A Capitã e o pirata [Volume 1]

12. Um recomeço

Depois de uns dias as coisas voltaram ao normal, tudo menos Ruby. Saber que estaria gerando uma criança em menos de 7 meses sem ao menos seu parceiro era uma facada em seu coração. Ela sabia que Titã não morrerá, e nunca morreria. Ele fizera pacto com o demônio do mar, assombraria-a para todo e sempre até o seu último suspiro. Então por justa causa ela se afastou de tudo. Voltará a morar no seu vilarejo deixando Natah ser o Capitão por tempo inestimável. Ela estava com medo, Titã à assombrava-a com seus sonhos maníacos por sede e mais sede de sangue, foi um erro dizer que estava grávida. O que ela estava pensando? Mas agora não havia volta.

O vilarejo não mudará muita coisa, abriram algumas lojinhas à mais e algumas casa foram construídas. Mas tudo permanecia igual, ou pelo menos era o que ela acharia. Os moradores à acolherem com ternura e amor ao saber da história e a garantiram que teria onde morar e o que comer alem de ajudar com o bebê a caminho. Ela ficará grata, com aquela barriga que crescia mais e mais cada dia a deixava cansativa e exausta demais. Não conseguia fazer muitas coisas e isso a deixava péssima pois ela era muito agitada. A população local a ajudava muito mais do que precisava, as terças apareciam mulheres experientes apareciam na sua porta para lhe ajudar com o chá, arrumar a casa e lhe dar dicas úteis além de bater papo e acariciar a barriga de Ruby.

Ás segundas ou quartas vinham alguns homens á ajuda-lá com alguns reparo na casinha gasta de Ruby. Consertando goteiras, consertando cercas, arrumando a pia que transbordava com cada reparo á cada semana e algumas criações que Ruby mantia. As vezes ela ficava muito exausta pois mesmo com toda ajuda e a insistencia da populaçao que a ofereciam ela queria ajuda-los. Ela acordava todos os dias as 6 horas da manha para ajudar a Sra.Belly com as louvouras, todas as quintas e segundas. Terça e quarta de manhã ela ordenava as ovelhas e as sextas e terça á tarde ajudava a Dona Kayla e sua sobrinha Diana com a pousada contando histórias sobre suas aventuras sobre o mar para os hóspedes entusimados que sempre lhe insistiam para viesse mais vezes por lá.

Sua vida se encaixava aos poucos neste novo recomeço, ela começara a pensar que talvez se não tivesse insistido para que Mike e ela vivessem suas vidas no navio ele poderia ainda estar vivo com ela ao seu lado, passando a mão na sua barriguinha que se afirmava cada dia mais e que cada pessoa tocava-a. Seus dias eram repletos de risadas, pessoas conversas e crianças mas, suas noites eram todas iguais: cheia de sofrimento, dor, angustia e muito desconforto. Tinha noites que ela nem conseguia se levantar pela dor que sentia, aparecia que tudo a machucava. Mas em seguida melhorava. Teve um belo dia em que Ruby acordou sem dor, até seus pulmões respiravam perfeitamente. Era uma linda tarde de primavera, ela andava pela praça com aquele seu vestido leve de malha com cor de pêssego carregando uma linda cesta cheia de rosas silvestres, ela passava delicadamente a mão na sua barriga que agora estava no oitavo mês da gestação. ela acenava gentil para alguns do moradores até que por sem querer um homem esbarra nela quase a deixando cair no chão se não fosse tão fraca assim, porém não podemos dizer ao mesmo para a cesta que cairá ao chão.

-Perdão senhorita. - pediu o rapaz de cabelos marrons claros se agachando para pegar a cesta e colocar todas as rosas silvestres de volta no lugar.

-Está tudo bem, pelo menos não me ferirá. - disse ela abrindo um sorriso quando o rapaz levantou-se e entregou sua cesta a ela que pegará de bom grado- Obrigada.

-Sinto muito. - desculpou-se ele e olhou nos olhos escuros da mesma.

Ambos entraram em transe mas logo se desfez ao ouvir um estrondo de um garotinho arteiro.

-Marlon! - gritou uma mulher de cabelos escuros atrás da criança forasteira.

Ambos olharam-se novamente e desta vez riram-se até doer à garganta.

-Então você é o novo Senhor Frost. - reconheceu ela lhe oferecendo um comprimento educado que logo foi retribuído com um sorriso lindo de Frost.

-Me chame de Jake, e você deve ser a capitã que eu tanto ouvir falar. Onde está seu marido Sra. Singer? - perguntou ele procurando uma figura masculina por perto- Andar sozinha por aí não é aconselhável. - comentou ele.

-Eu sou viúva. - disse sem graça.

Toda vez que isso ocorria ela ficava sem graça assim como as pessoas que ficaram sabendo.

-Nossa, isso é... - tentou dizer algo mais fracassou ele- desculpas denovo, eu não sabia. - lamentou ele-

-Tudo bem. É normal, não faz tanto tempo assim desde que Mike e eu nos casamos aqui. É compreensível. Afinal você mesmo estava no casamento tambem não estava? - perguntou ela tentando aliviar o clima pesado.

-Aah sim, provavelmente. Natah me convidará para ir junto, sabe como é que é ele. Meu amigo não tem parada quando é festa. - retrucou ele esboçando um sorriso.

Então ela realmente já vira aquele rosto afinal.

-Venha, deixe-me lhe ajudar. - disse ele pegando a cesta da mão dela gentilmente.

-Oh, não, não. É só uma caminhada para a pousada, e eu não estou tão grávida assim. - murmurou ela pedindo a cesta de volta mas nada.

-Qual capitã, Natah não lhe deixaria sozinha nesta fase tão... Tão... Tão sensível assim sozinha, ele deve ter me dado um telegram do qual eu nem fui capaz de ler me perdoe. Acabei de chegar hoje depois de tantas viagens que nem me dei conta. Por aqui por favor. - disse ele lhe oferecendo o braço.

Ruby sabia muito bem se virar sozinha mas, ela até que estava começando a se enjoar da mesma rotina então adaptou por deixar levar-se deixando-o ele conduzi-lá.

-Não fique se achando Jake, é so uma vez. - reeprendeu ela- e eu não estou tão grande assim. - retrucou ela.

-Você não mas, o bebê sim. - retrucou ele dando um sorriso sarcástico a ela que levou na brincadeira tambem e rirá junto.

Ele a levará a pousada e ambos combinaram por insistência do senhor Frost que na volta ele a levaria novamente para casa. Porém, as coisas começaram a se encaixar aos poucos, mudar e até mesmo formatar. Daquele dia em diante, ela tinha alguém que estava 100% disposto a ajuda-lá e talvez, se apaixonando, uma outra vez.