seguiu, olhando uma obra de arte na parede mais próxima a ele. Terrível. Abismal. Enervante. Ele demorou:

- Foi bom. E o seu?

Depois de colocar a chaleira no fogão, ela se virou para ele, encostada na bancada.

- Sem intercorrências. Melhor agora que você está aqui.

Draco não pôde evitar o sorriso que curvou seus lábios com o calor genuíno em suas palavras. Ele se aproximou e passou os braços ao redor dela, puxando-a para perto por um momento. Ele soltou um longo suspiro e plantou um beijo em sua têmpora.

- O mesmo.

Em seu abraço, a forma dela parecia requintada, como se fossem feitos para pertencer um ao outro. Apenas no caso de ser a última vez que eles falariam, ele queria aproveitar o momento.

Quando ele a soltou, ela sorriu para ele novamente.

- Ervas de framboesa?

- Soa perfeito - Draco olhou ao redor da pequena cozinha e seus recursos modernos e bem organizados. Vários utensílios trouxas estavam sobre o balcão, e ele não sabia dizer a que propósito a maioria deles servia. - Eu gosto do seu apartamento.

Um toque de cor floresceu em seu rosto.

- Não é muito... tenho certeza que não é nada comparado ao que você está acostumado...

- Eu acho que é maravilhoso - disse ele calmamente. - Não é tão diferente do meu apartamento, de qualquer maneira.

- Eu não estava me referindo ao seu apartamento, - ela brincou, alcançando um armário para tirar um serviço de chá. - mas sua mansão. Só o som disso é intimidante.

À Deriva - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora