Capítulo 40

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Hermione ficou quieta novamente e Draco não sabia o que fazer com isso. De vez em quando, quando as lembranças se tornavam cansativas, ela desaparecia, trancava-se em seu apartamento e ficava sozinha.

Ele sabia que ela estava bem porque não tinha notícias do Curandeiro Huxley. Mas ela havia perdido os planos de almoço no Ministério no dia anterior, e Draco não quis incomodá-la.

- Teve notícias de Hermione? - Potter perguntou na manhã seguinte enquanto passava pela mesa de Draco.

- Não.

Não era como se ele não pudesse mandar uma coruja para ela, mas por alguma razão, Potter normalmente se abstinha de falar diretamente com Hermione. Seja porque a amizade deles não era como antes ou alguma outra coisa, Draco não sabia. E ele não perguntou.

Potter mencionou recentemente a ideia de ir para a casa dos Weasleys novamente, embora, até onde Draco saiba, Potter e Weasley não fossem tão próximos quanto na escola. Ele suspeitava que isso estivesse relacionado ao fato de Potter estar namorando Theo e não a mulher mais jovem do clã.

Draco finalmente se resignou com a ideia disso. Embora, em particular, ele ainda esperasse que Hermione tivesse mudado de ideia, não apenas por causa de seu gosto pessoal pelo homem, mas porque sabia que Hermione e Weasley tinham uma história.

Se Weasley ainda tinha alguns sentimentos não resolvidos por ela desde antes do desaparecimento, Draco não queria lidar com isso.

- Você ligou para ela? - Potter pressionou, claramente incapaz de discernir o fato de que Draco não queria falar sobre isso.

Draco olhou mais de perto o relatório em sua mesa.

- Você mesmo é capaz de ligar para ela, ou mandar uma coruja para ela, ou aparatar no apartamento dela, ou...

- Entendi - carrancudo para ele, Potter cruzou os braços. - Eu não gosto de infringir.

Com isso, Draco olhou para cima com uma carranca.

- Ela é sua melhor amiga. Como isso seria uma violação?

- Eu a conheço melhor do que ela me conhece. Não quero que ela pense que estou incomodando ela com coisas que ela não lembra - ele se mexeu, parecendo tão desconfortável com a conversa quanto Draco. - Ou pensando que estou... você sabe. Tentando qualquer coisa.

Draco estalou a língua e pegou a pena.

- Ela não pensaria isso. Ela ama Theo. E Theo também não pensaria isso.

- Tudo bem - Potter soltou um bufo árduo. - Suponho que só estou com medo de que... assim que ela recuperar suas memórias, ela não queira mais ser minha amiga da mesma maneira. Quero dizer... ela deixou a Inglaterra pouco depois do oitavo ano, e isso já foi há anos.

Obviamente, ele não iria realizar nenhum trabalho. Colocando sua pena cuidadosamente sobre a mesa novamente, Draco virou-se para Potter.

- Você não acha que estou paranoico, ela não vai querer nada comigo quando tudo estiver resolvido? Pelo que sei, meus dias com ela estão contados. Vocês dois eram, e têm sido, melhores amigos desde o primeiro ano. O que quer que volte para ela, ela sempre saberá que vocês estiveram ao lado um do outro durante o pior - embora ele não se importasse em admitir isso na frente de Potter, ele acrescentou a contragosto. - Você tem mais chances de permanecer na vida dela por muito tempo do que eu.

Os ombros de Potter afundaram um pouco, mas ele não disse mais nada sobre o assunto. Ele simplesmente observou o quadro de investigação de Draco.

- Você encontrou mais conexões?

À Deriva - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora