Draco virou uma dose de uísque com uma careta, deixando cair o copo na mesa.
- Então, o que você acha que vai acontecer?
Acenando com as mãos em um gesto evasivo, Potter franziu a testa.
- Foda-se se eu sei - ele se recostou na cadeira, olhando ao redor da cozinha de Draco; quando Theo tentou chutar as pernas debaixo dele, Potter fez uma careta. - Não parece bom. Mas você já sabe disso.
Franzindo os lábios, Draco encheu seu copo com uma medida generosa. Ele soltou um longo suspiro.
- Eles têm advogados, é claro.
- Claro que sim, - Potter continuou. - mas isso não significa que eles vão escapar facilmente. A Suprema Corte não tem nenhuma tolerância para essa merda.
Theo estalou a língua.
- Você esquece como os advogados são corruptos, especialmente canalizando os cofres de Malfoy e Lestrange. E metade da Suprema Corte costumava estar no bolso de Yaxley.
- Besteira - Potter cortou. - Eles não estão mais.
- Não muda o fato de que, mesmo agora, o Ministério está cheio de vigaristas - Draco refletiu.
Eles estavam debatendo o resultado do julgamento por quase uma hora, ficando cada vez mais desleixados à medida que consumiam mais Firewhisky.
Hermione tinha ido para casa no dia anterior após sua segunda sessão de tratamento, alegando que ela não se sentia bem depois. Ela também voltou a trabalhar por turnos no café; para Draco, era estranho que ela não estivesse mais em seu apartamento, mesmo que ela tivesse ficado menos de uma semana. Ele não podia deixar de sentir falta de sua presença fácil.
Potter suspirou e balançou a cabeça.
- Eu não sei, cara. Vai ficar cruel de ambos os lados, eu acho.
- Acho que não vai correr bem - Draco disse delicadamente. - Robards não disse que eu não poderia comparecer, embora, e mesmo que ele tivesse tentado, não há como eu perder isso.
Nenhum dos dois respondeu por um momento, embora Theo parecesse prestes a dizer algo quando Draco ouviu o toque distante de seu celular em sua bolsa do outro lado da sala. Ele saltou para recuperá-lo, passando os olhos pela mensagem com consternação enquanto se sentava.
Oi. O que você está fazendo?
Draco ignorou seus companheiros enquanto dava uma resposta.
Theo e Potter estão aqui. Você quer vir?
Vários minutos se passaram enquanto ele bebia seu uísque, fingindo que não estava esperando por sua mensagem de retorno. Apenas meio focado na conversa; ele ouviu distraidamente enquanto Theo e Potter desviavam a conversa para uma direção diferente. De qualquer forma, ele não se preocupava muito com o resultado do julgamento e se encolheu quando o telefone tocou novamente.
Tudo bem. Diga a eles que eu disse oi.
Draco apertou sua mandíbula e murmurou:
- Hermione disse oi.
- Oi - os outros dois disseram em uníssono.
- Desculpe-me - disse ele, levantando-se e caminhando em direção ao quarto. Ele não se preocupou em olhar para Theo para ler a diversão em seu semblante, mas algo o incomodava da maneira errada desde que ela voltou para casa. Afundando na beirada da cama, ele discou o número dela e esperou que tocasse.
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À Deriva - TRADUÇÃO
RomansA vida está fechando por todos os lados e Draco Malfoy está se afogando em expectativas. Algo tem que dar certo. Um encontro casual com Hermione Granger infunde algo novo em sua vida, mas ela nem se lembra do próprio nome.