- O que te deixou tão otimista? - Potter balançou a cabeça com uma risadinha. - Outro encontro ou algo assim?
Draco congelou, levantou uma sobrancelha e franziu a testa para ele.
- O que há com você? Você acha que se continuar perguntando se eu tenho um encontro, eventualmente eu terei um encontro, e você poderá dizer que está certo? - ele guardou a varinha no coldre. - Presumindo, é claro, que eu vou te dizer se eu fizer isso.
- Malfoy, você fica deprimido pelo departamento noventa e cinco por cento do tempo - Potter franziu o rosto em concentração. - Mas recentemente você tem estado consideravelmente mais brilhante. Desculpe-me por notar.
As palavras ressoaram estranhamente na cabeça de Draco, especialmente porque sua mãe estava no hospital há cinco dias. Um fragmento de culpa o apunhalou no estômago. Mas ele apenas arqueou uma sobrancelha.
- Talvez seja sazonal.
Apesar de ter revirado os olhos, Potter não pressionou.
- Como está sua mãe, a propósito?
- Na mesma - Draco soltou um suspiro. - Fui ao St. Mungus na hora do almoço para visitá-la. Dopada em poções e meio coerente. Os curandeiros começaram a procurar causas mais obscuras... maldições em potencial que podem ter surgido.
A careta no rosto de Potter incorporava como Draco se sentia sobre a ideia também. Maldições de sangue nunca foram um bom caminho a se considerar e raramente terminavam bem.
- Espero que, pelo bem dela e pelo seu, não seja esse o caso - Potter refletiu.
- Por que você se importa tanto, afinal? - Draco riu baixinho, e as palavras não carregavam nenhum dos níveis pretendidos de escárnio, mas a pergunta o incomodava do mesmo jeito. Embora agora que ele soubesse do interesse de Potter por Theo, o fato de ele ter passado a maior parte do sábado no hospital com os dois não parecesse tão altruísta.
Ainda assim, o rosto de Potter vacilou.
- Sua mãe salvou minha vida, Malfoy. A menos que você tenha esquecido disso. Claro, foi em troca de informações sobre você, mas nunca vou esquecer.
Draco capturou seu olhar por um momento, e algo se estabeleceu um pouco mais profundamente entre eles antes que ele assentisse.
- Acho que sim. De qualquer forma, agradeço seu apoio na semana passada.
- É claro - um sorriso sincero surgiu nos lábios de Potter e, por um momento, Draco se perguntou se um dia ele poderia considerar o homem um amigo; era um pensamento bizarro. - E apenas no caso de você estar se perguntando, eu tenho um encontro.
- Aí está - Draco bufou. - Você só queria que eu admitisse que não tenho um encontro para que você pudesse acenar na minha cara que você tem um - ele revirou os olhos com uma risada. - Obviamente, a coruja passou bem, então.
Um leve encolher de ombros ergueu os ombros de Potter.
- Vamos nos ver na sexta-feira.
- É muito estranho que eu esteja ouvindo sobre isso de você e não de Theo - Draco estalou a língua, pensando que deveria repreender Theo, mas ele nem tinha estado em casa na noite anterior para receber qualquer chamada de flu. - E suponho que com o único pai vivo de Theo em Azkaban, terei que ser o único a lhe dizer que se você o machucar, quebrarei seu pescoço.
Potter o encarou com um olhar duro do qual Draco tinha visto homens inferiores fugirem.
- Você está me ameaçando, Malfoy?
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À Deriva - TRADUÇÃO
Roman d'amourA vida está fechando por todos os lados e Draco Malfoy está se afogando em expectativas. Algo tem que dar certo. Um encontro casual com Hermione Granger infunde algo novo em sua vida, mas ela nem se lembra do próprio nome.