Capítulo 7

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- O que te deixou tão otimista? - Potter balançou a cabeça com uma risadinha. - Outro encontro ou algo assim?

Draco congelou, levantou uma sobrancelha e franziu a testa para ele.

- O que há com você? Você acha que se continuar perguntando se eu tenho um encontro, eventualmente eu terei um encontro, e você poderá dizer que está certo? - ele guardou a varinha no coldre. - Presumindo, é claro, que eu vou te dizer se eu fizer isso.

- Malfoy, você fica deprimido pelo departamento noventa e cinco por cento do tempo - Potter franziu o rosto em concentração. - Mas recentemente você tem estado consideravelmente mais brilhante. Desculpe-me por notar.

As palavras ressoaram estranhamente na cabeça de Draco, especialmente porque sua mãe estava no hospital há cinco dias. Um fragmento de culpa o apunhalou no estômago. Mas ele apenas arqueou uma sobrancelha.

- Talvez seja sazonal.

Apesar de ter revirado os olhos, Potter não pressionou.

- Como está sua mãe, a propósito?

- Na mesma - Draco soltou um suspiro. - Fui ao St. Mungus na hora do almoço para visitá-la. Dopada em poções e meio coerente. Os curandeiros começaram a procurar causas mais obscuras... maldições em potencial que podem ter surgido.

A careta no rosto de Potter incorporava como Draco se sentia sobre a ideia também. Maldições de sangue nunca foram um bom caminho a se considerar e raramente terminavam bem.

- Espero que, pelo bem dela e pelo seu, não seja esse o caso - Potter refletiu.

- Por que você se importa tanto, afinal? - Draco riu baixinho, e as palavras não carregavam nenhum dos níveis pretendidos de escárnio, mas a pergunta o incomodava do mesmo jeito. Embora agora que ele soubesse do interesse de Potter por Theo, o fato de ele ter passado a maior parte do sábado no hospital com os dois não parecesse tão altruísta.

Ainda assim, o rosto de Potter vacilou.

- Sua mãe salvou minha vida, Malfoy. A menos que você tenha esquecido disso. Claro, foi em troca de informações sobre você, mas nunca vou esquecer.

Draco capturou seu olhar por um momento, e algo se estabeleceu um pouco mais profundamente entre eles antes que ele assentisse.

- Acho que sim. De qualquer forma, agradeço seu apoio na semana passada.

- É claro - um sorriso sincero surgiu nos lábios de Potter e, por um momento, Draco se perguntou se um dia ele poderia considerar o homem um amigo; era um pensamento bizarro. - E apenas no caso de você estar se perguntando, eu tenho um encontro.

- Aí está - Draco bufou. - Você só queria que eu admitisse que não tenho um encontro para que você pudesse acenar na minha cara que você tem um - ele revirou os olhos com uma risada. - Obviamente, a coruja passou bem, então.

Um leve encolher de ombros ergueu os ombros de Potter.

- Vamos nos ver na sexta-feira.

- É muito estranho que eu esteja ouvindo sobre isso de você e não de Theo - Draco estalou a língua, pensando que deveria repreender Theo, mas ele nem tinha estado em casa na noite anterior para receber qualquer chamada de flu. - E suponho que com o único pai vivo de Theo em Azkaban, terei que ser o único a lhe dizer que se você o machucar, quebrarei seu pescoço.

Potter o encarou com um olhar duro do qual Draco tinha visto homens inferiores fugirem.

- Você está me ameaçando, Malfoy?

À Deriva - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora