Draco não conseguiu banir a inquietação que estava dentro dele mesmo depois que ele deixou o Ministério e foi para casa passar o dia. A última coisa que ele queria era continuar incomodando Hermione quando ela deixou claro que não queria falar sobre sua sessão daquele dia. Mesmo assim, seu coração doía ao pensar que algo mais havia dado errado.
Era justificável, pensou ele, tentar alcançá- la, mas mesmo quando ele lhe enviou outra mensagem naquela noite, antes de imaginar que ela iria dormir, ela não respondeu.
O fim de semana deles juntos tinha sido tão agradável, e agora, por ela ficar em silêncio sobre ele, parecia ter dado vários passos para trás. Além disso, seus instintos se agitaram contra a situação o dia todo, e ele sabia que algo havia acontecido sobre o qual ela não queria falar.
Carrancudo por sua dependência da garota, forçou- se a tomar um banho quente para clarear a cabeça e ir para a cama, mas demorou muito para cair em um sono agitado.
De manhã, Draco acordou com uma nuvem cinza sombria no fundo de sua mente e, embora a esperança tenha crescido brevemente dentro dele, ele não tinha mensagens de Hermione.
Tudo bem, então.
Ele preparou um bule de café quando normalmente preferia chá, ele tinha dormido como um lixo e precisaria de seu juízo para mais um dia de investigação de pequenos furtos, vestiu suas vestes de auror e partiu para o Ministério.
Se ele esperava ficar longe da situação, suas esperanças foram frustradas quando Potter convergiu para ele quase instantaneamente com um brusco:
- Você teve notícias de Hermione?
Draco agarrou sua caneca de café com força em uma mão, passando a mão pelo cabelo já desgrenhado que ele não se preocupou em pentear e fez uma careta.
- Não. Claramente, o que aconteceu no tratamento dela ontem não é algo que ela queira falar. E se você não se importa, eu prefiro não insistir nisso.
Uma pausa pairou entre eles, a expressão de Potter passando por uma miríade de reações antes que ele assentisse.
- Certo.
- Bom - Draco tomou um gole do café escaldante e estremeceu. - Onde estamos hoje?
Potter brincou com seu distintivo por um momento, estalando a língua.
- Travessa. Uma briga de bar.
Draco piscou para ele.
- São oito horas da manhã.
- Certo - Potter fez uma careta, mas deu de ombros do mesmo jeito. - Travessa, no entanto.
- Ponto justo.
Eles caminharam pelo ponto de aparatação do departamento, chegando na Travessa para o sol pálido brilhando no alto e uma briga se espalhando pelas ruas diante deles. Draco pegou o olhar divertido de Potter antes que ambos sacassem suas varinhas e entrassem na briga.
*****
O assunto na Travessa levou mais tempo do que Draco esperava; quando eles terminaram a briga e arrastaram os instigadores para o Ministério para fazer as acusações, ele foi capaz de esquecer o fato de que ainda não tinha ouvido nada de Hermione.
Sua preocupação havia se arrastado além da preocupação e se transformado em algo totalmente diferente que se assemelhava ao medo.
Eles passaram a tarde examinando outro caso de roubo no Beco Diagonal, procurando por qualquer conexão entre um roubo na casa do Escriba e sua floricultura no dia anterior. Tudo parecia não relacionado quando não havia fios para amarrar os dois além da localização e do crime, mas ajudava a manter a mente de Draco em outro lugar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
À Deriva - TRADUÇÃO
RomansaA vida está fechando por todos os lados e Draco Malfoy está se afogando em expectativas. Algo tem que dar certo. Um encontro casual com Hermione Granger infunde algo novo em sua vida, mas ela nem se lembra do próprio nome.